Hey Folks!
Como andam ultimamente? Espero que bem, pois hoje trago uma resenha bombástica para vocês. O livro da vez é uma cortesia da Editora Saída de Emergência e se chama A Filha do Sangue. Vamos conferir o que achei dessa belezinha?
Título: A Filha do Sangue
Autora: Anne Bishop
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 432
Sinopse: O Reino Distorcido se prepara para o cumprimento de uma antiga profecia: a chegada de uma nova Rainha, a Feiticeira que tem mais poder que o próprio Senhor do Inferno. Mas ela ainda é jovem, e por isso pode ser influencidade e corrompida. Quem a controlar terá domínio sobre o mundo. Três homens poderosos, inimigos viscerais – sabem disso. Saetan, Lucivar e Daemon logo percebem o poder que se esconde por trás dos olhos azuis daquela menina inocente. Assim começa um jogo cruel, de política e intriga, magia e traição, no qual as armas são o ódio e o amor. E cujo preço pode ser terrível e inimaginável.
Como a maioria de vocês aqui já sabem, uma capa bonita sempre me ajuda na hora de escolher quais serão as minhas leituras. Então não preciso nem dizer que a capa de A Filha do Sangue foi a primeira coisa que me chamou a atenção quando soube do lançamento desse livro. Logo após a capa, me encantei pela sinopse, que devo dizer, não abrange nem um terço do universo incrível a que somos apresentados em A Filha do Sangue.
A Filha do Sangue segue o gênero de fantasia que já é bem característico da editora e nos apresenta a um universo dividido em três reinos: Terreille, Kaeleer e Inferno. Terreille é basicamente o reino natural, ou seja, dos humanos. Kaeleer é o reino psíquico, ou seja, onde as pessoas vão parar quando enlouquecem por utilizar demais o seu poder. E Inferno, como o próprio nome já diz, é o reino sobrenatural, habitado por demônios mortos e outras criaturas.
Confesso que quando a demarcação territorial, senti muito a falta de um mapa. Para livros nesse gênero, acredito que um mapa nunca é demais. Por mais que os capítulos fossem subdivididos, nos informando em qual reino a passagem ocorre, tive muitos problemas para distinguir e visualizar os mesmos.
Mas vamos voltar o foco para a história. Como acho que já deu para perceber, A Filha do Sangue é repleto de divisões. A divisão mais comum do livro talvez esteja entre os próprios personagens. Quanto ao povo dos reinos, temos a clara distinção entre plebeus e Os Sangue. Os Sangue são como a nata da sociedade, são pessoas portadoras das Jóias de Poder, as quais conferem algumas habilidades específicas a quem as usam. A principal função dos Sangue é servir às Trevas, assim garantindo estabilidade, equilíbrio e proteção ao reino. Dentre as Jóias ainda temos mais uma divisão. Elas podem variar desde Branca até Negra, quanto mais escura a pedra for, mais poderoso o dono será. E ainda temos a divisão hierárquica. Um macho pode pertencer à castas desde Plebeu até Príncipe dos Senhores da Guerra. Já as mulheres podem ser desde Plebeias até Rainhas.
O Reino Distorcido (esse é o nome do universo que engloba todos reinos) é uma sociedade bem feminista. As mulheres comandam. Os machos existem somente para satisfazer suas vontades. A grande Rainha Dorothea deveria garantir a proteção do Reino, mas sua ambição e ganância transformaram-o em um cenário de escravidão. Ela mantém os machos sob regime escravo para satisfazer somente seus desejos sádicos e de suas companheiras feiticeiras.
E é nesse mesmo cenário que uma profecia é feita: Uma nova Rainha está chegando! E realmente chega, de uma forma bem inesperada. Jaenelle Angelline é apenas uma garotinha de 7 anos (atingindo a idade de 12 anos com o desenvolvimento do livro) quando aparece no Reino Distorcido, e apesar da pouca idade já é dona de treze Jóias Negras brutas, mais poder do que qualquer Sangue já possui. Mas devido a sua pouca idade e falta de experiência, ela pode ser facilmente manipulada. E é a partir desse ponto que passamos a conhecer os propósitos de três dos machos Sangue mais poderosos: Lucivar Yaslana, Daemon Sadi e Saetan SaDiablo.
A tarefa de treinar a feiticeira é designada a Saetan, o Senhor Supremo do Inferno, porém isso não a impede de se envolver com Lucivar e Daemon também. Daemon é filho de Saetan, e é comumente descrito como “O Sádico”. É o macho mais forte dentre os sangue e não tem receio de usar seu poder para conseguir alcançar o seu propósito: Derrubar a Rainha Dorothea.
Lucivar é meio irmão de Daemon, também filho de Saetan, porém é um mestiço. Foi escravizado ainda adolescente e devido ao seu temperamento explosivo é enviado para servir nas minas de sal de Pruul. É o terceiro macho mais forte dos Sangue, mesmo sendo mestiço.
O livro é bem confuso no princípio, mesmo possuindo uma carta do autor explicando um pouco o universo do Reino Distorcido. No começo do livro temos também um guia dos personagens, das Jóias e das castas. Durante a leitura me vi voltando várias vezes nesses três itens para conseguir me situar um pouco melhor na história.
Acho que a complexidade do livro é um dos fatores principais que me fizeram gostar tanto da história, embora seja um dos livros mais difíceis de resenhar que já li. O tema sombrio, com esse toque de erotismo, me atraiu imensamente e concluí a leitura salivando por uma continuação.
Quando a diagramação do livro, só tenho elogios. A editora acertou em cheio na capa, que como já disse, é maravilhosa! A disposição dos capítulos e diagramação do texto também foram bem caprichados, as páginas são amareladas, deixando assim a leitura muito mais confortável.
Não indicaria o livro para quem é meio frágil para leitura, pois o mesmo traz assuntos polêmicos como incesto, prostituição, assassinato, estupro, pedofilia, castração, entre outros. Para quem não vê problemas em ler sobre esses temas e ainda adora uma boa história fantástica, A Filha do Sangue é uma boa pedida.
Acho que já falei demais sobre o livro. Peço desculpas se minha resenha ficou um pouco confusa para vocês, mas realmente não encontrei uma forma melhor de explicar um pouco da história. Por fim, vamos de citação, para instigar a curiosidade de vocês?
Era poder demais. Nem os Sangue estavam destinados a deter tal poder. Nem a Feiticeira jamais controlara todo esse poder.
A verdade é que essa menina controlava. Esta jovem Rainha. A filha da sua alma.
Com esforço, Saetan estabilizou a respiração. Poderia aceitá-la. Poderia amá-la. Ou poderia temê-la. A decisão cabia a ele, e o que quer que decidisse aqui e agora seria uma decisão com a qual teria que viver.
E aí? O que acharam? Me contem tudo nos comentários.