Olá Turma!
Tudo bem com vocês? Espero que sim, pois hoje estou aqui para falar de um dos meus gêneros favoritos de literatura: policial! Quando vi esse lançamento do Grupo Editorial Record, não me interessei muito na hora, mas depois quando procurei saber um pouco mais sobre a história, morri de amores e fiquei louca para ler. Vamos conferir o que achei de Corvo Negro?
Livro: Corvo Negro
Autora: Ann Cleeves
Editora: Grupo Editorial Record
Páginas: 352
Sinopse: Quando um de seus professores propõe à turma um trabalho sobre a região em que vivem, na Escócia, Catherine Ross decide fazer um documentário para mostrar os costumes locais. Porém, alguns dias depois, seu corpo é encontrado na neve. Todas as evidências logo apontam para Magnus Tait, um ancião que tem como única companhia um corvo e que, anos antes, foi acusado de matar a jovem Catriona Bruce. Mas ao procurar pelo documentário, o investigador Perez descobre que ele desapareceu. Agora, além de entender a conexão entre os crimes, ele precisará desvendar os segredos revelados pelo primeiro e único filme de Catherine Ross.
Corvo Negro é o tipo de livro que foi escrito para mexer com a cabeça do leitor. Para mim, a graça de ler um livro policial está justamente em criar cenários, teorias, e tentar resolver o mistério por mim mesma antes de chegar ao fim da narrativa. E com esse livro não poderia ser diferente.
A história gira em torno do assassinato de Catherine Ross. Catherine havia se mudado para o arquipélago de Shetland com o pai após a morte da mãe. Ao meu ver, Catherine era uma pessoa forte e determinada, com um sonho de ser cineasta. Conforme a história vai se desenrolando, descobrimos que Catherine estava fazendo um documentário sobre a cidade, mais precisamente sobre seus moradores.
O assassinato gera muita polêmica na pequena cidade, pois todos querem seus segredos protegidos e Catherine estava começando a descobrir a maioria deles através de seu documentário. E como dizem, a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco.
O principal suspeito de todos é o velho recluso da cidade: Magnus Tait. Magnus vive sozinho e isolado a tempos em sua casa. Nunca recebe visitas e não faz questão de socializar com os moradores da cidade.
Na noite de Ano Novo, Catherine e sua amiga Sally se desafiam a irem na casa de Magnus lhe desejar feliz ano novo. Magnus demonstrou um interesse especial por Catherine, ao meu ver. E quatro dias depois o corpo de Catherine é encontrado na neve, mutilado pelas bicadas de corvos.
Magnus logo é culpado pelo assassinato da garota, pois anos antes um desaparecimento horrorizou a cidade envolvendo o mesmo. Magnus foi culpado pelo desaparecimento de Catriona Bruce, e ninguém nunca soube realmente o que ocorreu. Catherine, curiosamente, morava na mesma casa em que a família de Catriona morreu.
Dentro desse contexto, conhecemos outro personagem realmente importante para a narrativa: o detetive Jimmy Perez, o responsável pela investigação do assassinato de Catherine.
O detetive Perez acaba descobrindo que, por conta do documentário, várias pessoas na cidade teriam motivos plausíveis para querer Catherine morta. A situação se agrava muito mais quando ele descobre que o documentário havia sido roubado.
Agora ele precisa descobrir não só quem matou Catherine, mas também qual a sua conexão com o desaparecimento de Catriona, tantos anos antes.
Como eu disse lá em cima, adoro um bom livro policial, então fui com muita sede ao pote quando comecei a ler esse livro. As expectativas estavam bem altas, pois tudo para mim era convidativo ao livro, desde a capa até a sua sinopse.
Geralmente, quando aumento tanto minhas expectativas, eu acabo me decepcionando. E foi justamente o que ocorreu com esse livro. Não estou dizendo que o livro não é bom, pois ele é. O que quero dizer é que tinha potencial para ser muito mais.
A narrativa da Ann é peculiar. Ela nos apresenta a história em 3º pessoa, porém sobre vários pontos de vista. Os quatro mais comuns são de pessoas bem ligadas ao assassinato: Magnus (o acusado), Perez (o detetive), Sally (amiga da Catherine) e Fran Hunter, que foi a pessoa que encontrou o corpo. Essa narrativa fragmentada fez com que eu me perdesse algumas vezes, mas nada muito sério que comprometesse o meu entendimento geral dos fatos.
Por ser um livro do gênero policial, eu esperava um pouco mais de ação. Mas as coisas ficam realmente intensas só no final do livro, quando todos os fatos levam ao desfecho do mistério. E por falar em desfecho, também me senti um pouco chateada com o mesmo. Toda a aura que a autora criou em volta dos assassinatos acabou culminando em um motivo totalmente bobo, ao meu ver.
A diagramação desse livro foi bem simples, como eu já esperava. Acho que o gênero de um livro geralmente influi muito na diagramação do mesmo. Em Corvo Negro temos as páginas amareladas as quais já estamos acostumados. Porém, não temos muita pompa nas transições de capítulos, somente a fonte centralizada e um pouco maior. A capa também é simples, mas em sua simplicidade a beleza está presente. O cenário retratado na capa foi exatamente o que imaginei para Shetland enquanto lia o livro.
Recomendo o livro para quem gosta de solucionar mistérios e sempre amou o gênero policial. Mas recomendo também que não criem expectativas, assim o final será mais surpreendente para vocês do que foi para mim.
E com isso me despeço de vocês por hoje.