E aí pessoal, tudo bem?
Quem já conversou comigo alguma vez ou simplesmente me tem no facebook provavelmente sabe que sou um fã declarado de O Grande Gatsby, livro do escritor americano F. Scott Fitgerald, lançado pela primeira vez em 1925.
Livro: O Grande Gatsby
Série: –
Autor: F. Scott Fitgerald
Editora: Geração Editorial
Páginas: 204
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Sinopse: Obra-prima de F. Scott Fitzgerald, este clássico do século XX retrata a alta sociedade de Nova York na década de 1920, com sua riqueza sem precedentes, festas nababescas e o encanto das melindrosas ao som do jazz. O sol em ascensão desse universo cintilante e musical é o enigmático milionário Jay Gatsby, ao redor do qual orbitam três casais glamorosos e desencontrados, numa trama densa, repleta de intrigas, paixões e conflitos que precipitam o trágico eclipse. Recriação soberba de um dos períodos mais prósperos da história dos Estados Unidos, O grande Gatsby é uma crítica mordaz à insensibilidade e imoralidade revestidas de ouro da chamada Era do Jazz, e um dos melhores romances — talvez o melhor — já escritos nesse país.
Há algumas semanas atrás eu estava no meu ritual diário de rolar pelo meu feed do Instagram como se não houvesse amanhã, até que em certo momento vi um nome que chamou minha atenção e tive que voltar imediatamente para ver o que era. Depois de procurar por alguns minutos até achar o que estava procurando, me deparei com uma linda edição de O Grande Gatsby lançada pela Geração Editorial, claro que tive que correr e solicitar um exemplar para mim.
Narrado por Nick Carraway, O Grande Gatsby é um romance que se passa em 1922. Nick é um jovem de classe média, que após ter sua perspectiva do mundo alterada pela Primeira Guerra Mundial, muda-se para West Egg, um distrito de Long Island, para dar início à uma nova fase de sua vida.
Rodeado de grandes mansões, a pequena casa de Nick aparenta ser ainda menor por estar localizada exatamente ao lado de uma mansão onde um homem riquíssimo dá inúmeras festas luxuosas que contam com a presença de praticamente toda Nova Iorque. Certo dia, Nick é convidado para uma dessas festas e é aí que seu caminho se cruza com o de Jay Gatsby, mal sabendo ele as intenções por trás do convite do tão misterioso milionário.
Nick tem uma prima, Daisy Fay, por quem nutre um apreço indecifrável. Apesar de não serem muito próximos, sempre que pode Nick vai visitá-la. Daisy é uma jovem moça que após ter sido abandonada por seu grande amor, casou-se com Tom Buchanan, um ex-jogador de polo mulherengo que possui um longo caso extraconjugal, um tanto quanto abusivo, com Myrtle Wilson.
Há alguns anos atrás quando li esse livro pela primeira vez para a aula de literatura americana eu não consegui compreender toda a magnitude dessa obra. Sabia que havia algo grande ali mas, talvez pelo fato de ter lido no idioma original e ainda não ser totalmente fluente, não consegui exatamente apontar o que era.
A obra escrita por Fitzgerald retrata uma clássica sociedade da década de 20, uma classe alta americana extremamente fútil que tinha sempre em primeiro plano o dinheiro, o nome, as festas extravagantes e acabavam deixando de lado o amor.
A narrativa em primeira pessoa pelo ponto de vista de Nick é extremamente cativante, atemporal, possui um quê de crítica e flui muito bem (ao contrário do que muitos dizem), talvez para quem não esteja acostumado com a leitura de clássicos pode parecer uma leitura um pouco arrastada pois os capítulos são extensos mas são compensados com a leveza da escrita do autor.
Os personagens que no início apresentam superficialidade e uma falta de verdade sofrem uma grande transformação e nos mostram toda a complexidade da sociedade fútil da década de 20. Porém no mar de pessoas vazias quem realmente se destaca não é o tão poderoso Gatsby e sim o narrador Nick com seus comentários inteligentes sobre a natureza humana.
Em questões físicas eu simplesmente não tenho do que reclamar. E editora teve um cuidado incrível com essa edição: capa dura, folha amarelada, imagens no decorrer do livro, margens grandes e fonte em bom tamanho. Na tradução do livro algo que me irritou um pouco foi a tradução do termo “old sport” para “meu chapa”, nada gigante mas que simplesmente na minha cabeça soava extremamente estranho.
Embora o livro tenha sido escrito há mais de 90 anos atrás O Grande Gatsby carrega em suas páginas discursos que até hoje ainda são reproduzidos e que provavelmente serão reproduzidos por muitas décadas, o que nos faz parar para pensar no quanto realmente evoluímos ou deixamos de evoluir.
O Grande Gatsby é um livro que indico para quem gosta de clássicos, para quem não tem costume de ler clássicos mas deseja começar, para quem não tem a menor vontade de ler clássicos ou simplesmente para aqueles que saibam ler.
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