sobre livros e a vida

06/04/2015

[Clube da Liga] – Entrevista com a autora Leila Sales

Oi, gente. Tudo bem?

Lembram que recentemente tivemos mais uma ação do Clube da Liga, dessa vez com o livro A Playlist da Minha Vida? Quem não lembra pode conferir aqui. Então, mais uma vez tínhamos algumas perguntas a fazer e conseguimos uma entrevista exclusiva com a autora Leila Sales. Vamos conferir o que ela contou pra gente?!
LEILA SALES cresceu nos arredores de Boston, Massachusetts. Ela se formou na Universidade de Chicago em 2006. Agora ela vive em Brooklyn, Nova York, e trabalha no mundo dos livros infantis. Leila passa a maior parte do seu tempo pensando em dormir, gatinhos, bailes e histórias que ela quer escrever
• Como surgiu a ideia de incluir a discotecagem na trama?
Eu amo a vida noturna e sair para dançar. Isso tem feito parte da minha vida desde que eu tive idade suficiente para frequentar boates. Ao longo dos anos, estive próxima de uma série de DJs, e procurei contar a história dessas pessoas fascinantes nesse mundo.
• A paixão pela música na trama é algo pessoal? 
Totalmente! A música desempenha um papel enorme em minha vida. Sempre desempenhou. Como Elise, eu tive a sorte de ter um pai que incutiu em mim o amor pela música desde que nasci.
• O que acha da possibilidade de seu livro ajudar a salvar uma vida?
Ás vezes recebo e-mails de leitores dizendo que meu livro deu-lhes uma nova perspectiva de vida ou os fez se sentirem menos sozinhos. Significa muito para mim poder escutar isso. Não posso pensar em um melhor elogio ao livro.
• Você se inspirou em algum local verídico para criar a atmosfera da Start?
A Start é vagamente baseada em um número de diferentes boates e festas em que eu já estive. Listo alguns deles nos “agradecimentos” do livro*. A primeira boate indie que conheci foi em Boston, e ela realmente era chamada Start. Ela não está mais lá, mas eu queria dar a Elise essa mesma experiência que eu tive de descobrir todo este mundo da música indie e encontrar um lugar para si mesma lá.
* Ramshackle e Klub Kute (Bristol); Motherfucker e Mondo (Nova York); Pill e Start (Boston).
• Você equilibrou a seriedade do bullying e depressão com uma narrativa descontraída. Você planejou desde o começo escrever uma obra young adult? 
Não procurei escrever sobre uma grande “questão” exatamente. Não quis fazer nada maçante. Apenas procurei contar a história de uma garota e como sua paixão pela música a ajuda.
Eu sabia que seria um romance jovem adulto (young adult), porque é para essa faixa etária que sempre escrevo, mas os detalhes foram sendo descobertos conforme eu escrevia.
• Quais atores você escolheria para o elenco principal caso o livro fosse adaptado para TV ou cinema? 
Eu não tenho ideia, mas existe este site (vocês já viram?) onde os leitores podem votar em quem eles gostariam que interpretassem personagens em uma adaptação para o cinema. É aqui: If List. Todas essas sugestões são melhores do que qualquer coisa que eu poderia ter sugerido. Conheço muito mais sobre livros e música do que sobre filmes!

ATENÇÃO! AS PERGUNTAS A SEGUIR PODEM CONTER SPOILERS!
• Elise salvou a si mesma (diferentemente da maioria das histórias), sem um “Príncipe Encantado”. Você planejou isso desde o começo ou decidiu durante o processo da escrita?
Eu sabia que, independentemente de Elise terminar com um namorado ou não, ela precisava ser a única a se salvar. Em sua jornada ela vai se tornando capaz de se autovalorizar, em vez de deixar que outras pessoas determinem o quanto ela é digna. Então, Elise não poderia decidir que ela era boa o suficiente, como resultado de um menino dizendo isso a ela. Ela teve que ver seus pontos fortes por si própria, para andar com suas próprias pernas.
• Você pensou em um final alternativo? O suicídio de Elise, por exemplo? 
Nunca pensei em um final onde Elise terminasse morta, mas experimentei muitas maneiras diferentes para encerrar a história. Uma vez escrevi uma versão em que ela é presa por ser menor de idade na boate. Em outra vez escrevi uma versão onde ela e Char acabariam discotecando no baile da escola de Elise. O final do livro é, obviamente, muito melhor! É por isso que as revisões são importantes. Nenhuma história é perfeita durante toda a produção nem logo na primeira tentativa.

O Clube de Leitura da Liga é formado por amigos que resolveram arriscar uma leitura coletiva e se surpreenderam com a interação que foi proporcionada. Temos muitos gostos e ideias em comum, além de muitas discussões e risadas. Ninguém nunca irá nos entender, ainda bem. 
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Beijos e até a próxima!

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