Oi, gente. Tudo bem?
Estou de volta com mais uma resenha para vocês, mas dessa vez não vim sozinho. Acho que vai ser difícil me desacostumar a fazer resenhas duplas, porque já tenho várias programadas, hahaha. Enfim, hoje Nathy veio me acompanhar para falarmos de um de nossos queridinhos, certo?
E aí turma? Não concordam que estou deixando o Leonildo mal acostumado? Toda vez que ele vai falar sobre um livro divo, cá estou eu para ajudar. Mas vamos deixar de papo furado e ir ao que interessa? Continuem lendo e descubram o que achamos dessa belezinha aí embaixo.
Livro: Atormentada
Autora: Jeannine Garsee
Editora: Jangada
Páginas: 368
Sinopse: Rinn é uma garota bipolar, que mantém o transtorno sob controle com a ajuda de medicação. Ela mora com a mãe e estuda no Colégio River Hills, onde dizem que a piscina é assombrada por Annaliese, uma adolescente que se afogou ali vinte anos antes. Quando coisas terríveis começam a acontecer aos seus colegas e não a ela, Rinn promete descobrir por que não pode ser “atingida” pelo espírito de Annaliese. Ela consegue fazer contato com o fantasma, que não se mostra nada pacífico. Ao descobrir o motivo, Rinn pede ajuda para seu namorado Nate, e elabora um perigoso plano para descobrir a verdade. Logo realidade e fantasia se confundem, até Rinn perceber que é quase impossível diferenciá-las. Diante de uma força malévola que ameaça a vida de todos de quem ela gosta, Rinn se pergunta se de fato pode confiar no que sente ou se está novamente perdendo o contato com a realidade.
ATENÇÃO PARA A LEGENDA:
FONTE NORMAL : Leo
FONTE EM ITÁLICO: Nathy
Eu e Nathy temos paixão por personagens psicóticas, principalmente em narrativas em primeira pessoa, quando não se sabe o que é real e o que é delírio da protagonista. Desde Mara Dyer estou atrás de um livro com essa temática e eis que Nathy me apresenta Atormentada.
Atormentada foi achado meio por acaso por mim, navegando à toa em fóruns sobre literatura. Quando li a sinopse, logo desenvolvi uma necessidade crônica de lê-lo. E como sempre, compartilhei o achado com o meu amigo/alma gêmea literária Leonardo Amarante.
O livro segue o ponto de vista de Corinne Jacobs, uma menina de 16 anos que foi diagnosticada como bipolar e desde então precisa de vários medicamentos para controlar seus surtos. Devido a um acidente causado por Rinn, que levou à morte de sua avó, a menina tenta cometer suicídio. Por sorte, conseguem encontrá-la antes do pior e após exames e um tempo internada, Rinn e sua mãe estão saindo da Califórnia, de volta para a cidadezinha onde Mônica cresceu.
Essa mudança causa uma revolta enorme por parte de Rinn, e é aí que podemos conhecer um pouco mais de sua personalidade. Rinn é sarcástica e irônica, do tipo que não tem medo de falar o que pensa e as vezes acaba se dando mal por isso. É bem o tipo de personalidade que prezo em um personagem. Acho que essa atitude deixa a leitura ainda mais empolgante, além de me fazer desenvolver um carinho imediato pelo personagem.
River Hills é uma cidade “rural”, nos confins de Ohio. Por ser pequena, todos se conhecem e sabem tudo sobre as vidas dos outros e isso preocupa Rinn. A garota quer recomeçar e sabe que não terá chances se todos souberem de sua doença. Pra piorar, a casa onde ela e a mãe vão morar foi o local de um suicídio. A antiga dona se enforcou justamente no quarto onde Rinn vai dormir. A sra. Gibbons era avó de Annaliese, que todos na escola dizem assombrar a piscina, onde se afogou 20 anos antes.
Rinn nunca acreditou nessa baboseira de fantasmas e tem certeza que essa história é só mais uma besteira que o povo do interior inventou para assustá-la. Porém, coisas estranhas começam a acontecer com os seus novos amigos e Rinn é a única a não ser atingida, o que a faz se perguntar o porquê e querer investigar bem a fundo se Annaliese é real ou não.
Annaliese é um dos pontos centrais da história. Ela realmente existe? Ainda está assombrando o local de sua morte? Qual a verdadeira história por trás dessa morte dada como afogamento? Essas perguntas rondaram minha cabeça durante toda a leitura. O fato de Rinn ser bipolar e constantemente ter alucinações só aumentou a minha curiosidade, pois não conseguia diferenciar a verdade do imaginário de Rinn.
Para desvendar esses mistérios, Rinn conta com a ajuda de Nate, seu vizinho e interesse amoroso. Nate é o único que sabe sobre a bipolaridade de Rinn e o fato de ele não julgá-la faz com que ela se sinta segura perto dele. Conforme vai entrando mais a fundo na história de Annaliese, Rinn faz descobertas sobre o passado de sua mãe e a relação dela com a garota morta… Mas chega uma hora que ela não consegue mais diferenciar a realidade da fantasia e é aí que as coisas começam a se complicar.
Esse tipo de livro possuiu uma leitura muito gostosa e agoniante ao mesmo tempo. Todos os pensamentos de Rinn nos fazem interagir com a história, compartilhar as mesmas dúvidas com ela. É brilhante a forma com que Jeannine nos envolve em sua narrativa, nos fazendo experimentar tudo o que Rinn sente, tornando-nos, assim, expectadores de toda a luta de Rinn contra sua própria mente.
Atormentada tem uma narrativa tão incrível que conseguiu me prender de tal forma que concluí a leitura em um dia. O livro possui um suspense de tirar o fôlego e o fato de a protagonista ter problemas psicológicos faz com que as pessoas sempre a tratem como louca, nunca acreditando em suas teses, que são bem malucas e isso torna o livro ainda mais eletrizante e sombrio.
A escrita de Jeannine Garsee é espetacular. Ela soube detalhar muito bem as cenas, fazendo com que nos sentíssemos participantes do livro. Garsee soube usar as doses certas de suspense e romance, sem tornar o livro chato. É uma pena saber que Atormentada é livro único.
Após finalizar minha leitura, tudo o que consegui fazer foi gritar loucamente com Leonardo para lê-lo logo. Após isso, saí em disparada para procurar outras obras da autora. Sem sombras de dúvidas, lerei qualquer coisa que ela publicar.
Atormentada entrou para a lista consideravelmente pequena de leituras favoritas de todos os tempos e realmente recomendo esse livro a todos. O mundo precisa conhecer a história de Rinn, Nate e Annaliese.
E com esse último apelo, eu e Leo nos despedimos de vocês com uma citação desse livro fantástico que nos cativou logo de cara.
— Este é o restaurante da Millie. Não é uma gracinha? — Minha mãe dá um piparote no meu braço. — Não fique bufando pra mim.
— Eu não bufei. Estou com alergia.
— Alergia a quê?
— A toda essa porcaria de ar puro. — Eu finjo uma tosse. — Meu organismo não aguenta. Talvez seja melhor eu sair do carro e sugar a fumaça do escapamento por um minuto.
BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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