Oi, gente. Tudo bem?
Livro: Reboot
Série: Reboot (#01)
Autora: Amy Tintera
Editora: Galera Record
Páginas: 352
Sinopse: Quando grande parte da população do Texas foi dizimada por um vírus, os seres humanos começaram a retornar da morte. Os Reboots eram mais fortes, mais rápidos e quase invencíveis. E esse foi o destino de Wren Connolly, conhecida como 178, a Reboot mais implacável da CRAH, a Corporação de Repovoamento e Avanço Humano. Como a mais forte, Wren pode escolher quem treinar, e sempre opta pelos Reboots de número mais alto, que têm maior potencial. No entanto, quando a nova leva de novatos chega à CRAH, um simples 22 chama sua atenção, e, a partir do momento que a convivência com o novato faz com que ela comece a questionar a própria vida, a realidade dos reinicializados começa a mudar.
Nessa distopia, um vírus chamado KCH dizimou a população americana. O único estado remanescente foi o do Texas, que tenta se reerguer aos poucos. Algumas pessoas sobreviveram ao vírus, mas algo mudou. Quando essas pessoas morrem, seja lá qual for a causa da morte, elas retornam à vida e passam a ser conhecidos como Reboots.
Toda vez que surge um grupo novo de Reboots na corporação, os veteranos com número +120 são chamados para treiná-los. Wren, por ter o número mais alto, é sempre a primeira a escolher e costuma ficar com aquele do grupo com a numeração mais alta, pois é sempre o mais ágil e ela deseja manter seus índices de alunos que sobrevivem ao treinamento sempre no positivo.
Porém, dessa vez Wren se vê dividida com a chegada de Callum à corporação. Callum é um 22, um número extremamente baixo para um Reboot, já que suas emoções humanas estão todas ali, o que o torna extremamente vulnerável. A personalidade do garoto e seu sorriso fácil acabam conquistando Wren e ela se vê num desafio quando o escolhe para ser seu pupilo. Treinar um 22 que se recusa a matar e a obedecer? Não vai ser nem um pouco fácil.
Pra piorar tudo, Wren descobre que os cientistas que vivem no complexo estão fazendo experiências com os Reboots -60, que estão se tornando agressivos. Sua melhor amiga e colega de quarto, Ever, a tem atacado todas as noites, mas não parece ser a mesma doce garota que se aproximou de Wren quando ninguém mais queria. Aquela Ever era um monstro que não hesitava em matar.
Com tudo isso acontecendo, Wren pela primeira vez começa a questionar se o sistema do CRAH é tão bom quanto ela pensava. Durante uma missão secreta a garota descobre que existe um refúgio para Reboots que conseguem fugir e fica tentada a ir para lá quando as coisas com Callum começam a dificultar.
O problema é que escapar com vida já é difícil, mais ainda quando todos os olhos estão voltados para ela. O que fazer quando tudo conspira contra você? Estaria Wren disposta a sacrificar tudo por Callum?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
Acho que já não é mais novidade pra ninguém que distopia é meu gênero literário favorito. Eu procuro ler todas que são lançadas e com Reboot não foi diferente. A capa e a sinopse logo me conquistaram, mas a Chrys Audi, do blog Todas as Coisas do meu Mundo, foi a que me fez passar o livro na frente de todos os outros, dizendo que só ouvia maravilhas sobre ele. Não me arrependi. Pelo contrário, agradeço eternamente a você, Chrys <3.
Hoje em dia, escrever uma história original já é complicado. Distopia mais ainda. Reboot não é uma trama exatamente original, você consegue perceber certos fatores que já viu em outros lugares. A diferença é que Amy Tintera soube desenvolver o livro incrivelmente bem e não o deixou cair na previsibilidade.
A escrita da autora é extremamente instigante. Logo no começo você já se conecta à trama e nem percebe o avanço das páginas, só consegue largar o livro quando acaba e mesmo assim fica querendo mais. Terminei a leitura em uma tarde e fiquei tentando convencer todos que conheço a lerem o mais rápido possível.
O livro é repleto de ação, mas tem uma pitada de romance, que foi desenvolvido da maneira certa. Não ficou algo clichê ou inverossímil. A paixão entre Callum e Wren foi se estruturando aos poucos e demorou a realmente engrenar. Mais um ponto positivo para Tintera.
Os personagens foram muito bem construídos e caracterizados. O livro é narrado pela protagonista Wren e foi impossível não criar uma empatia pela garota. Ela morreu de uma forma horrível e sua vida humana não foi das melhores. Trabalhar para o CRAH era a única coisa que sabia fazer bem e mesmo assim não hesitou quando soube que estava sendo enganada.
Callum foi a alma do livro. Gente, que personagem mais cativante. Ele é a alegria na vida de Wren e é o único que consegue deixá-la sem jeito ou fazê-la sorrir. Callum é extremamente espirituoso e, apesar de ser um Reboot, é um dos personagens mais humanos da história. Não tem como não ser conquistado por ele.
O final, apesar de um tanto apressado, não deixou a desejar em momento algum. Amy Tintera soube seguir o mesmo ritmo do começo ao fim, deixando a trama alucinante e fazendo com que o leitor anseie pela continuação. Estou aqui contando os dias pro lançamento de Rebel.
A Galera Record fez um trabalho impecável com o livro. A capa é uma adaptação da original e super combina com a história. A diagramação é simples, as folhas são amareladas e a fonte é de um tamanho adequado para leitura. A revisão está impecável, não lembro de ter encontrado nenhum erro de digitação.
Agora chega de falar. Reboot é um livro que deve ser lido por todos que adoram uma boa distopia e até aqueles que desejam se aventurar no gênero. Eu com certeza recomendo para vocês. Mais do que isso, imploro para que leiam e gostem tanto quanto eu.
Gritei até chegar às instalações da Corporação de Repovoamento e Avanço Humano, ou CRAH. Lá, eles me disseram que gritar significava morte. Agir como se eu ainda fosse uma criança humana significava morte. Desobedecer a ordens significava morte.
E então eu fiquei em silêncio.