sobre livros e a vida

03/07/2013

Tá na Estante … “Quem é você, Alasca?” #102

Olá turma!

Como estão? É muito bom poder escrever para vocês novamente. Depois de um longo, imenso, gigantesco sumiço cá estou eu novamente para expor minha humilde opinião sobre o objeto mais adorado por nós. E para a minha volta escolhi um grande livro, afinal, temos que manter o padrão. Não é mesmo?





Livro: Quem é Você, Alasca?
Autor: John Green ♥
Editora: WMF Martins Fontes
Páginas: 229
Sinopse: Miles Halter é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras — e está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa. Vai para uma nova escola à procura daquilo que o poeta François Rabelais, quando estava à beira da morte, chamou de o “Grande Talvez”. Muita coisa o aguarda em Culver Creek, inclusive Alasca Young. Inteligente, engraçada, problemática e extremamente sensual, Alasca levará Miles para o seu labirinto e o catapultará em direção ao Grande Talvez. Quem é você, Alasca? narra de forma brilhante o impacto indelével que uma vida pode ter sobre outra. Este livro incrível marca a chegada de John Green como uma voz importante na ficção contemporânea.

 O primeiro amigo, a primeira garota, as últimas palavras.

Primeiramente, devo ressaltar o fato que a cada nova leitura, mais eu me apaixono por John Green. Ele é um autor habilíssimo que sempre sabe o que escrever, quando escrever e onde escrever. O fato de abordar temas diferentes do usual e de uma forma totalmente nova também só contribui para que a minha admiração aumente a cada dia.

Quem é Você, Alasca? foi o segundo livro do John que li, porém não foi o primeiro que conheci. Após meses cobiçando essa divindade finalmente tive a oportunidade de lê-lo. E que leitura! Devorei cada sílaba, palavra, frase, oração e parágrafo como se eu nunca mais fosse ler na minha vida.

Nessa emocionante obra somos apresentados a Miles Halter – nome engraçado, nerd, aparentemente sem amigos. Como todas as pessoas, Miles também coleciona algo. Eu e alguns de vocês, queridos leitores, colecionamos livros. Um vício um pouco comum. Já a coleção de Miles é um pouco mais exótica. Ele coleciona últimas palavras, coisas que pessoas célebres disseram em seus leitos de morte.
E é por causa de uma dessas “últimas palavras” que Miles decide ir a um colégio interno – chamado Culver Creek – em busca de um Grande Talvez.

A jornada empreitada por Miles nos revela o valor da amizade, do companheirismo e do valor da juventude. Em Culver Creek, Miles conhece Chip – ou Coronel, como ele prefere ser chamado – Takumi e Alasca. Culver Creek, como a maioria das escolas, é um jogo de aparências. Mas o que a diferencia é a união de todos os seus internos. Um protege o outro e a lei máxima – não dita, é claro – é nunca dedurar um colega, mesmo que você não goste dele.

Embora o Capitão e o Takumi sejam personagens fortes e dignos de discussão, não irei entrar em detalhes quanto a importância dos dois para o sucesso do livro pois, como o próprio título sugere, nosso foco principal é Alasca Young.

Alasca Young é uma garota espirituosa e misteriosa, ao melhor estilo garota problema. Sua cabeça é turbilhão de pensamentos difusos e quase sempre não conseguimos ver os motivos por trás de suas ações. Através de Alasca e Miles pude perceber quão imenso é o poder que temos sobre outras pessoas e como nossa presença afetam suas vidas, em formas boas ou ruins.

A relação de Miles e Alasca é puramente platônica. Com o decorrer da narrativa, presenciamos o crescimento de Miles como pessoa e suas inúmeras tentativas de compreender e agradar Alasca. Sua busca por um “Grande Talvez” teve seu fim no momento em que ele a conheceu. Com Alasca, tudo era, e sempre será, um grande talvez.

Dividido em duas partes, a leitura é surpreendentemente prazerosa, um verdadeiro deleite para ávidos leitores como nós. A única reclamação que tenho a fazer é sobre a capa. Embora a capa brasileira seja extremamente bonita, não se compara à capa original, que é toda preta com apenas traços de fumaça. A capa original, ao meu ver, transmite um pouco mais da personalidade de Alasca, assim como ajuda a entender melhor a incógnita que ela é.

Para a minha volta à atividade como blogueira, já falei – ou escrevi – demais para um post só. Então me despeço de vocês com uma citação de “Quem é Você, Alasca?” e espero sinceramente que gostem tanto dessa incrível aventura de descobertas quanto eu.

Ela tinha um namorado. Eu era um palerma. Ela era apaixonante. Eu era irremediavelmente sem graça. Ela era infinitamente fascinante. Então voltei para o meu quarto e desabei no beliche de baixo, pensando que, se as pessoas fossem chuvas, eu era a garoa e ela, um furacão.

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