sobre livros e a vida

30/10/2014

Na Telona :: ‘Boyhood – Da Infância à Juventude” #16

Oi, gente. Tudo bem?

Semana passada eu tive a oportunidade de conferir outra cabine de imprensa e vim contar para vocês o que achei do filme que chega às telonas hoje. Vamos conferir?!

Filme: Boyhood – Da Infância à Juventude
Título Original: Boyhood
Diretor: Richard Linklater
Lançamento: 30 de outubro de 2014
Duração: 2h45min
Distribuidora: Universal Pictures
Classificação: 12 anos
Sinopse: Conta a história de um casal de pais divorciados que tenta criar seu filho Mason. A história segue o garoto durante doze anos, desde a entrada para a escola, aos 6 anos, até a faculdade aos 18 anos – e analisa o seu relacionamento com os pais à medida que cresce.

Olivia engravidou cedo e precisou abandonar a faculdade para cuidar dos filhos. O pai das crianças, Mason, não aguentou a pressão da responsabilidade e fugiu para o Alasca, ficando um bom tempo sem ver os filhos. Olivia faz de tudo para criar Samantha e Mason Jr, não deixando-lhes faltar nada, mas com isso acaba sacrificando sua vida, pois não consegue um namorado, já que boa parte dos homens não entende que as crianças sempre virão em primeiro lugar para ela.
Determinada a mudar de vida e dar um futuro melhor para M.J. e Sam, Olivia resolve que está na hora de voltar para perto de sua mãe e concluir a faculdade de psicologia. O tempo vai passando e o Mason retorna ao Texas e tenta uma reaproximação com seus filhos, enquanto Olivia se dedica aos estudos. Na universidade ela acaba se envolvendo com um professor e se casa. Seus novos enteados tem a mesma idade dos filhos e logo eles se tornam uma família feliz.
Porém, a imagem de bonzinho do novo padrasto não demora a cair e ele se mostra um homem bêbado e abusivo e quando sua violência atinge um nível extremo, Olivia precisa tomar a importante decisão de ou aguentar por mais tempo o marido para garantir o conforto dos filhos ou voltar para aquela vida mais simples e segura.
Enquanto isso, vamos conhecendo mais a fundo os irmãos M.J. e Sam. Enquanto Samantha sempre foi uma garota espevitada, que gostava de ser o centro das atenções, Mason sempre foi mais quieto e solitário. A cada vez que a vida deles tomava um novo rumo, eles precisavam se adaptar rapidamente a uma nova casa, uma nova escola, novos amigos, quando o que mais desejavam era sua antiga vida de volta.
E o tempo continua a passar e logo Mason se vê precisando preocupar-se com faculdade, trabalho e esse tipo de coisa, quando tinha certeza que o difícil era ser criança. Porém, sua paixão pela fotografia é sua única certeza e ele se vê dividido entre o que quer ser e o que querem que ele seja.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!
Meu interesse pelo longa se deu após ver uma notícia sobre seu lançamento, que dizia que o filme levou 12 anos para ser filmado, pois o diretor queria acompanhar o envelhecimento de seus atores e não escalar outros para viverem a fase mais velha dos personagens. O comprometimento era tão grande que fui para a sessão sem ver trailer nem outras críticas, apenas com minha curiosidade e fui agraciado com uma história de vida incrível.
Sem sombra de dúvida, essa foi a crítica mais difícil de se escrever em toda minha vida de blogueiro. Boyhood não é um filme com uma trama ou reviravoltas. Ele acompanha a vida de uma família e o peso que certas decisões tem nas relações interpessoais e tem como objetivo nos mostrar que nossa vida nem sempre é como queremos, mas nem por isso ela é ruim.
Todos os personagens foram muito bem construídos e é impossível não se identificar com eles. Olivia é a mãe que vê seus filhos tornarem-se adultos “num piscar de olhos” e após casamentos frustrados pergunta-se se sua vida acabou ali ou se o destino ainda lhe reserva algo mais. Mason é o pai ausente, que tomou decisões erradas na vida e deseja a todo custo tornar-se uma pessoa melhor. M.J. e Sam são adolescentes que precisam enfrentar os desafios dessa fase, que nem sempre são fáceis.
O elenco agradou. E muito. Ellar Coltrane (M.J.) e Lorelei Linklater (Sam) não são atores profissionais, mas sua habilidade de interpretação é realmente surpreendente. Talvez possa se dizer que eles estavam sendo eles mesmos, mas eu gostei muito de sua atuação. Apesar do foco maior estar em Mason, Sam também protagonizou cenas marcantes e Lorelei mostrou que não estava no filme só por ser a filha do diretor.
Patricia Arquette conseguiu passar bem a imagem da personagem, apesar de sentir uma apatia dela às vezes, que não sei se era algo de Olivia ou da própria atriz. Ethan Hawke (Mason) roubou a cena e conseguiu nos divertir e emocionar com seu jeito paternal passado para o personagem. Será que teremos uma indicação ao Oscar aqui?
Pra finalizar, deixo aqui minha recomendação. Boyhood é uma obra prima do cinema, mas é um filme que não vai agradar a todos, principalmente devido à sua longa duração. Então, peço que quando forem assistir, deixem a mente e o coração abertos, pois assim serão presenteados com uma história de vida maravilhosa e com certeza irão se emocionar.
BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA
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