sobre livros e a vida

12/12/2019

O medo do novo ano

Um novo ano sempre vem cheio de reflexões. A gente pensa muito sobre o que passou, o que fizemos daquilo que pensamos em fazer, o que podemos jogar fora daquela lista. É a ideia do recomeço e de que agora as coisas vão se encaixar. Eu sou do time que recomeça no dia que for preciso, não necessariamente na segunda-feira, no começo de um novo mês ou de um novo ano.

Para mim, o início do ano está mais relacionado ao medo.

Calma, deixa eu explicar. Eu amo saber que ultrapassei mais uma etapa da vida, na verdade nesse caso estamos ultrapassando mais uma década, mas sempre existe o receio de aquilo que vem ser pior do quê o que foi. Vocês sentem isso?

2019 foi um ano louco. Fiz muitas coisas que queria ter feito, fiz muitas coisas novas, não fiz a maioria das coisas que pensei que gostaria de ter feito – na verdade nem senti falta! Este ano eu trabalhei demais, comecei lendo O ano em que disse sim e resolvi dizer sim para muitas coisas. Isso me rendeu experiências incríveis, muitos novos contatos, respostas maravilhosas e um surto por estresse.

A verdade é que as coisas parecem bem mais fáceis do quê são e que tudo pode virar uma bola de neve muito rápido. Me peguei desatenta a situações que eu deveria ter dado mais atenção, desgostosa em algumas coisas que precisei fazer e frustrada com algumas situações, mas também fiquei empolgada com novas conquistas, feliz com o reconhecimento do meu trabalho e ansiosa para os próximos passos.

Tem muita coisa dentro da caixinha de surpresas que é a vida. As vezes a gente nocauteia, outras é levada ao chão. Tudo isso pode acontecer dentro de uma semana.

Estou encerrando o segundo ano em que trabalho com o que amo e tendo um saldo muito positivo, mas também estou me questionando sobre as minhas escolhas e tentando viver o presente enquanto me pergunto sobre como vai ser o futuro. É difícil não se comparar as pessoas que estão ao nosso lado, observar como a grama do vizinho sempre parece mais verde. Existe um tempo para cada coisa e também para cada pessoa.

O medo é bom. Ele freia a gente em situações ridículas, mas deve ser evitado em diversos momentos. Coloquei o medo dentro de uma caixinha dois anos atrás, quando decidi me arriscar nisso aqui, mas puxei ele de volta por um tempinho para que o passo não seja maior que a perna.

2020 está batendo na porta e eu ainda não sei como vou receber esse novo ano. Vai ser um ano intenso, o marco dos meus 25 anos, a meta de começar a dirigir e a hora de superar o medo de dentista, rs. Talvez seja um ano que me faça superar o medo adquirido em 2019, mas lá no fundo eu nem estou tão preocupada – ao menos estou me dizendo isso. Só espero que seja um ano bom, acho que vai ser.

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