Hey turma!
Tudo bem com vocês? Espero que sim, porque tem resenha fresquinha para vocês lerem.
Ano passado participei de um booktour organizado pelo Gustavo do blog Leitores Compulsivos e finalmente consegui escrever a resenha do livro. Vamos conferir?
Livro: A Garota das Cicatrizes de Fogo
Autor: Ricardo Ragazzo
Editora: Novo Século
Páginas: 256
Sinopse: Quatro anos após o desaparecimento da filha e a misteriosa morte da esposa, Johnny Falco recebe uma pista que pode ajudá-lo a desvendar o caso. Um homem aparece morto com as mesmas características inexplicáveis de sua mulher: O CORPO NÃO PASSA DE UM ESQUELETO COM PELE. Seis anos após ter 80% do seu corpo queimado em um atentado, Lisa Gomez acorda em um hospital com uma incontestável diferença: TODAS AS CICATRIZES DE SEU CORPO DESAPARECERAM! E quando o destino dos dois se cruzarem na pequena cidade de Valparaíso, ambos descobrirão que as tragédias que cercam suas vidas estão muito mais interligadas do que poderiam imaginar.
Quando recebi esse livro, não sabia muito bem o que esperar dele. Antes de me inscrever no booktour, nem tinha lido a sinopse do livro. Sendo assim, comecei a minha leitura totalmente às escuras, sem a mínima ideia da temática presente no livro.
A Garota das Cicatrizes de Fogo tem dois enredos centrais que se juntam no decorrer da trama, construindo assim uma história intrincada e cheia de reviravoltas. Johnny Falco e Lisa Gomez aparecem no centro da história, cada um a seu modo, até que seus destinos se cruzam.
Johnny Falco é um homem desesperado. Sua esposa foi assassinada de forma misteriosa e sem nunca encontrarem o culpado. Para piorar um pouquinho sua situação, na mesma data fática, sua filha, Diana, desaparece sem deixar pistas.
Percebemos claramente que a força que move Johnny é vingança. Seu principal objetivo na vida é encontrar sua filha e descobrir o que verdadeiramente aconteceu com sua esposa. E nessa sua busca ele encontra alguém tão perturbado e traumatizado quanto ele. E é devido a esse amigo, Sal, que Johnny fica sabendo de uma pequena cidade com casos de morte parecidos com o da sua esposa. Então ele parte para Valparaíso, na esperança de que encontre, finalmente, sua filha.
E é em Valparaíso que mora Lisa Gomez, uma adolescente também marcada pela tragédia. Quando criança, Lisa foi vítima de um atentado, foi queimada viva e teve 80% do corpo danificado pelas chamas, sendo a maioria das queimaduras de terceiro grau. As cicatrizes, marcas da tragédia de Lisa, a acompanharam em seu crescimento, até que um dia misteriosamente desapareceram por completo. Sem nenhuma explicação plausível, as cicatrizes desaparecem e aparecem de forma aparentemente aleatória.
No meio desses dois focos principais do livro, temos Alex. Alex é um garoto de rua que não tem absolutamente nenhuma memória de seu passado. Ao conhecer Lisa, sente uma enorme ligação com ela, e vice-versa.
As memórias de Alex porém podem ser muito úteis para desvendar o mistério do paradeiro da filha de Johnny, Diana, e para explicar a incrível mutabilidade das cicatrizes de Lisa.
Os acontecimentos no livro decorrem de forma eletrizante e fluída. O envolvimento de Johnny em sua busca é realmente muito bem escrito, de forma que nos transporta para dentro do livro, como se estivéssemos vivenciando os acontecimentos junto com Johnny, Lisa e Alex.
Ricardo Ragazzo foi o autor que me introduziu a um gênero literário que há muito queria ler, o tão falado Fantasia Urbana. Depois de finalizar essa leitura, com certeza irei apostar mais no gênero esse ano. Foi uma surpresa agradavelmente boa e espero que se repita muitas vezes.
Quanto à diagramação do livro: Meu santo Dumbledore, o que é aquilo? Fiquei seriamente apaixonada pela diagramação do livro! Além de possuir uma capa belíssima que faz maravilhas a qualquer estante, A Garota das Cicatrizes de Fogo possui uma diagramação de dar inveja a qualquer bestseller. A mudança de capítulos é marcada por páginas pretas com letras brancas. Simplesmente maravilhoso.
O autor, Ricardo Ragazzo, possui mais um livro publicado chamado 72 Horas para Morrer. Fica a dica para quem quiser me presentear esse ano.
Agora, eu me vou e deixarei vocês, caros leitores, com um trecho especial de Johnny Falco. Apreciem o sarcasmo e ironia desse personagem tanto quanto eu.
Certas conversas só podem ocorrer quando estamos bêbados ou sentados. Fato.