sobre livros e a vida

15/09/2019

Tá Na Estante :: ‘O Casamento’

Trezentas pessoas se reuniram em um hotel fazenda no interior de São Paulo para um feriado prolongado de celebrações em torno do casamento de Plínio e Diana. Enquanto os noivos se concentram nos últimos preparativos e alguns convidados desfrutam da estadia, Conrado Bardelli está a caça de um chantagista.

Foi por pura coincidência que o detetive particular acabou sendo convidado a estar onde o dever o chamava. Ele é um velho amigo da família da noiva e enquanto se preparava para emboscar seja lá quem estivesse extorquindo seu cliente – graças a um caso extraconjugal com a irmã do noivo -, acabou no meio de uma investigação de assassinato.

Fazia dois dias que ele estava observando aquelas pessoas quando tudo aconteceu. Ler uma pessoa através de seus pequenos gestos faz parte de sua profissão e diversos convidados claramente tinham segredos que preferiam levar para o túmulo. Porém, ninguém deixou transparecer a frieza que se espera de um chantagista tão trabalhoso quanto o que vinha perseguindo ou um assassino cruel e meticuloso.

Com a polícia envolvida na investigação, Bardelli deveria se manter afastado do caso de assassinato, ainda mais que esse assunto está totalmente fora do seu radar de atuação. Mas não… ele está determinado a desvendar cada segredo obscuros por detrás das máscaras dos convidados.

***

Termino essa história sem saber o que dizer, apenas sentir. Narrado em terceira pessoa, a história passeia entre as perspectivas de diversos personagens, mas se mantem por mais tempo acompanhado Bardelli. A história possui muitos personagens, e mesmo que tenha sido confuso no início, é importante prestar atenção em cada história paralela.

Se o narrador está nos contanto como o casal se conheceu, preste atenção. Se alguma testemunha se recordou de um detalhe importante, redobre a atenção. E eu aposto que mesmo atento aos mínimos detalhes, você irá se surpreender com o desfecho.

A leitura é muito fácil e dividida em quatro partes, cada uma focada em uma parte importante da trama e, por consequência, da investigação. A minha preferido foi a ‘Até que a morte os separe’ é a mais curta, mas com grande potencial par pane nos seus neurônios. Tive o disparate de achar que havia desvendado o mistério, até que Victor Bonini deu uma volta de 360º na trama. Além de um leitor chocado, o autor conquistou definitivamente mais um fã.

Não lembro qual o último thriller que mexeu tanto com a minha cabeça, só sei que estou ansioso por mais histórias como essa. Bonini também é autor de Colega de Quarto – história citada algumas vezes durante o livro -, Quando Ela Desaparecer (que já tem resenha por aqui) e integra uma antologia de terror/suspense lançada recentemente pela Faro Editorial. Já quero ler tudo!

Os fãs de romance policial não podem deixar de conferir essa história, e se você nunca leu nada do gênero, aproveite para começar com o pé direito.

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