sobre livros e a vida

14/02/2015

Aleatoriedades e um café, por favor #29 – Supercalifragilisticexpialidocious

Em 270, São Valentim acreditava no amor.
Mesmo com o imperador Cláudio II proibindo a realização de casamentos em seu reino, no intuito de ter mais soldados jovens em seu exercito, Valentim seguiu casando às escondidas os casais apaixonados. O seu crime contra o reino de Cláudio foi descoberto, e condenado a morte. Encarcerado, Valentim era diariamente visitado por jovens apaixonados que lhe jogavam cartas e flores, dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Mesmo sem comprovações, existe uma lenda que enquanto preso Valentim conheceu uma jovem cega, a filha do carcereiro. Os dois se apaixonaram, e dizem que milagrosamente ela voltou a enxergar. Infelizmente, Valentim foi decapitado no dia 14 de fevereiro. Não é a toa que na América do Norte e Europa comemora-se o dia dos namorados, dos apaixonados e daqueles que ainda acreditam no amor.

Não é algo de agora. O amor sempre foi superestimado. Os meios e motivos para bani-lo são os diferenciais entre as sociedades. A verdade é que sempre haverá alguém contra um tipo de amor. Alguém que vai dizer que aquilo é errado, pois distância de um ponto comum. Para Claudio foi um exercito, hoje em dia são conceitos. Tento não pensar no amanhã, tenho fobia do futuro, mas o que pode vir a ser o amor em alguns anos? Acho que nos pegamos pensando muito sobre quem amar, quando deveríamos refletir o porquê de amar.

Não que isso seja errado. É muito importante pensar para quem dar o seu amor, como analisamos o que dar um presente: um livro ou uma caixa de bombons… Mas já se deu conta que as vezes damos amor demais a pessoas e coisas sem pensar, regrar, conhecer? Isso é errado? Bom, pode ser, tudo em grandes proporções ou acaba em desastre ou em super valorização. O ponto é: quando optar por amar alguém tornou-se um ato sem regras, e saber o que é amor um conhecimento de poucos e controverso? Será que as mulheres e homens dos antigos tempos passaram em seus genes à modernidade o medo de saber a verdade por trás do por quê de amar? Será que saber o que é amor é um daqueles conhecimento que devem ser escondidos da humanidade ou um mistério a ser solucionado pelos bravos corações? Quando foi que amar tornou-se um sentimento de certo ou errado, e necessariamente, apenas dividido entre pessoas, e não coisas?

Me chame de polêmica, mas eu sou a favor de todos os tipos de amor. Para mim, em toda a minha jornada de conhecimento descobri nas estradas com espinhos e muitas histórias para contar que o amor é incondicionalmente livre. Ame as pessoas, ame uma história, ame uma rua, ame uma árvore, ame uma comida, ame uma música, ame um filme, ame um mico, ame uma roupa, ame uma careta, ame a chuva, o sol, o vento, o frio e o barulho do mar, ame um animal ou vários, ame um dom, ame uma palavra, ame um erro, e um acerto, ame uma dança, e acima de tudo, ame a si mesmo, pois acreditem ou não, essas é a resposta. Bom, pelo menos é o que eu acho, mas o que eu sei sobre a vida, certo?

Ann acredita que o amor é supercalifragilisticexpialidocious.       

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