Oi, gente. Tudo bem?
Quinta-feira é sempre dia de estreias sensacionais e hoje vim contar pra vocês o que achei do novo filme da franquia Planeta dos Macacos, que assisti semana passada em uma cabine de imprensa.
Filme: Planeta dos Macacos – O Confronto
Título Original: Dawn of the Planet of the Apes
Diretor: Matt Reeves
Lançamento: 24 de julho de 2014
Duração: 2h11min
Distribuidor: Fox Filmes
Classificação: 12 anos
Sinopse: Quinze anos após a conquista da liberdade, César (Andy Serkis) e os demais macacos vivem em paz na floresta próxima a San Francisco. Lá eles desenvolveram uma comunidade própria, baseada no apoio mútuo, para que possam se manter. Enquanto isso, os humanos enfrentam uma das maiores epidemias de todos os tempos, causada por um vírus criado em laboratório, chamado vírus símio. Diante disto, um grupo de sobreviventes liderado por Dreyfus (Gary Oldman) deseja atacar os macacos para usá-los como cobaias na busca por uma vacina. Só que Malcolm (Jason Clarke), que conhece bem como os macacos vivem por ter conquistado a confiança de César, deseja impedir que o confronto aconteça.
Em A Origem, cientistas tentaram desenvolver uma droga que retardasse os efeitos do Alzheimer em humanos e usavam macacos como cobaia. Porém, esse medicamento deu uma inteligência maior para César, filho de uma macaca cobaia. César cresceu sendo criado por uma família humana e sempre foi amado, mas alguns incidentes fizeram com que ele se revoltasse e iniciasse uma rebelião de todos os primatas que estavam cansados de serem tratados como inferiores. Além disso, a droga experimental alterou o DNA dos animais de tal forma que se desenvolveu a gripe símia, que infectou os humanos e foi dizimando a população terrestre aos poucos.
Nessa continuação do maravilhoso longa de 2011, sabemos como tudo se desenvolveu. Os humanos passaram quatro anos lutando contra a doença, mas pereceram. Os macacos dominaram as florestas próximas a São Francisco e criaram uma civilização à exemplo da nossa, mas com regras mais justas e todo sermão de “macaco não mata macaco”. O filme se inicia sob o ponto de vista dos símios e através dele sabemos que os primatas não tem contato com os humanos há exatos dez anos e creem que eles foram exterminados.
César é o líder do bando. Todos o respeitam e admiram, por ter sido o precursor da liberdade dos macacos das mãos humanas, que os usavam para diversos fins e os machucavam para atingir seus objetivos. César tem uma família agora, com esposa e filhos, e não quer ver seu lar em conflito. Ele foi o que mais teve contato com os humanos e sabe que eles não são tão ruins assim, mas nada o impedirá de lutar contra quem ameaçar sua casa.
De outro lado, conhecemos um grupo de humanos sobreviventes. Eles encontraram abrigo próximo à ponte Golden Gate, mas seus recursos estão escassos já que a energia está se esgotando. A única alternativa é a usina hidrelétrica, que se for religada, os abastecerá por um bom tempo. Logo Malcolm e alguns outros saem em busca dessa hidrelétrica, mas ela se localiza no território dos símios. Claro que isso é novidade para os humanos, que também não veem macacos desde a epidemia da gripe.
Nem preciso dizer que os macacos não confiam nos humanos, mas a sinceridade de Malcolm os convence a deixa-los trabalharem nas hidrelétricas, porém desarmados e avisados que não devem mais voltar. Entretanto, o chimpanzé Koba não concorda com isso. Ele acredita que o amor de César pelos humanos o está cegando e colocando os macacos em risco. Assim ele parte para o esconderijo humano para provar ao seu líder quão perigosos eles podem ser.
Tudo parece correr às mil maravilhas. A usina voltou a funcionar e Malcolm e seu grupo de busca estão convivendo pacificamente com o bando de César, mas eles não contavam com uma coisa: Koba. O macaco sempre foi maltratado pelos humanos e nutre um ódio mortal deles. Ele também quer ser o líder do bando e não medirá esforços para alcançar tal façanha nem se preocupará com quem estiver em seu caminho.
Agora está nas mãos de Malcolm descobrir um jeito de impedir Koba e fazer com que a paz reine sobre o mundo novamente, tudo enquanto tenta proteger sua família. Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir.
Eu assisti Planeta dos Macacos – A Origem na estreia e logo me apaixonei pelo enredo, um dos melhores que já tive o prazer de conferir. Quando anunciaram a continuação para esse ano, não sabia bem o que esperar, mas minha ansiedade estava enorme e as expectativas lá no alto. Infelizmente, preciso dizer que me decepcionei… e muito.
O começo do filme é bem monótono, levando uns bons vinte minutos pra aparecer qualquer personagem humano. Parecia que era um daqueles documentários do Discovery Channel sobre a vida selvagem, mostrando os macacos em seu habitat natural e suas relações entre si. Claro que os macacos do filme não são normais, muitos até sabem falar, mas foi minha impressão. Falando em monótono, a primeira metade do filme praticamente se arrasta, apresentando os novos fatos e explicando os últimos acontecimentos. E eu sempre na expectativa: “agora começa a ação… ah, não, mais macacos se olhando”, “agora vai… não, pera, não vai”. Sério, até a ação começar eu já estava entediado e morrendo de sono, mas quando começou, adeus inércia.
As cenas de ação foram um marco do primeiro filme de tão bem desenvolvidas e preciso confessar que amei a ação no segundo, com dois poréns. Primeiro: achei o filme muito comprido. Por mais que a ação fosse boa, tinha uma historinha dramática como pano de fundo, regada de lenga-lenga. Quando esperávamos a coisa esquentar ainda mais, dava aquela esfriada e broxávamos. Pensem em duas horas dessa mesma coisa. Muito triste. Segundo: a cena do
Macaco Rambo. Gente, achei aquilo muito bizarro.
“Leonardo, como assim, Macaco Rambo?”. Deixa eu explicar. Em uma cena, vemos
Koba montado em um cavalo, com duas metralhadoras nas mãos, atirando loucamente e, em certo momento, ele atravessa uma cortina de fogo e sai ileso. Isso fez com que eu e a
Mirelle nos olhássemos e falamos quase simultaneamente:
“que coisa foi essa?”.
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Macacos justiceiros 😛 |
Calma, gente. O filme não é de todo ruim. Como eu disse, a ação dá aquela guinada na trama, mas os efeitos especiais também estão de arrasar. César é o ator Andy Serkis digitalizado pela técnica de motion capture e pra mim isso é algo difícil de entender, mas que no produto final fica sensacional. Só achei o uso do 3D desnecessário, mais uma vez, então nem vou entrar nesse detalhe. Temos um grande número de reviravoltas na trama, algo que eu adoro, e consegui captar uma crítica social, perguntando o que a arrogância e o menosprezo do seu oponente podem lhe causar em uma guerra. Isso me fez pensar bastante durante o longa, pois ambos os lados tem seus defeitos e foi impossível você decidir para quem “torcer”.
Criticar a atuação é algo difícil, já que boa parte do elenco é formada por macacos. Mesmo que através da técnica já citada, eles ainda são macacos. Então, vamos falar da parte humana do filme. Jason Clarke me surpreendeu. Não gosto muito do ator e é óbvio que ele não tem o carisma de James Franco, mas ele conseguiu personificar muito bem o Malcolm e apresentá-lo como herói. Andy Serkis foi um César perfeito mais uma vez, no modo de falar e de agir. Será que dão Oscar para macacos? Se sim, Andy merece um com certeza. Também gostei bastante da Ellie de Keri Russell, embora tenha achado a atriz um pouco apática e bem esquecida no decorrer da trama. Gary Oldman interpreta Dreyfus e foi uma decepção sem tamanho. O eterno Sirius Black perdeu seu dom de atuação e fez o personagem parecer forçado.
Agora preciso falar da parte símia do longa. Momento tietagem. Gente, sou apaixonado por macacos. Sério! São animais extremamente fofos e amigáveis (não, Koba, você não vai conseguir me fazer mudar de ideia u.u) e tem um especial que despertou meu carinho: o orangotango Maurice. Ele é uma espécie de conselheiro de César e prega todas as normas de convivência para os pequenos. Se duvidar, Maurice é o ser vivo mais sensato do filme, além de ser extremamente atencioso e carinhoso.
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Maurice <3 |
Com isso me despeço de vocês e vou deixar minha recomendação. Aí vocês me perguntam por que, já que falei mal do filme. A verdade é que ainda espero o retorno de
Rupert Wyatt à cadeira de diretor, de forma que o terceiro filme seja tão bom ou superior ao primeiro. Vou persistir na franquia e espero não me decepcionar mais uma vez e me arrepender amargamente dessa decisão. Que venha 2016!
*Agradeço ao Espaço/Z pela oportunidade de assistir ao filme em primeira mão, em uma cabine de imprensa.
TRAILER
BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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