sobre livros e a vida

18/04/2014

Na Telona :: ‘Divergente’ #1

Oi, gente. Tudo bem?

Hoje eu vim “estrear” uma nova coluna aqui no SEA. Na Telona vai trazer críticas de lançamentos cinematográficos e daqueles filmes que todos querem ver, mas tem algum receio, para vocês. Já fazíamos isso na coluna “Na Telinha”, que agora ficará apenas com as séries de TV. 
E pro primeiro post dessa nova coluna, hoje trouxe para vocês a minha opinião sobre Divergente, que chegou ao Brasil ontem.

Sinopse: Baseado no romance homônimo de Veronica Roth. Na futurística Chicago, quando a adolescente Beatrice (Shailene Woodley) completa 16 anos ela tem que escolher entre as diferentes facções que a cidade está dividida. Elas são cinco, e cada uma representa um valor diferente, como honestidade, generosidade, coragem e outros. Beatrice surpreende a todos e até a si mesma quando decide pela facção dos destemidos, escolhendo uma diferente da família, e tendo que abandonar o lar. Ao entrar para a Audácia, ela torna-se Tris e vai enfrentar uma jornada para afastar seus medos e descobrir quem é de verdade. Além disso, Tris conhece Four (Theo James), um rapaz mais experiente na facção que ela, e que consegue intrigá-la e encantá-la ao mesmo tempo.


Divergente é uma distopia, passada numa Chicago futurista. Essa cidade, cercada por cercas, é dividida em facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Erudição e Franqueza. Cada uma dessas facções é responsável por um trabalho para melhor funcionamento da sociedade. Os jovens, ao completarem dezesseis anos, precisam decidir em qual facção viverão: se continuarão em sua facção de origem ou serão transferidos. Para ajudar na decisão eles passam por um teste de aptidão, que tem como resultado aquela facção que o jovem mais tem identificação.
O filme segue o ponto de vista de Beatrice Prior, que está próxima de sua Cerimônia de Escolha. Beatrice pertence à Abnegação, a facção dos altruístas, mas não está certa de que esse é o caminho que quer seguir. Pra piorar, seus teste de aptidão tem resultado inconclusivo, algo raro e muito perigoso para ela. A menina descobre ser Divergente e, mesmo sem saber o que isso quer dizer, sabe que não pode revelar a ninguém.
No dia de sua cerimônia, Beatrice está nervosa e com medo do
que o destino reservaria para ela. Seu teste havia lhe apontado três facções e
ela deveria escolher entre elas. Beatrice sabia que não tinha condições de
seguir na Abnegação, mesmo que isso fosse magoar seus pais e também não poderia
ir para a Erudição, pois não se encaixaria de forma alguma. Desde criança ela
admirava os integrantes da Audácia, a facção dos corajosos, e agora que tem a
chance de escolher, Beatrice opta por seguir na Audácia e tornar-se um deles.
A partir dessa escolha, a vida da menina muda radicalmente. Agora se chamando Tris, ela precisa encarar todos os desafios da iniciação da Audácia, que são extremamente complicados e a esgotam física e mentalmente. Se não passar nos testes, Tris transformaria-se numa sem facção, que vivem nas piores condições de vida, sem um lugar na sociedade. Agora Tris está amadurecendo, aprendendo coisas que nunca sonhou, como atirar, arremessar facas, ser forte diante de todas as dificuldades e a se importar com ela mesma acima de tudo.  
No meio disso tudo, ainda está ocorrendo uma disputa política que pode acarretar em grandes problemas. Os membros da Abnegação são responsáveis pelo governo, pelo fato de sempre colocarem os outros acima deles próprios, mas os membros da Erudição almejam o controle da cidade e não tem escrúpulos para conseguir o que querem. Pra piorar, sua líder, Jeanine Matthews, quer exterminar todos os Divergentes, que são considerados ameaças ao seu poder e ao sistema de facções. Tris se vê perdida no meio disso tudo e precisará escolher um lado nessa guerra e em quem pode confiar.
As Facções
Confesso que minhas expectativas para Divergente não estavam
muito altas. Conversando com a Mirelle, do Recanto da Mi, que assistiu ao filme
em uma cabine de imprensa, fiquei sabendo de algumas mudanças e de algumas
cenas cortadas que me deixaram bem chateado. Porém, fui surpreendido.
O filme começa com uma introdução, apresentando o universo
proposto pela distopia, explicando o sistema das facções e a Cerimônia da
Escolha. Isso é ótimo para aqueles que não leram o livro não se sentirem
perdidos ao assistir o filme.
Divergente conseguiu cumprir – e muito bem – sua função de
entreter. Não sei se é pelo fato de eu ser apaixonado pela história, mas gostei
bastante da adaptação. Quando o elenco do filme foi divulgado, não tinha lido
os livros, então não dei muita bola. Porém, depois que concluí a leitura e revi
os escalados, tive algumas decepções, mas gostei da maioria dos atores.
Shailene Woodley não poderia ser mais perfeita no papel de
Tris. A personagem vai evoluindo conforme as cenas vão avançando e Shai
conseguiu mostrar essa evolução dela de uma forma que não parecesse forçada. Claro
que Tris é uma personagem incrível e Shailene conseguiu incorporar a Tris que
imaginei.
Na sessão, houveram vários suspiros nas cenas em que Quatro,
interesse amoroso de Tris na história, apareceu. Particularmente, achei a atuação
de Theo James um tanto fraca. Quatro é mais velho e responsável por treinar os
iniciados transferidos de outras facções. Ele se mostra alguém rígido, com um
muro ao redor de seus sentimentos… isso até Tris chegar, é claro. Theo
conseguiu passar boa parte do que eu esperava de Quatro, mas não chegou a ser
tudo aquilo.
Por outro lado, devo elogiar a química que rolou entre os
atores. Quando soube que fariam o Quatro mais velho no filme, pensei que o
romance seria forçado demais, mas Theo e Shailene conseguiram passar verdade
através de suas poucas cenas românticas, que foram bem poucas.
O primeiro beijo
Um ponto que achei negativo foi a falta de desenvolvimento
dos personagens coadjuvantes. Zoe Kravitz foi uma Christina perfeita, mesmo em
suas poucas aparições conseguiu mostrar a que veio. Kate Winslet é uma atriz
incrível e me fez sentir ainda mais ódio de Jeanine. O problema é que essas
duas foram as únicas exceções. Peter, interpretado por Miles Teller, era só um
cara irritante, não tinha nada do vilão que esperava. Al, Will, Eric e Caleb,
que tem momentos bem importantes no livro, foram quase figurantes.
A partir daqui, terão alguns spoilers do livro. Se não quer saber, não siga em frente.
No livro, Tris é conhecida como Seis após seu teste final, por ter apenas seis medos, e isso foi deixado de fora. A paisagem do medo também não foi muito bem desenvolvida. Fora outras cenas cortadas, como o resultado final da iniciação, a facada que Peter dá no olho de Edward para eliminá-lo da disputa… alguns momentos que causarão um grande impacto em Insurgente foram cortados, o que me deixa receoso quanto ao segundo filme. Claro que tivemos cenas que foram excelentes, como a captura à bandeira, a tirolesa e, minha favorita, a cena das facas. Não sei só reclamar, estão vendo?!
A cena das facas
Porém, eu recomendo sim. Divergente mostrou a que veio, sendo um ótimo entretenimento com suas quase duas horas e meia de duração. Assisti o filme dublado e confesso que até gostei das vozes dos personagens, mas gostaria de assisti-lo mais uma vez legendado. Não foi a adaptação dos sonhos, mas conseguiu me convencer.

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