sobre livros e a vida

16/09/2014

Tá Na Estante :: ‘Carrie, A Estranha’ #299

Oi, gente. Tudo bem?

Estou de volta com mais um post da Semana Especial Stephen King. Hoje vim trazer a resenha do primeiro livro do autor que eu li. Vamos conferir?!

Livro: Carrie, A Estranha
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 199
Sinopse: Carrie, a Estranha narra a atormentada adolescência de uma jovem problemática, perseguida pelos colegas, professores e impedida pela mãe de levar a vida como as garotas de sua idade. Só que Carrie guarda um segredo: quando ela está por perto, objetos voam, portas são trancadas ao sabor do nada, velas se apagam e voltam a iluminar, misteriosamente. Aos 16 anos, desajustada socialmente, Carrie prepara sua vingança contra todos os que a prejudicaram. A vendeta vem à tona de forma tão furiosa e amedrontadora que até hoje permanece como exemplo de uma das mais chocantes e inovadoras narrativas de terror de todos os tempos. Com tantos ingredientes de suspense, Carrie, a Estranha logo se transformou num enorme sucesso internacional e passou a integrar a mitologia americana. Ao ser transportado para as telas, em 1976, pelas mãos de Brian de Palma, teve a atriz Sissy Spacek e John Travolta em seus papéis principais.

Carrie, A Estranha narra a vida de Carietta White, uma atormentada adolescente de 16 anos. Filha de uma mulher extremamente religiosa, Carrie não pode ser normal como as outras garotas, tendo em vista que sua mãe acredita que tudo que dá prazer vem do demônio.
Quando engravidou, Margaret White acreditava que estava sendo punida por Deus por ter dormido com seu marido. O pecado do sexo é o mais grave de todos para ela e em momento algum ela imaginou estar grávida e sim com um câncer maligno no útero. 
Na hora do parto, após horas de muita dor, Margaret finalmente entende que Deus lhe mandou uma filha, mas para puni-la enviou um demônio em forma de criança e Margaret deve provar sua fé matando a menina, mas quando ela está prestes a terminar o serviço algo a impede e ela decide criar a filha para servir o caminho do Senhor.
Carrie cresceu e se tornou uma garota feia e desengonçada e por isso sofre bullying constantemente das outras garotas da escola. Numa certa manhã, após a aula de educação física, Carrie está no chuveiro quando começa a sangrar. Sua primeira menstruação chegou, mas a menina não fazia ideia que isso existia e achou estar tendo uma hemorragia e por isso grita pedindo ajuda.
As outras meninas no vestiário, lideradas por Chris Hargensen, começam a zoar Carrie, atirando nela absorventes e tampões. Até Sue Snell, a garota mais popular e querida, faz parte do grupo que humilha Carrie. Rita Desjardin, a treinadora, chega e dá um fim à confusão, assim como ampara a desolada Carrie, lhe dando uma liberação da aula.
Desjardin conhece Carrie e sabe que as autoridades da escola não fazem nada quanto ao bullying que a garota sofre e decide ela mesma enfrentar o diretor e exigir uma punição adequada para as meninas: ou elas participam de um treino intensivo no ginásio durante uma semana ou terão três dias de suspensão e seus ingressos para o baile cancelados.
Chris Hargensen não aceita a punição imposta pela escola e faz de tudo para revertê-la. Quando nem seu pai advogado consegue mudar a situação ela decide se vingar. Sue Snell, com remorso do que fez a Carrie, pede que seu namorado, Tommy, astro do time de futebol, convide Carrie para o baile. O garoto reluta, mas aceita e após muita insistência Carrie acaba aceitando. Ao saber dessa informação, Chris decide que a melhor forma de vingança é fazer do primeiro baile de Carrie um inferno na terra e contará com a ajuda de seu namorado, o marginal Billy Nolan.
Carrie está muito animada para o baile. Exímia costureira, assim como sua mãe, ela compra um tecido e faz seu próprio vestido, num tom de vermelho. Margaret acredita que vermelho é a cor do demônio e tenta impedir Carrie de ir ao baile, mas seus argumentos são em vão. A garota usa toda sua concentração no trabalho do vestido, enquanto tenta entender o que está acontecendo com sua vida. Após o incidente da menstruação, Carrie descobriu ter alguns dons. Quando se concentra, ela consegue fazer objetos levitarem, somente com a força do seu pensamento. 
Chega o grande dia do baile e Carrie está pronta para ter seu encontro com Tommy, apesar de todos os alertas da mãe, que diz que a menina será humilhada novamente e irá sofrer por isso. Mal sabe ela o quanto isso está próximo da verdade. O ódio de Chris e sua vingança tomarão rumos que causarão um caos sem tamanho e ninguém poderá impedir Carrie de se vingar.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.
Carrie, A Estranha foi meu primeiro contato com Stephen King. Ganhei ele de presente do Wellyson no natal do ano passado e li em uma viagem ao litoral. Amei cada segundo da leitura e mesmo sendo um livro minúsculo, comparado às outras obras do autor, já me apaixonei por sua escrita.
O que mais gosto em Carrie é que o livro não segue uma narrativa, daquelas com início, meio e fim, com diálogos e passagens de tempo cronológicas. Boa parte da história nos é contada através de relatos de pessoas que conheceram Carrie, sobreviventes do incidente no baile ou até mesmo de vizinhos ou parentes distantes. Claro que ainda há uma narrativa, onde podemos acompanhar os passos de Carrie, Sue e Chris, mas não é tão evidente assim.
Não considero esse livro uma obra assustadora. Embora tenha sido escrito em 1974 é um livro que aborda muitos problemas dos dias de hoje e o terror é mais psicológico por introduzir o leitor na vida de Carrie do que por ser assustador no sentido literal.
Os personagens são bem caracterizados. De longe a minha favorita é Carrie, sou um grande fã da garota por ter conseguido provar que não era aquela aberração que todos diziam que ela era (bem, tirando a parte dos dons e da vingança macabra, claro). Também gostei muito de Sue Snell no começo, mas depois fui pesando seus prós e contras e percebi que o que ela fez não foi pra ajudar Carrie e sim a si mesma.
Margaret White representa tudo que eu não gosto. Além do fanatismo religioso, ela é prolixa e uma péssima mãe. Não é à toa que Carrie se tornou a garota que todos conhecem. Chris Hargensen é a patricinha mimada e esse é o tipo de garota que eu mais detesto. Sua pose, suas tiradas como “vou contar para o meu pai” e sua falta de respeito fizeram com que eu batesse palmas ao ver seu final.
Eu assisti duas versões das adaptações de Carrie para as telonas, as de 2001 e 2013 e nenhuma delas foi fiel ao livro. Quero assistir a primeira versão, que todos dizem ser a melhor. Dentre as duas que vi, prefiro a de 2013, que além de mais moderna conta com Chloë Grace Moretz no papel principal e Julianne Moore interpreta sua mãe. Julianne merecia um Oscar por seu trabalho neste filme.
Existem várias edições de Carrie. A minha foi a penúltima a ser lançada, antes da com a capa do filme. A Suma de Letras fez um trabalho incrível. Amo a capa, acho que deixa bem claro o tema do livro, e a diagramação está impecável. O trabalho de revisão também está ótimo, com poucos erros de digitação.
Acabei me alongando mais do que deveria, então termino por aqui. Carrie, A Estranha sempre será lembrado por mim como o livro que me apresentou um de meus autores favoritos. Obviamente, não recomendo a todos, pois é um gênero que não agrada a grande maioria, mas com certeza indico àqueles que já o conhecem. Se você nunca leu King, não é um livro que eu indicaria para começar, mas se você quiser arriscar, pode se apaixonar como eu.

BEIJos E ATÉ A PRÓXIMA!
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