Olá, mates. Tudo bom?
LIVRO: Frankenstein ou O prometeu moderno
AUTORA: Mary Shelley
EDITORA: Darkside
PÁGINAS: 304SINOPSE: Victor é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente. O resultado de sua experiência, um monstro que o próprio Frankenstein considera uma aberração, ganha consciência, vontade, desejo, medo. Criador e criatura se enfrentam: são opostos e, de certa forma, iguais. Humanos! Eis a força descomunal de um grande texto. Quando foi a última vez que você teve a chance de entrar em contato com a narrativa original desse que é um dos romances mais influentes dos últimos dois séculos? Que tal agora, na tradução de Márcia Xavier de Brito? Além disso, esta edição conta com quatro contos sobre a Imortalidade, em que Shelley continua a explorar os perigos e percalços daqueles que se arriscam à tentação de criar vida: “Valério: O Romano Reanimado”; “Roger Dodsworth: O Inglês Reanimado”; “Transformação”; e “O Imortal Mortal”, histórias pesquisadas e traduzidas por Carlos Primati, estudioso do gênero. Frankenstein, ou o Prometeu Moderno é um dos primeiros lançamentos da coleção Medo Clássico — ao lado do volume de contos do mestre Edgar Allan Poe — no início de 2017. A qualidade do livro é impecável, para cientista maluco nenhum colocar defeito. Capa dura, novas traduções, ilustrações feitas por Pedro Franz, artista visual e autor de quadrinhos reconhecido internacionalmente. O livro é impresso em duas cores: preto e sangue. Reencontre Frankenstein de um jeito que só a primeira editora brasileira inteiramente dedicada ao terror e à fantasia poderia lançar. It’s alive!
Mary Shelley escreveu a primeira obra de ficção científica da história com apenas 19 anos em um desafio numa noite muito tediosa. O livro foi publicado dois anos após a sua escrita, em 1818, sem crédito a autora na primeira edição, por conta do preconceito com escritoras, inclusive em tal gênero. A versão definitiva é a terceira, publicada em 1831.
O romance relata a conhecida história de Victor Frankenstein, um estudante de ciências naturais e criador da criatura futuramente conhecida como Frankenstein.
O Capitão Robert Walton tem o seu destino entrelaçado ao cientista e a criatura quando o seu navio fica preso em um mar congelado à caminho do Polo Norte. Lá, ele avista pela primeira vez a ‘criatura’ em um trenó puxado por cães. Victor conta a sua história ao Capitão e o livro é narrado por ele, através de cartas enviadas a sua irmã. É impossível não me lembrar de Drácula, de Bram Stoker.
Secundariamente temos Elizabeth, irmã adotiva de Victor e Clerval, o seu melhor amigo que adornam a narrativa. Victor sucumbe após a criação da sua criatura. Eles acabam por se separar, cada um seguindo uma jornada. É aqui que a narrativa seduz. Assistimos Frankenstein aprender sobre o que é viver, os seres humanos e a sua apatia, sendo constantemente agredidos por sua monstruosidade. Ele fala, pensa, sofre, tem empatia e ele é um humano em um corpo que não pertence a si e ao qual ele não aceita, inclusive pelos outros não aceitarem.
Para uma apaixonada por ficção cientifica para vocês, leitores, é uma leitura incrível. Essa é a primeira história de Mary e ela é rica, criativa, instigante e descritiva. Ela teve grandes influências literárias durante a sua carreira. É uma experiência prazerosa e uma leitura clássica necessária para os fãs desse gênero – e para aqueles como eu que buscam ler todos os clássicos mundiais ainda nessa encarnação.
Aproveitando o ensejo, nessa semana, o Netflix colocou a terceira temporada e última temporada da série de terror ‘Penny Dreadful’ e meus caros amigos, na minha humilde opinião, essa série tem uma das melhores versões dos nossos amados Dr. Victor Frankenstein e a sua criatura em busca de encontrar a sua humanidade. E ah, nessa temporada tem a participação do Dr. Hyde. Certeza que vocês estão correndo para assistir essa temporada (quem sabe maratonar a série toda?).
Se fizerem isso, não esqueçam de conferir e ler o livro da Mary Shelley. Vocês não se arrependerão.