Oi, gente. Tudo bem?
Livro: Infinito + Um
Autora: Amy Harmon
Editora: Verus
Páginas: 336
Sinopse: Quando duas pessoas se tornam aliadas improváveis e foras da lei quase sem querer, como podem vencer todos os desafios? Bonnie Rae Shelby é uma estrela da música. Ela é rica, linda e incrivelmente famosa. E quer morrer. Finn Clyde é um zé-ninguém. Ele é sensível, brilhante e absurdamente cínico. E tudo o que ele quer é uma chance na vida. Estranhas circunstâncias juntam o garoto que quer esquecer o passado e a garota que não consegue enfrentar o futuro. Tendo o mundo contra eles, esses dois jovens, tão diferentes um do outro, embarcam numa viagem alucinante que não só vai mudar a vida de ambos, como pode até lhes custar a vida. Infinito + um é uma história sobre fama e fortuna, sobre privilégios e injustiças, sobre encontrar um amigo por trás da máscara de um estranho — e sobre descobrir o amor nos lugares mais inusitados.
Bonnie Rae Shelby é um fenômeno da música country após ter vencido o reality show musical Nashville Forever. Aos vinte e um anos, a garota soma diversos prêmios e discos vendidos em sua carreira. Por fora, Bonnie Rae é puro glamour, tudo para agradar sua avó, mas por dentro ela está sofrendo. Há menos de um ano, sua irmã gêmea, Minnie Mae, morreu de leucemia e desde então Bonnie sente que está incompleta e tudo que deseja é morrer.
Quando solicitei Infinito + Um, não sabia bem o que esperar do livro. Ouvi maravilhas da outra obra da autora, Beleza Perdida, e fiquei bem curioso sobre o que encontraria aqui. Então, assim que o livro chegou, passei ele na frente de todas as minhas leituras. Não posso dizer que me arrependi, mas foi um pequeno balde de água fria.
A escrita de Amy Harmon é leve, fluida e totalmente viciante. A autora conseguiu me prender e me fazer querer saber o que aconteceria no final. O problema é que o começo do livro foi muito lento, demorando a engatar a leitura e algumas cenas foram absolutamente clichês. Acho que minhas expectativas estavam altas demais e nem todas foram supridas.
A narrativa é feita sob o ponto de vista de Bonnie, em primeira pessoa, e algumas partes são narradas por Finn, em terceira pessoa. Foi interessante ver a história por esse ângulo, pois assim sabíamos o que ambos pensavam e sentiam e não ficávamos presos a uma única visão. Porém, em alguns momentos, ficávamos perdidos nessa troca de perspectiva, pois, além da mudança do pronome, nada sinalizava a mudança.
Os personagens foram muito bem construídos. A protagonista Bonnie é uma menina doce, gentil e muitas vezes ingênua. Na maior parte do tempo não conseguia vê-la como uma mulher de vinte e um anos e sim como uma adolescente de dezesseis. Muitas de suas atitudes não condiziam com seus pensamentos e ela comete muitos erros, mas quem é perfeito, certo?!
Finn Clyde é um personagem extremamente real, do tipo que você pode encontrar em algum momento de sua vida. Finn tem seus fantasmas no armário e um peso enorme de culpa e sofrimento nos ombros. Entretanto, muitas vezes ele se viu livre disso para ajudar Bonnie, preocupando-se com aquela total desconhecida mais do que consigo mesmo. Foi maravilhoso acompanhar a evolução desse sentimento para algo mais.
Um ponto da história que me incomodou um pouco foi a inúmera quantidade de vezes em que Harmon comparou Bonnie e Finn aos Bonnie & Clyde originais. Pudemos entender as referências logo nas primeiras vezes em que foram citados, mas a autora insistia em bater nessa tecla. Por outro lado, foi fascinante conhecer um pouco mais sobre esse casal que faz parte da cultura popular americana.
A edição física do livro está maravilhosa. A capa tem tudo a ver com a trama e segue o mesmo padrão de fonte de Beleza Perdida, de forma que fiquem harmoniosos quando juntos na estante. A revisão está ótima, não lembro de ter encontrado erros. As páginas são amareladas e a fonte é grande.
Infinito + Um é um new adult comovente, que fala sobre perdão, medo, amor e infinitas coisas mais. Eu com certeza recomendo essa leitura a todos!
– Quanto é infinito mais um?
– Não é infinito. Não é nem dois. É um, Bonnie Rae. Você não me disse? Você e eu? Somos duas metades de um todo. Nós somos um.