sobre livros e a vida

18/09/2014

Tá Na Estante :: “Correr ou Morrer” #301

Olá pessoal, tudo bem?

Como todo mundo sabe (ou quase todo mundo), hoje está chegando aos cinemas o primeiro filme da série Maze Runner, chamado Correr ou Morrer. O Léo já assistiu e escreveu uma crítica que saiu hoje mais cedo. Vamos ver o que eu achei sobre a obra que deu origem ao filme?


Autor(a): James Dashner
Título Original: The Maze Runner
Série: Maze Runner
Volume: 1
Editora: V&R
Páginas: 426
Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho.

Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar – chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo.

Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

Bom, tenho que confessar que nunca tive vontade alguma de ler essa série, nem mesmo quando fora anunciada a adaptação cinematográfica. Porém, ao divulgarem que o protagonista seria vivido por ninguém mais ninguém menos que o meu Stiles (Dylan O’Brien em Teen Wolf) eu senti uma necessidade de assistir o filme, mas não queria assisti-lo sem antes ler o livro.
Ao começar a narrativa somos imediatamente apresentados a Thomas, um garoto de aproximadamente 16 anos que teve sua memória apagada e foi colocado em uma caixa de ferro usada como elevador, sem noção alguma de seu destino. O garoto acorda em um lugar cercado por muros gigantescos e populado apenas por garotos que aparentam ter entre 12 e 19 anos.
No início o livro consegue confundir bastante sua cabeça e a narrativa em terceira pessoa não ajuda em nada. Aos poucos (cerca de 40 páginas) nós começamos a entender mais sobre o que realmente é a Clareira e como ela funciona. Quer dizer, entender entre aspas, porque nem mesmo os personagens possuem total compreensão sobre esse lugar.
A cada trinta dias exatos um novo garoto chega ao local através da caixa de ferro. Os grandes muros ao redor da Clareira escondem um imenso labirinto que pode ou não conter a liberdade de seus habitantes. Todos os dias de manhã, alguns Clareanos (moradores da Clareira) entram nesse labirinto para tentar encontrar pistas e mapear as 8 diferentes áreas do local. Esses Clareanos são chamados de Corredores e enfrentam uma das principais tarefas e com certeza a mais perigosa.
Os Corredores precisam voltar antes do anoitecer com toda a sua área decorada para que possam ser feitos os mapas. Ao cair a noite, as entradas desses muros são fechadas e os corredores do labirinto começam a ser habitados por criaturas monstruosas conhecidas como Verdugos. Alguns desses Clareanos já vivem nesse lugar há mais de 2 anos e não conseguiram encontrar uma saída, o que aumenta a ideia de que eles não possuem salvação.
As coisas começam a sofrer alterações um dia após a chegada de Thomas. A caixa anuncia a chegada de mais um novato, uma coisa que nunca tinha acontecido antes. Para agravar ainda mais a situação, a caixa não guardava mais um garoto e sim uma garota portando uma mensagem que mudaria o destino de todos eles.

Lembre, corra, sobreviva!

James Dashner conseguiu me prender imediatamente ao livro, o que estava sendo bem difícil durante as minhas últimas leituras. Embora o começo do livro confunda sua cabeça, ainda assim você consegue se prender à escrita do autor, que é bem descritiva e ao mesmo tempo direta, fazendo a leitura fluir rapidamente. O autor utiliza de uma linguagem simples e bem leve, embora haja muitas cenas de mortes extremamente violentas o livro não chega a ser considerado pesado.
Mas nem tudo são flores. Em Correr ou Morrer somos apresentados a vários personagens quem são mal aproveitados. Se tem uma personagem que merecia muito mais espaço, essa personagem é a Teresa, a única garota que já habitou a Clareira. Ao ler a sinopse temos a impressão de que ela é uma peça importante na história e realmente é, porém só somos apresentados a ela na segunda parte do livro e mesmo assim ela não tem uma relação bem explorada com nenhum Clareano, nem mesmo com Thomas.
O livro não é considerado grande, mas em 426 páginas podemos ter certeza que teremos um final e tanto. Aí que nos enganamos. Se o livro tem uma leitura rápida, essa velocidade triplica no final. A riqueza de detalhes some da escrita do autor durante os últimos capítulos do livro e somos completamente excluídos da “batalha final”.
James foca tanto no enredo que acaba deixando de lado os personagens, tornando quase impossível a tarefa de se apegar a algum deles, o que de certa forma pode ser considerado bom, pois torna as mortes muito mais aceitáveis, rs.
Em questão física não tenho muito o que dizer, a capa é simplesmente linda e mesmo na versão econômica (a versão do box) o livro possui uma qualidade excelente. A diagramação não traz nada surpreendente, fonte e margem pequenas e espaçamento simples.
Correr ou Morrer tem tudo para ser um livro 5 estrelas, mas por mal aproveitamento do enredo ele irá levar 4 estrelas com gostinho de três.
BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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