Hey Folks!
Hoje vim trazer para vocês uma resenha que estou devendo à muito tempo. O livro foi uma cortesia da Editora Novo Século e já adquiriu uma certa fama na blogosfera. Já sabem de qual bebê estou falando? Quem disse Eleanor & Park acertou. Vamos conferir o que achei?
Título: Eleanor & Park
Autora: Rainbow Rowell
Editora: Novo Século
Páginas: 328
Sinopse: Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.
Eleanor & Park é o típo de livro que atrai muita atenção da mídia. E acho que justamente por conta de todo o alvoroço midiático que esse livro causou, minhas expectativas para ele estavam bem altas antes mesmo de começar a minha leitura.
O livro nos apresenta ao típico esteriótipo de adolescente americano: não muito popular, mas não chega a sofrer bullying. O típico invisível que toda turma tem. Esse é o Park. Com descendência asiática, Park é um garoto quieto, prefere ler gibis e escutar rock a se enturmar com seus colegas de classe.
E é nesse cenário que Eleanor aparece. Ela é a garota nova. Grande e desajeitada, com problemas em se enturmar. Logo se torna o principal alvo de gozações da turma do ônibus. E por serem parceiros de banco no ônibus da escola, Eleanor e Park começam a desenvolver um estranho afeto.
Park percebe o interesse de Eleanor por seus gibis e logo passa a emprestar os mesmos para a garota e a compartilhar o seu fone de ouvido no caminho de ida e volta da escola. E é assim que o romance dos dois se desenvolve: em meio a personagens de quadrinhos e artistas de punk rock.
A premissa do livro me pareceu bastante interessante quando li a sinopse pela primeira vez, afinal, como uma boa amante de rock, nunca deixo passar um livro que aborde o assunto. Porém toda a minha esperança acabou se provando inútil.
Sei que muitas pessoas já leram esse livro e o consideram um dos queridinhos em sua estante. Comigo não poderia ser mais diferente. Acho que a minha expectativa em alta contribuiu bastante para o meu desapontamento com esse livro.
Achei Park um personagem sem graça e não muito envolvente. Como o livro é narrado pelos dois, alternando os capitulos, sempre me dava sono quando estava lendo um capítulo narrado pelo Park. A autora pecou na composição desse personagem, ao meu ver, e isso acabou tirando um pouco do fascínio inicial que senti pelo livro.
Já com Eleanor, o que senti foi completamente diferente. Ela é uma personagem curiosa, que foge do comum e não se encaixa no esteriótipo de garota perfeita. Ela tem seus defeitos e inseguranças e, ao contrário de muitas pessoas, não tenta escondê-los. Senti mais sinceridade nela do que em Park e acho que a autora poderia ter explorado melhor o personagem.
No geral, é um livro de leitura fluida e rápida, que consegue prender o leitor do começo ao fim. Devorei as páginas em uma velocidade incrível para mim, mas mesmo assim não pude evitar o desapontamento. A história dos dois é bem inocente, de um modo que a muito tempo não encontramos na literatura. Mas mesmo assim, senti muita falta de um desenvolvimento maior para os dramas adolescentes e até para o conflito familiar de Eleanor.
Ainda não tenho muita certeza se recomendo ou não esse livro. Não sei se o problema está no livro ou na minha preferência literária. Então deixo esse julgamento para vocês, na esperança que gostem do livro e me provem que eu estou apenas sendo crítica demais.
Me despeço de vocês como sempre, com uma das citações que mais me chamou a atenção durante a leitura. Não se esqueçam de me contar o que acharam nos comentários, okay?
Se você mesma não pode salvar sua própria vida, vale a pena alguém salvar?
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