Hey turma!
Como estão hoje? Espero que preparados para mais uma resenha. E é bom segurarem os forninhos, porque o livro de hoje é arrasador: Um Amor de Cinema! Vamos conferir o que achei?
Livro: Um Amor de Cinema
Autora: Victoria Van Tiem
Editora: Verus
Páginas: 294
Sinopse: Neste irresistível romance, Kenzi Shaw, uma designer fanática por filmes, é lançada nas águas turbulentas do amor — ao estilo de Hollywood — quando seu lindo ex-namorado lhe propõe uma série de desafios relacionados a comédias românticas para reconquistar seu coração. Que garota não gostaria de vivenciar a cena das compras de Uma linda mulher? É o desafio número dois da lista. Ou tentar fazer os passos de dança de Dirty dancing? É o número cinco. Uma lista, dez momentos românticos de filmes e várias aventuras depois, Kenzi se pergunta: ela deve se casar com o homem que sua família adora ou arriscar tudo por um amor de cinema?
Não sei explicar muito bem o que me atraiu para Um Amor de Cinema. Sou uma amante de capas bonitas, mas essa não chega a ser necessariamente uma obra de arte. A sinopse também nos revela pouco sobre o que iremos encontrar no interior do livro. Então a única explicação plausível que consigo encontrar é: o título!
Sei que muitas garotas, como eu mesma, assistem comédias românticas e ficam imaginando se algum dia vivenciarão algo remotamente parecido. Então, assim que bati o olho no título do livro, senti uma vontade imensa de lê-lo. E não me arrependo nem um pouco. Que livro!
Em Um Amor de Cinema, conhecemos Kensington Shaw – Kenzi, para os íntimos – uma designer absolutamente louca por comédias românticas. Tudo parece extremamente fantástico na vida de Kenzi: ela é diretora de criação de uma empresa bem renomada e está noiva do cara dos sonhos, aquele que a família dela ama.
Porém nada é tão perfeito assim. Kenzi luta pela aprovação de sua mãe desde sempre e se sente em uma constante competição com sua cunhada, Ren. A vida de Kenzi começa a piorar um pouquinho mais quando vai à casa dos pais anunciar o noivado.
O que deveria ser um almoço de planejamento do seu casamento vira um almoço de comemoração pela gravidez de Ren. Mais uma vez ela conseguiu ofuscar a vida de Kenzi. E como tudo que está ruim pode piorar, Kenzi recebe um pedido de amizade no Facebook do seu ex-namorado – que traiu ela na faculdade – e acaba aceitando, sem querer.
Acha que é tragédia demais para uma pessoa só? Não para Kenzi, afinal a garota parece ser um imã para situações embaraçosas e constrangedoras. Então, Kenzi descobre que seu trabalho está por um fio e depende do sucesso em uma apresentação. Se o cliente fechar contrato, ela continua no emprego, se não, ela é demitida e terá que adiar seu casamento.
E imaginem o tamanho da surpresa que Kenzi tem ao chegar na sala de reuniões e descobrir que o cliente é ninguém mais ninguém menos que Shane Bennett, seu ex-namorado.
Shane acaba de retornar da Inglaterra. Está diferente, mais maduro, começando seu próprio negócio: o Carriage House. A ideia principal é criar um restaurante com um cinema integrado, onde os jovens casais poderão jantar e assistir uma comédia romântica ao mesmo tempo. Nem preciso dizer que a ideia do negócio foi totalmente inspirada em Kenzi, certo?
Shane vê o tanto que Kenz aparenta estar feliz com Bradley – seu noivo – e não consegue evitar sentir ciúmes, achar que ele não é digno dela. Então, para fechar contrato com a empresa para qual Kenzi trabalha, ele estipula uma condição: Kenzi terá que reviver cenas de dez comédias românticas com ele, com o propósito de que ela precisa dessa experiência para desenvolver a campanha para seu restaurante.
Gente, nem sei dizer o tanto que me diverti com essa lista. Imaginem viver um dia de Vivian, naquele dia de compras maravilhoso que vimos em Uma Linda Mulher? Ou bagunçar a lista de presentes da Ren, assim como a Jane faz com a lista de presentes da irmã dela em Vestida Para Casar? São pequenos momentos de filmes que foram muito bem inseridos na história, e ajudam muito a definir o rumo da trama.
Com toda essa proximidade, Kenzi se vê no meio de uma mistura confusa de sentimentos. A garota que ela era quando estava com Shane luta para retornar, ao mesmo tempo em que a garota que ela quer se tornar sonha com o casamento, com formar uma família e ter filhos.
Há muito tempo eu não lia um chick-lit tão delicioso. A narrativa da autora é leve e divertida, bem do tipo que nos joga com tudo dentro da história e não nos deixa dormir enquanto não acabarmos a leitura.
Victoria soube construir muito bem seus personagens. Kenzi é carismática, com um leve toque de insegurança, e cheia de neuras. Eu me identifiquei imensamente com a personagem e até me imaginei no lugar dela em muitos momentos.
Já Shane é o cara irresistivelmente encantador, o que você sabe que não deve querer, mas quer mesmo assim. Sabe ser fofo quando precisa, mas também sabe ter um pulso firme quando é necessário.
Bradley é o falso perfeito. Aparentemente ele é tudo que uma garota pode querer: bem sucedido, razoavelmente rico, lindo de morrer. Mas sabem aquela sensação que temos que alguma coisa vai dar errado? Tive essa sensação desde o primeiro momento em que Bradley entrou em cena. E, como já é de costume, eu não estava errada.
Acho que o que mais me agradou no livro foi a originalidade. Por mais que chick-lits sejam todos parecidos uns com os outros, Victoria soube acrescentar um elemento a mais para deixar seu livro diferente: a interatividade.
Shane revive cenas de filmes com Kenzi durante toda a narrativa, e isso nos faz interagir não só com o livro, mas também com o mundo do cinema. A maioria dos filmes da lista são clássicos, filmes que assisti há muito tempo. Então parei minha leitura muitas vezes para assistir o longa sobre o qual eles estavam comentando.
Alguns de vocês podem achar isso uma coisa ruim, mas para mim foi uma experiência extremamente fantástica. Os filmes me ajudaram a entender a personagem, o momento pelo qual ela estava passando. Victoria foi brilhante ao juntar cinema e literatura em um livro. Espero ler mais livros como esse futuramente.
Quanto ao trabalho da editora, gostaria de deixar uma coisa muito clara: eu surtei! Quando o pacote chegou aqui em casa, simplesmente não acreditei no que eu vi. A Verus Editora montou um kit mega fofo para enviar com o livro, com alguns dvd’s dos filmes presentes na lista do Shane!
E ainda fizeram um trabalho incrível com a diagramação e revisão. As páginas são amareladas – meus olhos agradecem – e temos uma separação de capítulos totalmente no espirito cinematográfico! A revisão, como sempre, maravilhosa. Como eu li o livro pausadamente, para intercalar com os filmes, pude observar bastante essa parte. E realmente não achei nenhum errinho, nem de gramática nem de digitação!
Mas chega de enrolação. Vamos às recomendações. Tenho dois públicos que possivelmente irão amar esse livro. O primeiro é composto pelos leitores de chick-lit, principalmente Sophie Kinsella. Se você é o tipo de pessoa que adora um bom chick-lit e não perde a chance de assistir Becky Bloom, está esperando o que para ler Um Amor de Cinema?
O segundo público é composto pelos amantes do cinema, de comédias românticas, para ser mais específica. Um Amor de Cinema é uma boa desculpa para re-assistir alguns clássicos. Se joguem na leitura!
Dito isso, me despeço de vocês por hoje. Mas, antes de ir, deixo vocês com um trechinho do livro. Só para deixá-los na vontade.
E quem eu estou resgatando?
Eu mesma.
A garota com tinta no cabelo que ainda acredita em contos de fadas, só que esta é a versão adulta. Porque talvez não exista um final feliz para sempre com alguém; talvez tenha a ver com ser feliz consigo mesma.