sobre livros e a vida

20/10/2016

Na Telona :: ‘A Garota no Trem’ #48

Oi, gente. Tudo bem?

Na próxima semana chega aos cinemas mais uma adaptação literária. Em parceria com a Espaço/Z, assisti ao filme ontem em uma cabine de imprensa e hoje vim contar o que achei. Vamos conferir?!

Filme: A Garota no Trem
Título Original: The Girl on the Train
Diretor: Tate Taylor
Gênero: Suspense
Distribuidora: Universal Pictures
Duração: 1h53min
Lançamento: 27 de outubro de 2016
Classificação: 16 anos
Sinopse: Rachel (Emily Blunt), uma alcoólatra desempregada e deprimida, sofre pelo seu divórcio recente. Todas as manhãs ela viaja de trem de Ashbury a Londres, fantasiando sobre a vida de um jovem casal que vigia pela janela. Certo dia ela testemunha uma cena chocante e mais tarde descobre que a mulher está desaparecida. Inquieta, Rachel recorre a polícia e se vê completamente envolvida no mistério.

Rachel era casada com Tom e os dois tinham um bom relacionamento, até que decidiram ter um filho e a incapacidade de Rachel de engravidar fez o casal entrar em uma séria crise. Por conta da frustração. a moça começou a beber e muitos problemas apareceram para eles por causa do álcool. Um tempo depois, Rachel descobriu que estava sendo traída por Tom e o divórcio aconteceu.
Hoje, Tom está casado com Anna e os dois tem uma filhinha. A vida em família é perfeita e tudo que Rachel queria para si. Devido ao álcool e a esse desejo, Rachel passou a perseguir Tom, ligando diversas vezes para ele e assustando Anna após um incidente envolvendo sua filha.
Todos os dias, Rachel pega o trem com destino à cidade e observa um casal que vive em uma casa bem em frente a onde o trem para. Para ela, o casal ali é o exemplo de vida perfeita, com muito amor envolvido. Sempre que passa por ali, Rachel os observa e cria histórias em sua cabeça para aqueles dois. O curioso é que esse casal é vizinho de sua antiga casa, onde Tom vive atualmente com Anna.

Certo dia, quando o trem para mais uma vez em frente a casa do casal, Rachel vê algo que a deixa alarmada. A moça está na sacada, sendo abraçada e beijada por outro homem. Como ela teve a audácia de trair o marido e aquela vida perfeita que tinha? Revoltada, Rachel está determinada a acertar as contas com a garota e desce na estação, obviamente bêbada.

Na manhã seguinte, Rachel acorda suja de sangue e sem se lembrar de nada do que aconteceu na noite anterior. E sua vida está só começando a complicar quando ela vê no noticiário que a garota que tanto observou, que na verdade se chama Megan Hipwell, está desaparecida. Teria aquela cena vista por Rachel sido a responsável pelo sumiço de Megan?

Determinada, Rachel entra em uma própria investigação para saber o que houve com Megan. Porém, quanto mais ela se envolve, mais as suspeitas caem sobre si. Será que ela teve algum envolvimento realmente? Aos poucos, Rachel vai descobrindo coisas sobre si mesma e sobre seu passado, que podem colocar tudo aquilo que acreditava saber à prova. E a verdade nem sempre é boa.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

Quando o livro A Garota no Trem lançou aqui no Brasil no ano passado, foi um hype tremendo. Cheio de comparações a Garota Exemplar, o livro prometia ser o best-seller do ano e realmente atendeu às expectativas. Quando a adaptação foi anunciada, fiquei extremamente ansioso e assim que o convite para a cabine de imprensa chegou, já confirmei presença e corri para assistir.
O filme segue numa narrativa não exatamente linear. Vemos Rachel hoje, envolvida na investigação do desaparecimento de Megan, além de uns flashbacks do seu passado com Tom; e também vemos a linha do tempo de Megan, a partir de seis meses antes do incidente. Assim, vamos conhecendo ambas as personagens e nos sentindo cada vez mais imersos na história.
Rachel é uma personagem sensacional e Emily Blunt arrasou na interpretação – sinto cheiro de indicação ao Oscar daqui. Uma personagem bêbada com lapsos de memória e conhecida por suas mentiras se envolve em uma investigação onde muita coisa aponta para ela. Quer dizer, como isso pode dar certo? A palavra de Rachel, por mais que ela acredite estar certa, não vale de nada e todos fazem de tudo para subjugá-la.

Todavia, conforme Rachel ia encaixando as peças do quebra-cabeça, eu também conseguia juntar umas pistas aqui e outras ali. Então, mais ou menos na metade do filme eu já sabia quem tinha desaparecido com Megan, mas queria ver como o roteiro se encaminharia para esse final. Não é algo exatamente previsível, que você percebe logo de cara, mas o roteiro deixou várias pistas para você ir juntando e descobrindo. Tem que estar bem ligado para tal.
Algo que me incomodou um tanto no filme foi a quantidade exagerada de cenas de nudez e conotação sexual. Sei que é uma história mais adulta, mas certos momentos foram um tanto desnecessários. Megan é uma personagem conhecida por sua liberdade sexual e entendi que quiseram aproveitar isso nas telas para caracterizá-la, mas realmente achei que poderia ter sido um pouco menos.
Com uma trama onde você não pode confiar em ninguém, muito menos na protagonista, A Garota no Trem chega com tudo às telonas e promete muito. Super recomendo que vocês assistam e já quero correr para ler o livro. Espero que gostem tanto quanto eu.

Beijos e até a próxima!
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