Olá Turma.
Nem dei tempo de vocês sentirem saudades de mim e já estou de volta com mais uma resenha recém saída do forno. O livro da vez é Fetiche, que foi publicado aqui no Brasil pela Editora Fundamento. Vamos conferir o que achei?
Livro: Fetiche
Série: Makedde (#01)
Autora: Tara Moss
Editora: Fundamento
Páginas: 308Sinopse: Em uma frenética caçada a um sádico psicopata, uma jovem modelo formada em Psicologia Forense tenta capturar o assassino de sua melhor amiga. Mas sua ousadia vai longe demais e, sem perceber, ela pode estar correndo diretamente para as garras de um serial killer. A única pessoa em que ela confia, e por quem se apaixona, o sedutor detetive Andy Flynn, parece esconder segredos perigosos. Como saber em quem acreditar quando as aparências determinam quem vive e quem pode estar condenado a uma cruel sentença de morte?
Fetiche foi um livro que me chamou a atenção logo que li a sinopse. Minha primeira impressão, quando vi a capa não foi das melhores, afinal a capa tem esse arzinho de que foi feita no Paint. Mas assim que li a sinopse a vontade de ler o livro foi instantânea. Sempre amei um romance policial e isso não é segredo para ninguém. E como a boa garota leitora que sou, nunca dispenso uma leitura de um dos meus gêneros favoritos.
Em Fetiche, somos imersos na vida de Makedde Vanderwall. Mak é uma modelo canadense que atravessa o oceano e vai para Austrália na esperança de dar um novo rumo à sua carreira e também para que finalmente termine de pagar a faculdade de Psicologia. Ela espera poder passar um tempo com sua melhor amiga, Catherine Gerber. Porém, seus planos mudam radicalmente ao encontrar o corpo de Cat mutilado no local de sua primeira sessão de fotos, usando apenas um salto-agulha.
Esse foi um dos pontos que realmente me chamou atenção no livro. Tara Moss é uma modelo e eu não esperava nada remotamente parecido com a escrita que encontrei em Fetiche. Os detalhes do assassinato de Cat são terrivelmente reais, de uma forma que você consegue visualizar tudo na sua cabeça.
Nesse ponto da história, vamos conhecendo aos poucos a verdadeira personalidade de Mak. Acho que a autora tentou acabar com o antigo esteriótipo de que modelos não pensam e vivem apenas para a beleza, e ao meu ver, conseguiu. Mak é filha de um dos melhores investigadores do Canadá e tem em si muito do espirito investigativo do pai, além de ter estudado Psicologia Forense.
Como devem imaginar, o assassinato de Cat mexeu com ela de uma forma profunda e pessoal. Tanto que ela resolve investigar o crime por si mesma. E não vai parar até desvendar o segredo por trás do Assassino do Salto Alto.
Durante sua investigação, Mak conhece Andy Flynn, o detetive responsável pela investigação do assassinato de Cat.
Andy é o tipo certo de policial gostosão, mas também todo certinho e leva seu trabalho muito a sério. Porém sua vida está um caos. Ele está lidando com a pressão de ter que capturar um serial killer e ainda por cima está prestes a se divorciar.
Apesar de todos os esforços de Andy para afastar Mak do caso, ela não recua. Está determinada a ir até o fim dessa história e isso acaba aproximando os dois. Porém a aproximação vira algo físico e Andy é afastado do caso.
Mas o que eles não esperavam é que o assassino estivesse vigiando-os. E a aproximação de Andy com Mak pode colocá-lo em perigo, afinal, o assassino não resiste a uma bela mulher e está disposto a passar por cima do que for para ter Mak.
Quando comecei a ler o livro, não dava muito por ele. Porém, no decorrer da leitura fui me vendo cada vez mais presa pela narrativa da Tara. A forma como ela joga pequenas pistas para os leitores é simplesmente espetacular.
Devo dizer que o mistério foi muito bem construído também. Geralmente, quando leio um livro desse gênero, consigo descobrir quem é o “vilão” antes do fim do livro. Em Fetiche, isso não foi possível. Durante a leitura virei um tipo de paranoica, desconfiava de todo mundo!
Quando fui fazer minhas pesquisas sobre a autora, antes de ler, descobri que ela também é modelo (lindissíma, por sinal). E achei também alguns comentários comparando-a com a minha queridinha Agatha Christie.
Quero deixar claro aqui que amei a escrita da Tara e pretendo ler os outros livros dessa série. Mas em momento algum durante a minha leitura senti aquele fator “uau” que tanto me encanta nos livros da Agatha. Então, por enquanto, ainda a considero somente como uma escritora de suspense e não como uma possível sucessora da Agatha.
E, como já comentei anteriormente, a capa não é lá essas coisas. Mas após terminar a minha leitura consegui compreender o significado da mesma e acho que foi bem colocada para o contexto do enrendo. A diagramação interna é um espetáculo!, com direito a sapatos em miniatura no começo de cada capítulo e tudo!
A Editora Fundamento está de parabéns pela diagramação e também pela revisão, que foi simplesmente perfeita. Nada de erros de digitação ou coisa do tipo. É realmente fantástico poder ler um livro tão bem revisado.
E para os fãs de suspense e de uma boa investigação policial: não julguem ESSE livro pela capa e deem uma chance a essa história maravilhosamente bem escrita.
Me despeço de vocês da mesma forma de sempre: com citação!
A familiaridade dela o envolveu; ela era fascinante, mais importante e especial que todas as outras garotas. Makedde era única. Ele deslizou seu dedo devagar pela superfície da foto. O destino tinha trazido até ele a vadia de cabelos escuros. Junto com ela, o destino tinha trazido Makedde.