sobre livros e a vida

25/05/2014

Tá Na Estante :: ‘A Queda’ #230

Oi, gente. Tudo bem?

Trouxe mais uma resenha fresquinha para vocês hoje. Dessa vez vim contar o que achei do primeiro livro policial que li, que foi uma cortesia da editora Suma de Letras. Vamos conferir?!

Livro: A Queda
Autor: Michael Connelly
Editora: Suma de Letras
Páginas: 312
Sinopse: A três anos da aposentaria, a carreira do detetive Harry Bosch no Departamento de Polícia de Los Angeles está perto do fim. Numa manhã, ele recebe dois novos crimes para solucionar, junto com seu parceiro David Chu. No primeiro, uma prova de DNA, encontrada no pescoço de uma vítima de um crime cometido há vinte anos, indica que o criminoso era uma criança de apenas oito anos. As evidências levam Bosch a se perguntar se o caso apontaria para uma criança assassina ou se houve uma falha do laboratório de análises criminais. O segundo crime investigado não é menos instigante: um delito que tem, certamente, caráter político. O filho do vereador Irvin Irving – um antigo inimigo de Bosch – pulou ou foi empurrado da janela de um hotel de luxo. O mais surpreendente é que foi o próprio Irving quem solicitou ao Departamento de Polícia que a investigação fosse conduzida por Bosch. Em A queda, Michael Connely mantém a narrativa perspicaz e repleta de reviravoltas. Na trama, o detetive protagonista busca descobrir os indícios para solucionar os dois casos. Afinal, há três décadas, um assassino opera secretamente na cidade e uma conspiração política age no departamento de polícia corrompendo a instituição. 

Harry Bosch é um detetive que trabalha na Unidade de Abertos/Não Resolvidos, cuidando de casos antigos que recebem novas provas devido ao avanço da tecnologia. Ele e seu parceiro, David Chu, estão com dois casos em mãos. No primeiro eles estão investigando um caso de estupro seguido de morte de uma garota de 19 anos que aconteceu há 25 anos. Foi encontrada uma amostra de sangue no corpo da vítima e após uma análise de DNA descobriram o suspeito perfeito, um homem que havia sido preso inúmeras vezes por estupro… o problema é que ele tinha apenas 8 anos na época do crime.
No outro caso, Bosch e Chu precisam investigar o suposto suicídio de George Irving, filho do vereador Irvin Irving, que já foi policial do mesmo departamento de Bosch e é inimigo declarado do detetive e do departamento. A surpresa é que o próprio vereador exigiu que Bosch fosse o responsável pela investigação, o que faz com que o detetive fique com certo receio e tentando entender o motivo por trás da exigência de Irving.
Os dois casos são bem diferentes e exigirão o melhor de Bosch em suas respectivas investigações. Além disso, Bosch precisa conciliar os dois casos com sua vida pessoal, já que sua filha Maddie, de 15 anos, está morando com ele após o falecimento da mãe.
Bom, é difícil falar sobre a narrativa de um livro policial sem soltar spoilers, pois cada detalhe da investigação terá importância no produto final. A Queda é o décimo quinto livro da série do detetive Harry Bosch, mas que pode ser lido fora de ordem. Ele foi o meu primeiro contato com livros policiais, que sempre tive vontade de ler, mas morria de medo de não gostar. Depois de ouvir falar que Michael Connelly era um mestre do gênero, resolvi arriscar e me surpreendi.
A escrita de Connelly é sensacional. O livro é narrado em terceira pessoa e segue o ponto de vista de Bosch. O autor descreve os cenários e os acontecimentos com maestria, de forma a contar tudo nos mínimos detalhes, mas sem tornar a leitura cansativa. O que me confundiu foi a quantidade de personagens. Minha nossa! Perdi a conta de quantas vezes tive que voltar as páginas para entender quem era quem, mas isso foi problema meu, não da história.
Todos os personagens foram muito bem desenvolvidos. Bosch está na casa dos cinquenta e poucos anos, creio eu, prestes a se aposentar. Na verdade, está fazendo isso por obrigação da lei, pois não quer de forma alguma largar seu serviço. Ele é muito bom no que faz e isso não o tornou arrogante, o que me faz ter o personagem como um exemplo para muitos outros do próprio livro. David Chu mais me irritava do que qualquer outra coisa. Hannah Stone, psiquiatra e interesse amoroso do detetive Bosch, foi de longe minha personagem favorita, mostrando-se leal aos seus princípios e extremamente honesta.
O trabalho de revisão da editora Suma de Letras está impecável. Não encontrei um único erro durante a leitura. A capa e a diagramação estão sensacionais. O trabalho do tradutor também foi excelente, pois ele manteve os nomes dos departamentos públicos americanos e nos explicava o que era cada um em notas de rodapé. Achei o máximo! 
A Queda é um livro que aborda temas polêmicos, como corrupção política, pedofilia e violência sexual. Foi um grande começo para me inserir no gênero. Preciso de mais Connelly pra ontem. Recomendo a todos.

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