Heeey, gente. Tudo bem??
Recentemente comentei com vocês sobre um livro nacional que eu fui convidada a ler. Com uma premissa diferente e uma história que mistura os períodos contemporâneo e histórico, hoje eu vou contar para vocês o que achei desta leitura.
Livro: O Início do Hoje
Autor: Anis Nacfur Junior
Editora: Drago
Páginas: 148
Sinopse: Há milênios, os seres iniciais, oriundos da própria luz do Criador, chamados de “Os Seis Grandes”, entram em conflito. Parte deles, liderada por Ravengart, passa a acreditar que todos os demais seres viventes, de todos os mundos, inclusive o humano, deveriam honrá-los como ao próprio Deus. Então, iniciam uma campanha perante os humanos e demais seres para os obrigarem a adorá-los. Por longos séculos, Ravengart, Baal-Tiar e Dromus, com seus liderados, apareceram aos humanos nas mais diversas formas: deuses pagãos, seres mitológicos etc, sempre com intuito de obterem adoração humana. Em contrapartida, Miguel, Afhir e Augustus ordenaram aos seus anjos comandados que combatessem a todo custo a investida de seus irmãos desvirtuados. Não tardou a essa disputa findar na primeira batalha bélica entre os dois grupos: a primeira luta entre os grandes. A disputa transformou-se em guerra, até atingir um patamar que fez surgir Justus, o Guardião do Equilíbrio, o qual convoca os Seis Grandes à Gruta do Destino, para a leitura da sentença do Criador. Lá, o guardião decreta o Pacto Eterno, um grande termo de equilíbrio, imposto às duas forças.
Milênios atrás o Universo foi criado e junto com ele os Seis Grandes, criaturas que tinham como princípio auxiliar o Criador na manutenção de tudo o que estava existindo. Céu, terra, animais e seres humanos, a terra como é hoje. Miguel, Afhair, Augustus, Revengart, Baal-Tiar e Dromus viviam em perfeita paz auxiliando o Criador, até que os três últimos decidirem que queria mais. Mais poder do que tinham, mais influência do que tinham, basicamente eles queriam ocupar o lugar daquele que os criou.
O desejo desses três seres tornou-se grande ao ponto de possuir suas almas, que até então eram profundamente belas e limpas. Visando o caos que poderia se espalhar, Justus surgiu como uma nova criação, detentor de poderes similares aos dos primeiros seres, mas podendo se conectar com o grande Criador. Neste momento Revengart, Baal-Tiar e Dromus foram expulsos dos céus, sendo enviados para baixo da terra, enquanto Miguel, Afhair e Augustus foram promovidos, ganhando seus próprios reinos e exércitos, exatamente como os outros irmãos desejavam.
Juntamente com essas modificações, o Pacto Eterno foi selado e eles prometeram manter a paz e principalmente não atingir diretamente os humanos, os quais eram detentores do livre-arbítrio e podiam seguir o caminho que desejassem, sendo sempre influenciados pelo bem e pelo mal.
Milênios se passam e o anjo Calael vêm a terra quando percebe uma alteração nos elementos que confirmam o Pacto Eterno. Sua busca é pelo Padre Amaro, humano detentor de um dos símbolos que demonstram a validade do Pacto Eterno. Quando isto é validado, Calael e Amaro partem em uma missão para descobrir onde este pacto foi quebrado, e pra isso precisarão atravessar mundos místicos e ficar cara a cara com as tretas e a luz. Será que conseguirão enfrentar todos os perigos que os aguarda?
Uma das coisas que mais me chamou a atenção em O Início do Hoje foi a mistura de épocas; abordar histórico e contemporâneo não é fácil, então eu fiquei ansiosa para descobrir como o Anis faria isso, principalmente depois que vi o quão curto era o livro. Também curti a proposta de trazer uma história sobre anjos sem romantizar os acontecimentos, livros que no geral não fazem o meu gênero.
Nesses dois pontos a trama me surpreendeu ferozmente. Adorei a forma como as épocas foram apresentadas e não me perdi em momento nenhum. Fomos recebendo os acontecimentos por doses e isso fez com que a trama fosse se desenvolvendo de uma forma muito natural para mim. mesmo contanto com vários artifícios, o livro se ambienta bem com explicações bastante lógicas.
O que eu mais estava aguardando, no entanto, era a mistura com personagens mitológicos, o que aconteceu, mas não da maneira como eu imaginava. Acredito que se tivesse uma dose a mais desses personagens eu ficaria ainda mais satisfeita com o livro. Todavia, compreendi que a presença ínfima teve como propósito o extenso final do livro e em se tratar de um livro curto, esse corte da mitologia era necessário.
Durante a leitura eu observei as atitudes dos personagens, tanto dos mocinhos quanto dos vilões, como atitudes adotadas no dia-a-dia pelos seres humanos. Desde o se dar pelo próximo até o fato de querer ocupar o lugar do próximo. Acredito que essa foi uma das questões mais importantes para o Anis no decorrer da trama e fazer essa reflexão dentro de uma história onde existe uma batalha em prol da humanidade foi bem legal. Abriu a minha mente para certas atitudes que observo e que talvez esteja fora do contingente esperado para um espécie que basicamente destrói outras coisas para se manter.
No fim das contas foi uma leitura muito prazerosa, o Anis desenvolve os fatos sem querer evangelizar as pessoas e isso foi interessante para um livro com um tema tão conhecido. A ambientização é sensacional, a cada novo lugar narrado eu conseguia me conectar demais com a história e me sentia como parte do todo. Fui muito surpreendida e espero que vocês também sejam. Indico muito a leitura.
Também comentei sobre esse livro em um vídeo no canal, olha aqui:
Espero que tenham gostado. Não se esqueçam de me contar nos comentários.
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