Oi, gente. Tudo bem?
Estou de volta com mais uma resenha para vocês. O escolhido de hoje é o primeiro volume de uma série recém lançada pela Galera Record. Vamos conferir?!
Livro: O Assassino Relutante
Série: P.R.A.T.A (#01)
Autor: Eoin Colfer
Editora: Galera Record
Páginas: 352
Sinopse: Chevie, 16 anos, era agente mirim do FBI até esse programa sair um pouco do controle. Trabalhando agora para Programa de RelocAção de Testemunhas Anônimas, enquanto a poeira do seu fracasso abaixa, ela acha que tudo o que precisa fazer é ficar de olho o dia todo numa máquina do tempo esquisita. Mas tédio é o que menos ela consegue quando, junto ao infeliz Riley, precisa fugir de um assassino em série da era vitoriana que os persegue através das épocas.
Há algum tempo, o FBI resolveu contratar agentes mirins para operações especiais. Para isso, buscaram jovens órfãos que estivessem interessados em participar do programa. Após um incidente com uma das agentes, o programa saiu do controle e precisou ser extinto, pois ninguém poderia saber que menores de idade estavam sendo usados nos planos da polícia.
Chevie Savano foi a menina que colocou tudo a perder e causou o encerramento do programa. Ao contrários dos outros jovens agentes, Chevie não aceitou abandonar o FBI tão facilmente e deseja seguir essa carreira para o resto de sua vida. Como a sua imagem está um tanto em evidência, seus superiores a transferem para Londres até as coisas sossegarem e ela poder retornar à América.
Em Londres, o serviço que Chevie esperava desenvolver não é nem de longe o que a garota esperava. Aos 16 anos ela acredita ser realmente uma agente e deseja ser tratada como tal, trabalhando na inteligência e prendendo criminosos perigosos. Só que no Programa de RelocAção de Testemunhas Anônimas, o PRATA, a função de Chevie é vigiar um módulo e reportar imediatamente aos seus superiores caso haja alguma alteração.
O Agente Laranja, o novo chefe de Chevie, lhe conta que o PRATA é um projeto secreto que transporta testemunhas importantíssimas ao passado, de modo que fiquem protegidas até prestarem seus depoimentos nos respectivos julgamentos. No começo a garota duvida de toda essa história, afinal, viajar no tempo é impossível. Porém tudo muda quando o módulo é ativado.
A agente Savano está sozinha na base, lutando na sala de treino, quando as luzes começam a piscar, o chão tremer e pedaços do teto caírem em sua cabeça. A menina imediatamente corre ao porão onde o módulo se encontra e vê algo totalmente bizarro: um garoto está dentro do módulo junto com um velho híbrido, com braço de macaco. O velho tem uma faca fincada em seu peito, que ainda é segurada pelo garoto.
Nisso chega o Agente Laranja e explica que o velho é seu pai e que a metamorfose se deve à instabilidade da viagem no tempo. Ele também conta que o pai fugiu para o passado para evitar que o governo utilizasse seu projeto para fins que não condiziam com sua política. Muitos tentaram reinventar o projeto do Professor Smart, mas apenas o portador da Chave Temporal poderia viajar no tempo e a chave original encontrava-se com seu criador.
Agora, Laranja e uma equipe devem voltar à época em que o professor se escondia, de forma a limpar o local para que ninguém encontre coisas que não deveriam existir na época e causar uma confusão que pode alterar todo o futuro. Enquanto isso, Chevie deverá investigar e descobrir quem é o garoto que chegou no módulo e qual sua ligação com Smart.
Riley é um jovem de quinze anos que trabalhava como assistente de Garrick, um mágico assassino. O garoto conta a Chevie que Garrick matou o professor Smart e dará um jeito de ir até ele e matá-lo também, mas a agente não acredita na história de Riley e tem certeza de que ele está tentando jogar sua culpa em um ser fictício.
Já na Londres do século XIX, Laranja e a equipe estão em apuros. O assassino Garrick estava lá esperando por eles, em busca da magia que acredita existir. Ele não tem dificuldade de exterminar os agentes, mas quando chega a vez de Laranja, este tenta fugir para o futuro. Durante a viagem, Garrick mata Laranja e acaba se fundindo a ele. A consciência do agente vai toda para a cabeça do assassino, que agora sabe todas as informações do FBI.
O desejo de Garrick é retornar à sua época e usar todo o seu conhecimento do futuro para dominar o mundo no passado, mas para voltar no tempo ele precisa reencontrar Riley e pegar a última Chave Temporal, que está em posse de Chevie Savano.
Garrick não medirá esforços para alcançar seus objetivos, mas ele não conta com a ardilosidade e esperteza de Chevie, que podem lhe causar muitos problemas. O único porém é que, tendo a consciência de Laranja dentro de si e a capacidade de alterar sua forma para a do Agente, Garrick poderá fazer da vida de Savano um inferno, já que será impossível para ela escapar quando tem todas as autoridades em seu encalço… ou será que não?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.
Quando recebi a newsletter de agosto da Galera Record, fiquei muito interessado na premissa deste livro. Sempre quis ler algo de Eoin Colfer, mas nunca tive paciência para Artemis Fowl. Resolvi solicitar o livro, com o único intuito de conhecer a escrita do autor e fui presenteado com uma excelente história.
Eu adoro livros que abordam viagem no tempo e mais ainda espiões mirins. Colfer conseguiu unir os dois temas em um único livro e ainda assim construir uma obra instigante e bem desenvolvida. A escrita do autor é deliciosa. Mal comecei e leitura e já me vi preso ao enredo, não podendo soltar o livro até terminá-lo.
O único defeito foi a previsibilidade, mas isso já era de se esperar. Por ser uma obra voltada ao público infanto-juvenil, o livro conta com diversos fatores que com certeza prenderiam a atenção dos jovens, mas para os mais velhos (até parece que eu sou tão velho assim, mas okay) são coisas óbvias e clichês.
Os personagens foram muito bem construídos. Chevie conquistou meu coração logo de cara. Ela é uma menina forte e determinada, que faz de tudo para alcançar seus objetivos, além de ser divertida e muito sarcástica. Porém, em alguns momentos ela me irritou bastante, pois tem cenas em que ela é arrogante e se acha a melhor.
Riley também é um personagem adorável. Seu vocabulário antigo e sua ingenuidade me fizeram gostar dele ainda mais, apesar de sua ligação com Garrick. Falando no assassino, até dele eu gostei, mesmo sendo o grande vilão. Sua caracterização é um tanto clichê, mas Garrick tem bastante personalidade e um verdadeiro coração de pedra.
A editora Galera Record fez um trabalho excelente com o livro. A capa está sensacional. O título e o nome do autor estão em alto-relevo e o jogo de cores chama bastante atenção. A diagramação é bem simples e a tradução de Alves Calado está excelente. Só a revisão que deixou um pouco a desejar. Encontrei alguns erros de digitação bem grotescos, que comprometeram o entendimento de algumas frases. Uma pena.
O Assassino Relutante foi uma excelente leitura para descontrair após uma sequência de livros pesados. Me tornei um grande fã do autor e não vejo a hora de ter as sequências da série em mãos. Eu com certeza recomendo a todos.
BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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