Oi, gente. Tudo bem?
Não sei quando essa resenha irá ao ar, mas estou escrevendo ela quase a uma da manhã do feriado, minutos depois de ter encerrado o livro, tamanha a minha necessidade de falar a respeito. Curiosos sobre o motivo de esse livro ter mexido tanto comigo? Então bora conferir!
Livro: A Evolução de Mara Dyer
Série: Mara Dyer (#02)
Autora: Michelle Hodking
Editora: Galera Record
Páginas: 406
Sinopse: As misteriosas e perigosas habilidades de Mara continuam a evoluir. Ela sabe que não está louca e agora precisa se prender desesperadamente à sanidade. Mara sabe que é tudo real: pode matar com um simples pensamento, assim como Noah pode curar com apenas um toque e que Jude, o ex-namorado morto por ela, está realmente de volta. Mas para descobrir suas intenções, deve evitar uma internação em um hospital psiquiátrico. Confusa com as paredes se fechando e ruindo ao seu redor, ela deve aprender a usar seu poder.
O fim do primeiro livro ficou em aberto. Virei a última página clamando por mais, me corroendo querendo saber como aquilo era possível e o que aconteceria em seguida. Quase um ano depois a continuação chega em minhas mãos e finalmente posso ter minhas respostas.
Mara se arrepende mortalmente do que fez ao homem que seu pai defendia, não pelo que aconteceu a ele, mas sim pelas consequências de sua atitude. Ela acredita ser perigosa e fará com que as pessoas entendam que o que aconteceu no sanatório e resultou na morte de Claire, Jude e Rachel foi culpa dela.
O problema é que a garota não contava com um porém: Jude estava vivo. Ao menos é o que ela acredita após tê-lo avistado na delegacia quando foi confessar seus “crimes”. A visão de Jude faz com que Mara tenha um surto e desmaie.
Quando acorda, Mara descobre que foi internada em um hospital psiquiátrico após o incidente. Ela insiste em afirmar que viu Jude e que ele está vivo, mas como seria possível, se ele foi esmagado por toneladas de pedras no desabamento? Essa crença na sobrevivência do ex-namorado faz com que ela seja acompanhada de perto por zilhões de médicos que duvidam de sua sanidade.
Percebendo que poderá ficar internada se continuar insistindo no assunto, Mara veste uma máscara e passa a interpretar a adolescente abalada que deveria ser após o trauma que sofreu. Isso convence seus pais e a libera de ficar trancada em um hospício, mas não de um grupo de apoio para adolescentes problemáticos.
Em Horizontes Mara reencontra Jamie, seu grande amigo da escola, que está lá devido aos incidentes que resultaram em sua expulsão. O garoto não parece dar bola para o que os médicos tem a dizer sobre ele e ajuda Mara a se acalmar, o que é praticamente impossível.
No grupo também se encontra Phoebe. Ela parece ser completamente louca no começo, mas vamos percebendo nuances de sua personalidade manipuladora e psicopata para cima de Mara.
Além disso tudo, nossa protagonista está assustada. Ela tem certeza que Jude a vem observando e está prestes a fazer algo com ela ou com sua família, deixando-a aterrorizada. Isso só piora seu estado e as alucinações e perdas de memória ficam mais frequentes.
A única alegria na vida de Mara é Noah. Ele parece estar um pouco distante e ela ainda está receosa em beijá-lo devido ao último acontecimento, mas a relação dos dois vai evoluindo, conforme ele ajuda-a a entender o que está acontecendo e a descobrir pistas sobre o paradeiro de Jude para finalmente encontrá-lo e acabar com ele de uma vez por todas. Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.
Um ano depois da leitura do primeiro livro, incrivelmente eu ainda tinha todos os acontecimentos da narrativa frescos na memória e isso fez com que a leitura do segundo volume fosse ainda mais prazerosa.
A escrita de Michelle Hodkin continua sensacional. Vemos todos os acontecimentos pelos olhos de Mara e nos introduzimos em sua mente. Esse fator nos faz duvidar de nossa própria sanidade, já que a própria Mara não sabe diferenciar realidade de alucinação. Foi uma jogada de mestre da autora lá no primeiro livro e que, graças a Deus, ela manteve e não se perdeu na continuação.
Os personagens continuam maravilhosos e muito bem caracterizados. Sinto uma afeição enorme por Mara. Todo seu dilema de precisar se esconder para não parecer louca traz uma boa pitada de emoção à narrativa. Noah é o cara. Nesse livro eu me irritei com alguns aspectos dele, mas teve uma cena que me fez esquecer essa irritação e lembrar do motivo pelo qual ele é um dos meus personagens favoritos da literatura.
O pessoal de Horizontes é bem estereotipado. Jamie perdeu toda a sua graça. Ele tem mudanças de humor significativas e isso me decepcionou um pouco. Phoebe é completamente maluca. Confesso que sentia medo dela e de suas conversas sombrias. Gostei bastante de Stella, uma garota que sofre de bulimia e anorexia, por ter se mostrado alguém com personalidade, que não perdeu a essência com os últimos acontecimentos.
A diagramação permanece a mesma. A capa também é linda e até agora não consegui decidir qual a minha favorita. Notei bastantes erros de digitação, alguns bem grotescos, mas nada que prejudicasse a leitura.
Poderia passar dias aqui falando do quanto amei esse livro, mas sei que muitos de vocês não leriam. Então, me despeço deixando a minha recomendação e a minha citação favorita do livro (roubando ideias de Nathy).
Sabia de centenas de coisas sobre Noah Shaw, mas quando me beijou, esqueci meu nome. Estava faminta por ele, por aquilo. Era uma criatura de desejo: mergulhada em sentimentos e sem fôlego. Senti um puxão, furioso e determinado, e parte de mim teve medo dele, mas outra parte, baixa, profunda e sombria, sussurrava sim. Noah repetia meu nome como uma oração, e eu estava livre.
Um beijo a todos e até qualquer hora.
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