Oi, gente. Tudo bem?
Filme: Elis
Diretor: Hugo Prata
Distribuidora: Downtown Filmes
Duração: 1h55min
Lançamento: 24 de novembro de 2016
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama
Sinopse: Cinebiografia da cantora Elis Regina. O filme acompanha a adolescência da artista, com as dificuldades financeiras e os primeiros testes para ter seu talento descoberto, até a ascensão, incluindo o destaque na televisão, os envolvimentos amorosos, as controversas decisões tomadas durante a Ditadura Militar, as brigas com parceiros de trabalho e a dependência de drogas e álcool, que levaram à sua morte precoce.
A carreira de Elis foi marcada por diversos conflitos e sua cinebiografia aborda diversos deles. Como por exemplo a postura da cantora durante a ditadura militar. Após ter dado uma entrevista em Paris falando mal da ditadura, Elis é ameaçada e precisa cantar para os militares que tanto torturavam as pessoas por pouco. O público não ficou satisfeito com isso e as críticas à Elis foram tremendas e sua ruína parecia próxima.
Eu, particularmente, conhecia uma música ou outra de Elis Regina. Ela faleceu em 1982, quinze anos antes de eu nascer. Porém, quando vi o trailer deste filme, senti que precisava assisti-lo para conhecer um pouco mais sobre a cantora. E o que posso dizer é que saí da sessão completamente arrepiado, louco pra saber ainda mais sobre toda trajetória de Elis.
Andréia Horta está simplesmente maravilhosa no papel de Elis. A atriz, além de ser muito parecida com a cantora, conseguiu pegar todos os trejeitos dela. Ao chegar em casa, assisti alguns vídeos de apresentações de Elis e pude comparar com o que vi no filme. Andréia está perfeita e fiquei de queixo caído quanto a isso.
Além disso, Horta roubou toda a cena. Sim, ela é a protagonista e é bastante óbvio que ela será o centro das atenções, mas a atriz levou isso a um novo patamar. Pode-se dizer que o brilhantismo da atriz foi quem carregou o filme e ela ofuscou todos os coadjuvantes, mesmo aqueles com mais destaque.
A única coisa que me incomodou foi a montagem do filme. É difícil contar a vida de alguém tão importante em duas horas, mas senti que faltou muita informação. O filme tem uma passagem de 18 anos e você mal percebe isso. Com exceção das mudanças de figurino e cortes de cabelo de Elis, é possível acreditar que se passaram no máximo quatro ou cinco anos. O roteiro quis focar demais nas partes mais importantes da carreira da cantora e esqueceu que alguns detalhes são relevantes para que essas partes façam sentido.
No contexto geral, Elis é um excelente filme, que vai divertir e emocionar até o espectador mais exigente. Sendo Elis Regina quem é, não posso deixar de pedir que todos corram para a sala de cinema mais próxima e conheçam mais sobre a vida dessa mulher tão maravilhosa que nos deu seu amor pela música. Vale muito a pena!