Hoje é dia de resenha, yaaaay, e vim contar pra vocês o que achei do novo livro da Gayle Forman, lançado no último mês pela editora Arqueiro. Vamos conferir?!
Livro: O Que Há de Estranho em Mim Autora: Gayle Forman Editora: Arqueiro Páginas: 224 Sinopse: Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão. Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.
Essa resenha está sendo bem complicada de escrever. Normalmente, nos meus posts, falo um pouco sobre a história, incrementando o que diz a sinopse e então dando minha opinião sobre tudo que li. Porém, nesse caso, isso não é exatamente possível. A sinopse diz exatamente o que esperar do livro e contar qualquer detalhe a mais seria spoiler. Por isso, vou dar apenas minha opinião dessa vez.
Acho que não é novidade pra ninguém que eu e Gayle Forman temos uma relação de amor e ódio. Já li todos os seus livros publicados aqui no Brasil e somente a duologia Apenas um Dia (resenhas aqui e aqui) conseguiu me conquistar. Mas é aquilo, sou brasileiro e teimei que Gayle não poderia ter acertado uma única vez (ou duas), então resolvi insistir na autora, lendo O Que Há de Estranho em Mim, que seria sua última chance de me cativar.
Quando o livro chegou, acabei colocando direto na estante, pois não me sentia “no clima” para lê-lo. Só fui pegar realmente quando viajei e o livro foi meu companheiro durante o voo. Uma viagem curta, daqui até o Rio de Janeiro, pouco mais de duas horas… suficientes para que eu devorasse a história.
A escrita de Gayle Forman é excelente, isso nunca contestei. A autora peca apenas no quesito enredo, deixando muitas coisas sem explicação e levando as histórias à caminhos imprevisíveis. Entretanto, nesse novo livro foi diferente. Tudo pra mim pareceu conectado e fazendo sentido, de uma forma que quando virei a última página, a sensação de dever cumprido veio junto.
O livro é narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva da protagonista. Brit é uma adolescente comum, que está passando por aquele momento rebelde e a decisão do pai de interná-la por um motivo diferente desse – plausível, mas totalmente insensato – só me fez torcer pela garota, para que ela desse a volta por cima e mostrasse quem realmente é. Isso facilitou criar uma conexão com Brit e gostar de verdade dela, o que não costuma acontecer com as personagens de Gayle.
A história tem aquela vibe Garota, Interrompida, mas uma versão que poderia ser exibida na Sessão da Tarde. Os dilemas são diferentes, as reações também, mas o contexto é o mesmo. Mais de uma vez me peguei comparando a obra com o filme, inclusive encontrei várias semelhanças entre as personagens de ambos. Não sei se foi ideia de Gayle se inspirar, mas gostei de encontrar essa conexão, já que Garota, Interrompida é um dos meus filmes favoritos.
Minha personagem favorita, sem sombra de dúvida, é V (que seria mais ou menos a personagem da Angelina Jolie no filme). V é humana e todos as suas atitudes são extremamente avaliadas antes de realizadas. Ela sabe o que quer e como conseguir. Além disso, V mostra-se uma grande amiga para Brit, ajudando-a inúmeras vezes, fazendo um grande bem para a garota, mesmo que todos no internato dissessem o contrário.
O único defeito do livro, pra mim, foi que o romance não me convenceu. Brit estava apaixonadinha Jed, líder da banda do qual ela fazia parte, mas o garoto nunca tinha mostrado que sentia algo a mais. Bastou Brit ser internada que a paixão dos dois aflorou, como se o fato de ser proibido tivesse acendido alguma fagulha. Senti o mesmo com o romance de Eu Estive Aqui (resenha) e sinto muito que Gayle tenha persistido no erro.
O desfecho, apesar de previsível, foi bem interessante. Gayle atou todas as pontas soltas, deu um destino digno para cada menina e mostrou que sabe sim como finalizar uma história. Realmente tirei o chapéu para a autora e decidi continuar lendo seus livros.
A edição física da obra está ótima. A capa é bem chamativa e tem muito a ver com o livro. A revisão está impecável, não lembro de ter encontrado nenhum erro durante a leitura. A diagramação é simples, as páginas são amareladas e a fonte é grande.
O Que Há de Estranho em Mim é um ótimo livro para passar o tempo e ter aquela leitura despretensiosa no intervalo de algo mais intenso. Com certeza recomendo a leitura e continuarei lendo as obras da autora.
Ei, eu sou a Barb, tenho 27 anos, sou baiana, estudei Letras e compartilho conteúdo desde 2010 na internet. Por aqui, escrevo sobre tudo que faz meu coração bater mais forte.
Além do meu amor pela leitura e pelas histórias de romance, eu compartilho vlogs sobre a minha rotina e trabalho, mostrando como é a vida de uma baiana morando em Madrid, na Espanha.
Ei, inscritos no Telegram
Faça parte do nosso grupo aberto e gratuito no Telegram. Lá os inscritos recebem novidades, conteúdos exclusivos, além de um podcast semanal (em áudio) sobre o que se passa na mente da criadora de conteúdo.