sobre livros e a vida

11/11/2016

Na Telona :: ‘Elis’ #49

Oi, gente. Tudo bem?

Na última terça-feira participei de mais uma cabine de imprensa aqui em Porto Alegre, em parceria com a Espaço/Z, e hoje vim contar para vocês o que achei do filme em questão, que é a cinebiografia de um dos fenômenos da MPB. Vamos conferir?!

Filme: Elis
Diretor: Hugo Prata
Distribuidora: Downtown Filmes
Duração: 1h55min
Lançamento: 24 de novembro de 2016
Classificação: 14 anos
Gênero: Drama
Sinopse: Cinebiografia da cantora Elis Regina. O filme acompanha a adolescência da artista, com as dificuldades financeiras e os primeiros testes para ter seu talento descoberto, até a ascensão, incluindo o destaque na televisão, os envolvimentos amorosos, as controversas decisões tomadas durante a Ditadura Militar, as brigas com parceiros de trabalho e a dependência de drogas e álcool, que levaram à sua morte precoce.

Todo mundo conhece ou pelo menos já ouviu falar sobre Elis Regina. Ela foi um fenômeno da MPB e suas músicas são conhecidas e ouvidas até hoje, atravessando gerações com seu talento e sonoridade. Todavia, sua história de vida foi bastante controversa e muitos não conhecem todos os detalhes. Então, o diretor Hugo Prata reuniu-se a uma grande equipe e assim nasceu Elis – O Filme.

A obra se inicia com a chegada da jovem Elis Regina ao Rio de Janeiro. Vinda de Porto Alegre, em abril de 1964, Elis chega à capital carioca acompanhada do pai para gravar seu disco, um sonho realizando-se para uma menina de 19 anos. O porém é que a gravadora em questão havia solicitado a presença dela em fevereiro e ela só chegou dois meses depois, com um mercado um tanto inapto para novos talentos.
Frustrada, mas sem nunca desistir, Elis começa a mostrar sua impetuosidade e conquista aos poucos seu lugar ao sol. Ela começa a cantar em uma casa de shows comandada por Ronaldo Bôscoli e Miéle e treina ao lado do incrível Lennie Dale. Dali pra frente ela só ascende na carreira, fazendo cada vez mais sucesso e mostrando ao mundo o poder de sua voz.

A carreira de Elis foi marcada por diversos conflitos e sua cinebiografia aborda diversos deles. Como por exemplo a postura da cantora durante a ditadura militar. Após ter dado uma entrevista em Paris falando mal da ditadura, Elis é ameaçada e precisa cantar para os militares que tanto torturavam as pessoas por pouco. O público não ficou satisfeito com isso e as críticas à Elis foram tremendas e sua ruína parecia próxima.

Contudo, a cantora mostrou fibra e raça e foi reconquistando seus adoradores, mostrando ao mundo outra vez sua real essência. Elis cantou inúmeros sucessos durante sua vida e estava no auge de sua carreira quando faleceu precocemente, aos 36 anos, de uma overdose de cocaína. Obviamente, o filme se encerra com a morte da cantora, que ainda mexe com o coração dos brasileiros, devido à perda dessa tão talentosa artista.

Eu, particularmente, conhecia uma música ou outra de Elis Regina. Ela faleceu em 1982, quinze anos antes de eu nascer. Porém, quando vi o trailer deste filme, senti que precisava assisti-lo para conhecer um pouco mais sobre a cantora. E o que posso dizer é que saí da sessão completamente arrepiado, louco pra saber ainda mais sobre toda trajetória de Elis.

Andréia Horta está simplesmente maravilhosa no papel de Elis. A atriz, além de ser muito parecida com a cantora, conseguiu pegar todos os trejeitos dela. Ao chegar em casa, assisti alguns vídeos de apresentações de Elis e pude comparar com o que vi no filme. Andréia está perfeita e fiquei de queixo caído quanto a isso.

Além disso, Horta roubou toda a cena. Sim, ela é a protagonista e é bastante óbvio que ela será o centro das atenções, mas a atriz levou isso a um novo patamar. Pode-se dizer que o brilhantismo da atriz foi quem carregou o filme e ela ofuscou todos os coadjuvantes, mesmo aqueles com mais destaque.

A única coisa que me incomodou foi a montagem do filme. É difícil contar a vida de alguém tão importante em duas horas, mas senti que faltou muita informação. O filme tem uma passagem de 18 anos e você mal percebe isso. Com exceção das mudanças de figurino e cortes de cabelo de Elis, é possível acreditar que se passaram no máximo quatro ou cinco anos. O roteiro quis focar demais nas partes mais importantes da carreira da cantora e esqueceu que alguns detalhes são relevantes para que essas partes façam sentido.

No contexto geral, Elis é um excelente filme, que vai divertir e emocionar até o espectador mais exigente. Sendo Elis Regina quem é, não posso deixar de pedir que todos corram para a sala de cinema mais próxima e conheçam mais sobre a vida dessa mulher tão maravilhosa que nos deu seu amor pela música. Vale muito a pena!

Beijos e até a próxima!
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