Entrevista com o autor – Maurício Gomyde #05

R: Ih, sou supersimples.
Muito mais do que muita gente imagina. Gosto de boa música, de ficar à toa, de
curtir a casa e a família, de compor, escrever, essas coisas. Nada de mais. rs
Acho apenas que sou alguém que gosta de olhar as coisas pelo ângulo dos detalhes.

    De onde surgiu o Maurício autor?

R: Acho que surgiu da
necessidade de registrar tantas coisas pelas quais passo, vivo e sinto. Gosto
desta ideia de deixar registrado, nem que por meio de uma história, as coisas
de que gosto. É um prazer imenso escrever, que já faz parte de mim e da minha
rotina.

   ‘Ainda Não te disse nada’ é um livro muito comentado nas redes sociais, a
quê você associa isso?

R: Talvez a uma mistura
entre contar uma história leve, divertida e romântica, e fazer uma divulgação
diária, constante, criativa. Fico, em média, 3 horas por dia cuidando de
divulgação. É um trabalhão, mas que dá bons frutos, como, por exemplo, fazer uma
entrevista para o “Segredos entre Amigas”.

     E a história, de onde veio a inspiração? Demorou muito para concluir o
livro?

R: Meus três livros escrevi
de forma rápida a ideia. O “Ainda não te disse nada” contei em dois meses.
Depois foram mais três ou quatro meses para arredondá-lo. A gente nunca sabe
exatamente quando é que o livro termina. Uma hora, a gente chega e diz:
“Chega!”… rsrs. A inspiração vem sempre de coisas que percebo e sinto. Há uma
agência de Correios perto da minha casa, e é onde tenho minha caixa postal (a
caixa postal 787, a mesma da Marina, do livro). A inspiração veio de ir lá
todos os dias, praticamente.

   E quanto aos personagens, você se baseou em algumas pessoas do seu
cotidiano?

R: Sim, sempre. Por
exemplo, a Dona Jane, do livro, é uma atendente da agência chamada Jânia. Acho
que não conseguiria escrever sobre coisas e pessoas que não estão ao meu redor.

    Me fale um pouco sobre seus outros livros.

R: Meu primeiro livro se
chama “O Mundo de Vidro” e é mais para o lado da comédia. A história de “Ele” e
“Ela”. Ele é um completo sem noção, e ela uma mulher segura. O livro mostra
como o amor é capaz de inverter isso. Já o “O Rosto que Precede o Sonho”, meu
terceiro livro, lançarei dia 1º de setembro e é mais para o lado do romance do
que o da comédia. Acho que as pessoas vão se emocionar e se divertir. Aguardem!

    Eu vejo que você trabalha bastante sua divulgação pelo skoob e por parcerias com blogs
literários, você acredita que essa é realmente uma ótima forma de divulgação?

R: Acho que os blogs são um
canal maravilhoso de divulgação. Só gente boa, honesta, que faz tudo aquilo
pelo amor à literatura. Vocês, blogueiros, divulgam pelo prazer de divulgar.
Acho isso perfeito. E tem dado muito certo. Isso é o que eu chamo de “comer
pelas beiradas”. Aos poucos a turma vai conhecendo o trabalho. O importante, no
final, são as boas histórias e os amigos que fazemos.

     E quanto aos títulos, como foram as escolhas?

R: Os títulos dos meus
livros meio que saem sozinhos. Como sempre digo, quem vai dizer qual é o título
é o próprio texto. O livro, uma hora, chega e te entrega de bandeja o título.
Gosto de títulos longos. Rs

    Qual foi a sensação de ter os livros em suas mãos?

R: É uma sensação muito
boa. A concretização do trabalho de meses pensando na história. Uma satisfação
enorme. Mas assim que pego o livro nas mãos já começo a pensar no próximo. rs

    Sabemos que a vida de autor é um
pouco corrida, como você está lidando com isso?

R: Pois é. O pior é que,
além de escritor, ainda sou músico, servidor público e agora editor. Ou seja,
precisava de mais algumas horas no meu dia. Mas é um super prazer fazer tudo
isso e enquanto a mente e o corpo aguentarem eu vou dando um jeito.

     O que você diria a quem leu ou vai
ler algum dos seus livros.

R: Ah, que sempre entre
desarmado quando começar a ler, sem preconceitos. Leio muitos comentários sobre
meus livros assim: “Eu comecei não dando nada pelo livro. Sou meio contra
livros nacionais e tal. Mas depois achei muito bom”, etc. Se você já entra querendo
não gostar a coisa fica bem mais difícil… rs. Acho que há muitos autores
nacionais bons por aí, buscando um espaço dificílimo de forma honesta. Devemos
dar chance a nós mesmos! rs

      E aos leitores do meu blog, qual
recado você deixa para eles?