Olá turma!
Como estão hoje? Preparados para mais uma resenha? Espero que sim, pois hoje vou falar de um livro que chegou de mansinho e me conquistou de uma forma surpreendente: Meu Nome é Memória!
Livro: Meu Nome é Memória
Autora: Ann Brashares
Editora: Suma de Letras
Páginas: 280
Sinopse: Encontrar o amor verdadeiro nunca é fácil. Mas para Daniel, o protagonista de Meu nome é memória, isso parece ser ainda mais difícil. Ele tem um dom que por vezes assemelha-se a uma maldição: lembra-se de todas as suas vidas passadas. E em todas elas, foi apaixonado por Sophia. “Vivi mais de mil anos. Morri incontáveis vezes. Esqueço o número exato. Minha memória é uma coisa extraordinária”, escreve o protagonista. Inglaterra, Antioquia, Congo Belga, Constantinopla, Georgia. Todos esses lugares já presenciaram o amor do casal, porém Sophia nunca se recorda das memórias passadas. Vida após vida, através de dinastias e continentes, Daniel tenta fazê-la relembrar esse amor e conquistá-la para sempre, mesmo que ela mude de nome e aparência. Mas, em todas às vezes que Daniel e Sophia tiveram uma aproximação, foram separados de maneira dolorosa e fatal. No entanto, quando se reencontram em 2007, Sophia – que agora se chama Lucy – começa a lembrar do passado. Aos poucos, flashes das vidas anteriores vêm à memória, lembranças sensoriais se reavivam e ela percebe que Daniel faz parte de sua vida desde sempre. E agora, se o casal quiser passar suas próximas vidas juntos, terá que compreender e superar o inimigo desse amor.
Meu Nome é Memória é aquele tipo de livro que te pega de jeito e não te larga mais. Pelo menos comigo foi assim. Como já é costume, o escolhi pela capa, sem ter a mínima ideia do real conteúdo da história. E posso dizer, por experiência própria, que foi uma das surpresas mais emocionantes que encontrei escolhendo livros dessa maneira.
A trama gira em torno da história de Daniel, uma alma antiga em um corpo novo. Daniel é uma das poucas pessoas que pode se lembrar de todas as suas vidas anteriores, cada amor, cada dor, cada tormento. Acho que a palavra é essa: tormento.
Para muitos, a memória de Daniel poderia ser um dom divino, mas para ele mesmo é um tormento. Daniel se lembra de cada catástrofe pela qual já passou. Mas o que mais o machuca é a lembrança de Sophia.
Sophia foi o grande amor de todas as vidas de Daniel. A história dos dois começou na primeira vida de Daniel. O ano era 541 d.C, Daniel era um soldado e acabou tirando a vida de uma jovem inocente.
A partir desse ponto já conhecemos a verdadeira natureza de Daniel. Ele tem uma alma imensamente cheia de compaixão. Acompanhamos todo o seu arrependimento pelo que fez no decorrer de suas outras vidas. Acho que esse é um dos pontos que mais influenciaram no meu julgamento do personagem: sua índole.
Daniel é tão assombrado pelo que fez, que passa a reconhecer a alma da garota em qualquer vida em que ele a encontre. Na primeira vida em que ele realmente chegou a conhecer a garota, ela era Sophia, a esposa de seu irmão.
E assim segue a jornada de Daniel. Sempre nutrindo uma paixão platônica por Sophia em todas as vidas em que a encontra. E sempre encontrando empecilhos no seu caminho, como diferenças de idade, casamento, dentre tantos outros.
Paralelamente à história das vidas passadas de Daniel, acompanhamos sua vida atual. Encontramos com ele a primeira vez quando ele está com 17 anos. Como todo adolescente, ele frequenta a escola e é lá que ele encontra Lucy, a sua Sophia.
Dessa vez, aparentemente nada impede que os dois vivam um grande amor, já que nasceram na mesma época e têm a mesma idade. Porém Daniel só consegue enxergar Sophia, a mulher que conheceu no passado, e não Lucy, a garota que ela é agora.
E para complicar um pouquinho mais a situação, Joaquim, o seu irmão e marido de Sophia, ressurge buscando vingança. Será que os dois conseguirão ultrapassar todos os obstáculos que a vida jogou na frente desse grande amor?
Meu Nome é Memória é uma leitura encantadora, que consegue prender o leitor dentro das várias épocas em que a história se passa. Ann conseguiu desenvolver uma narrativa maravilhosa e nada cansativa. Como o livro é narrado intercalando vidas passadas com a vida atual de Daniel, seria de se esperar que nos perdêssemos algumas vezes durante a leitura. Mas não, Ann nos guia divinamente por toda a narrativa.
Um ponto que me impressionou bastante foi o amadurecimento da Ann como escritora. Em Meu Nome é Memória ela cria uma história leve e envolvente, mas com uma pegada mais adulta. Para quem não sabe, ela também escreveu a famosa série A Irmandade das Calças Viajantes. Comparando essas duas obras, esse crescimento da autora fica ainda mais notório.
E ainda ressaltando o trabalho da autora: que composição maravilhosa de personagens! Daniel foi muito bem construído dentro do seu tormento, simplesmente não consigo transmitir em palavras a complexidade que detectei nesse personagem. Já Lucy é uma guerreira. Luta a todo custo contra seus medos e em busca do seu passado. Os protagonistas são aquele tipo de personagem que nos fazem refletir, mesmo após o término da leitura.
E não poderia deixar de elogiar, também, o trabalho divino que a Editora Suma de Letras fez com esse livro. Como mencionei anteriormente, a capa é uma obra de arte que embeleza qualquer estante. É de uma serenidade e de uma calma que só podem ser sentidas a partir do momento em que pegamos o livro em mãos.
A diagramação não é nada exagerada. Apenas o essencial para que a história seja compreendida. No começo de cada capítulo temos a identificação do local e do ano no qual o capítulo é desenvolvido. E como já é de costume: folhas amareladas!
E agora chegamos à parte das recomendações. Geralmente recomendo cada livro que leio para um tipo específico de leitor. Meu Nome é Memória não se enquadra em nenhum padrão, não consigo definir um único tipo de público para esse livro. Então irei parafrasear um dos meus autores favoritos aqui, Nick Farewell: “esse livro foi escrito para dois tipos de pessoas, aquelas que têm talento para leitura e aquelas que têm talento para a vida”.
E, com isso, me despeço de vocês, na esperança de ter despertado pelo menos uma pequena centelha de curiosidade em vocês. Fiquem com uma citação saída diretamente de Meu Nome é Memória.
Quando você sabe que é diferente, quando seu mundo interior não faz sentido para ninguém, inclusive para você, isso naturalmente lhe afasta das pessoas.
Beijinhos e até a próxima!
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