sobre livros e a vida

25/12/2017

Na Telona :: ‘O Rei do Show’ #64

E aí, pessoal! Tudo bem?

Na semana passada eu tive a oportunidade de participar de mais uma cabine de imprensa em parceria com a Espaço/Z aqui em Brasília. Vamos conferir o que eu achei?!

FILME: O Rei do Show
TÍTULO ORIGINAL: The Greatest Showman
DIRETOR: Michael Gracey
DISTRIBUIDORA:  Fox Film
DURAÇÃO: 1h45min
LANÇAMENTO: 25 de dezembro de 2017
CLASSIFICAÇÃO: 10 anos
GÊNERO: Musical
SINOPSE: Nos anos 1800, P.T. Barnum (Hugh Jackman) perde o emprego. Ele então tem a ideia de criar um museu de curiosidades, tendo como artistas pessoas nada comuns. Barnum inaugura o universo do show business, transformando a magia em um grande espetáculo circense.

No fim do ano passado quando eu descobri que um musical com Hugh Jackman e Zac Efron chegaria às telonas no fim de 2017 eu imediatament comecei a listar mentalmente todas as maneiras que esse projeto poderia dar errado. Quando o primeiro trailer saiu eu continuei pensando que seria um desastre e estava bem feliz de não ter criado expectativas. Isso mudou há algumas semanas quando lançaram oficialmente a trilha sonora do filme e eu resolvi ouvir. Em menos de 30 segundos eu já fui completamente conquistado pelas composições de Pasek e Paul (La La Land e Dear Evan Hansen).

O filme conta a história de Phineas Taylor Barnum, um homem de meia idade que devido a forças da natureza acaba sendo demitido da empresa onde trabalha. Com uma casa, esposa e duas filhas para manter, Barnum decide se arriscar abrindo seu próprio negócio.

Com a ajuda de um pequeno empréstimo, Phineas abre então um museu de bonecos de cera na esperança de um bom retorno financeiro. Após perceber que o retorno financeiro desejado provavelmente nunca será alcançado dessa maneira, Barnum precisa pensar em algo novo e incrível para atrair público para o seu museu.

Quando suas filhas pedem para que ele traga para seu museu coisas extraordinárias e com vida, como sereias e unicórnios, Phineas decide então criar o primeiro show de ‘aberrações’ (como eram tratadas no século IX todas as pessoas que fossem diferentes do que era considerado normal).

Porém mesmo com o ‘sucesso’ de seu show, Barnum ainda não se sente aceito pela alta sociedade e decide arriscar tudo aquilo que contruiu para tentar provar para si mesmo que pode alcançar o que um dia disseram que ele não era capaz.

Após o desastre cinematográfico que foi Os Miseráveis (2012) eu estava com os dois pés atrás em relação a ter Hugh Jackman no papel principal de um musical. No fim da sessão eu pude respirar aliviado por estar completamente errado. O ator que foi eternizado no papel do mutante Wolverine consegue carregar o filme de uma maneira incrível e mostrando que ainda carrega no sangue os seus tempos de teatro musical.

O restante do elenco também não deixa a desejar. Zendaya e Zac Efron (que finalmente não tirou a camisa) dão vida a um casal improvável para a época, Michelle Williams interpreta a esposa de Hugh e faz o que nasceu para fazer, cara de choro. O destaque vai para a talentosíssima Keala Settle no papel de Mulher Barbada. O que nos leva ao primeiro ponto negativo do filme.

Keala Settle é uma atriz que já esteve no elenco de shows como Os MiseráveisPriscilla, a Rainha do DesertoWaitressHairspray; já foi indicada a diversos prêmios por suas performances no teatro e simplesmente foi ignorada durante o filme, perdendo inclusive alguns solos que possui na trilha sonora.

A trilha sonora é com certeza o maior ponto positivo do filme. Com uma pegada bem mais pop do que eu esperava, a trilha sonora composta por Benj Pasek e Justin Paul é perfeita para aqueles que não gostam muito ou não são acostumados com musicais pois deixa de lado aquelas melodias clássicas que encontramos em grandes musicais da Broadway e aposta nas batidas mais populares que ouvimos diariamente.

Visualmente o filme também está muito agradável, mesmo com o excesso de CGI em diversas cenas.

Infelizmente nem tudo saiu tão bem executado como deveria. Infelizmente o maior exemplo disso foi a direção do filme que estava extremamente perdida. Na tentativa de criar um filme bem dinâmico o diretor acabou pecando muito no ritmo do filme, deixando algumas partes extremamente corridas e deixando muita coisa de fora. O acréssimo de pelo menos uns 15 minutos e ajustes em algumas das cenas fariam muito bem ao produto final.

O Rei do Show, que chega hoje aos cinemas brasilerios, pode não ser o melhor dos musicais lançados nos últimos anos (olá La La Land) mas com certeza é a melhor opção para conferir com a família nesse fim de ano.

Beijos e até a próxima!

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