Acabei de chegar em casa, direto da pré-estreia de um dos filmes que eu mais estava ansiando assistir esse ano. Como blogueiro, é óbvio que não podia deixar de contar para vocês o que achei, né? Então bora conferir?!
Filme: Insurgente (Divergente #02) Título Original: Insurgent Diretor: Robert Schwentke Lançamento: 19 de março de 2015 Duração: 1h59min Distribuidora: Paris Filmes Classificação: 14 anos Sinopse:Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) agora são fugitivos e procurados por Jeanine Matthews (Kate Winslet), líder da Erudição. Em busca de respostas e assombrados por prévias escolhas, o casal enfrentará inimagináveis desafios enquanto tentam descobrir a verdade sobre o mundo em que vivem.
Após terem se livrado da simulação que quase vitimou toda a facção da Abnegação, Tris e Quatro são fugitivos. Os dois, acompanhados de Caleb, Marcus e Peter conseguiram abrigo na Amizade, mas seus temperamentos não são tão pacíficos como o dos membros reais da facção, e isso pode lhes trazer sérios problemas.
Após uma invasão à Amizade, organizada por Jeanine Matthews e liderada por Eric, um dos líderes da Audácia, Tris, Quatro e Caleb precisam fugir e encontrar os membros restantes da Audácia, para poderem planejar o que fazer em seguida.
Jeanine conseguiu virar o jogo a seu favor. Ela fez com que a população passasse a temer os Divergentes e pediu para que, se avistassem algum destes, entregassem-no diretamente para as autoridades. Ela prega que os Divergentes são uma falha que pode comprometer o sistema de facções e sua sociedade, até então pacífica.
Tris, Quatro e Caleb embarcam em um trem e logo são surpreendidos por um exército de sem-facção. Mesmo sabendo que não teriam chance, eles lutam contra os ‘excluídos’, que tentam matá-los a todo custo. Surpreendentemente, quando Quatro revela ser Tobias Eaton, os ataques param imediatamente e o trio é levado à líder dos sem-facção: Evelyn, a mãe de Quatro, que todos acreditavam estar morta.
Evelyn propõe que o filho reúna os membros restantes da Audácia e alie-se a ela, de forma que juntos eles possam derrubar o governo de Jeanine e acabar com o sistema de facções. O problema é que Quatro não confia nem um pouco na mãe e sabe que se a ajudasse, as coisas poderiam ser piores.
Com isso, Tris e Quatro partem para a Franqueza, onde Christina, Tori e os outros membros da Audácia pediram abrigo. Como procurados da justiça, Tris e Quatro são feitos prisioneiros, mas pedem um julgamento justo, através do soro da verdade, onde revelam que não são culpados do que a Erudição os acusa. Porém, Tris também revela que matou seu amigo, Will, o que desperta o ódio de Christina.
Por outro lado, vemos Jeanine desenterrar uma caixa, que estava escondida na casa dos Prior, no território da Abnegação. Essa caixa contém uma mensagem dos Fundadores, que pode ser a resolução de todos os problemas que Jeanine vê no sistema de facções. O único problema é que essa caixa só pode ser aberta por um Divergente, o que torna a caçada dessas pessoas cada vez mais acirrada.
Após inúmeros testes, Jeanine percebe que não é qualquer Divergente que pode abrir a caixa. É necessário que essa condição seja alta dentro da pessoa e a maioria dos Divergentes não possui esses índices elevados. Sim, a única pessoa que pode abrir a caixa é Tris, que é inteiramente Divergente.
Só que é claro que Tris não fará nada que auxilie nos planos de Jeanine, a quem culpa por tudo que aconteceu de errado em sua vida e deseja ver morta. Mas Jeanine é ardilosa e usará de todos os seus artifícios para convencer Tris – ou obrigá-la – a ajudá-la.
O que será que diz a mensagem na caixa e como isso irá afetar a vida de todos os membros da sociedade e o sistema de facções? Tris conseguirá impedir Jeanine antes que seja tarde demais?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!
Há pouco menos de um ano eu deixei a sessão de Divergente morrendo para assistir a continuação. Sou apaixonado pelos livros e achei que a adaptação, apesar de não ser tão fiel, havia sido muito bem feita. Então, conforme o tempo foi passando e a estreia de Insurgente foi se aproximando, minha expectativa só aumentava. Cada trailer que era divulgado me causava síncopes e quando finalmente pude assistir ao longa, me arrependi mortalmente e quis meu dinheiro de volta.
Entramos mais uma vez naquela questão “livro é livro, filme é filme”, mas dessa vez não tenho como ser imparcial, já que é o segundo filme de uma franquia (ainda tem mais dois a caminho. Oh, God, why?) que começou tão bem.
Insurgente tem um ritmo bem acelerado, mas era evidente que faltava alguma coisa. Eu fiquei um bom tempo me perguntando o que era, até descobrir que, na verdade, faltava tudo. Pra começar, a maior parte das cenas foi alterada. “Mas Leonardo, entenda que isso é normal em qualquer adaptação”. Não! Não aceito. Cenas de crucial importância para o desenvolvimento da história foram mudadas, além de outras que foram excluídas sem dó. Me pergunto o que será de Convergente nas telonas depois desse filme.
Pra piorar, as atuações estavam extremamente falhas. Shailene Woodley depois desse filme tornou-se uma forte concorrente para o Troféu Kristen Stewart de única expressão facial. Sabemos que a personagem estava enfrentando um grande dilema emocional com a morte dos pais e uma guerra iminente, mas até a Tris do livro conseguia ser mais alegre e badass que a do filme (o que é um grande elogio para a do livro, que era um porre).
Vocês já sabem que eu não gostei de Theo James em Divergente (se não sabem, leiam minha crítica aqui), mas dessa vez ele se superou… pra pior. Gente do céu! Cadê aquele Quatro dos livros? O personagem movido pela razão que luta pela sobrevivência e faz as menininhas suspirarem? Onde ele foi parar? Reafirmo aqui que erraram – e feio – na escolha do ator para interpretar um personagem tão complexo como Quatro.
Agora me respondam onde foram parar Maggie Q e Zoë Kravitz? Suas respectivas personagens, Tori e Christina, são essenciais para o rumo da trama e fazem cenas pra ninguém colocar defeito. Isso no livro, é claro. No filme nenhuma das duas apareceu por mais de trinta segundos, foi quase como Rita Ora em Cinquenta Tons de Cinza.
Sim, temos grandes nomes no elenco e essas duas grandes atrizes fizeram bonito seu papel. Kate Winslet mais uma vez arrasou na pele da impiedosa Jeanine Matthews e mostrou que não foi à toa que ela foi chamada para o papel. Octavia Spencer também me convenceu bastante com sua Johanna, a líder da Amizade, e senti falta de um destaque maior pra ela (que não tem no livro, mas né, já que estragaram tudo, não custava). Agora, quanto à Naomi Watts, ainda estou em dúvida, então vou deixar passar.
E o romance entre Quatro e Tris, gente? Os trailers prometiam cenas bem ‘calientes’ entre os dois, mas até as novelas da Globo tem mais “ação” nesse quesito que Insurgente. A química entre os dois continua péssima e tinha vontade de dar na cara deles inúmeras vezes. Já disse que não gosto do Theo James?
Insurgente pecou e muito em dar continuidade à Divergente, além de ter uma montagem extremamente pobre, com efeitos especiais bons, mas ao mesmo tempo previsíveis e desnecessários. E o que dizer do uso do 3D? Muito ouvi dizer que critico o 3D porque eu tenho problemas, mas dessa vez tenho outras pessoas que podem afirmar que a técnica não valeu de nada no filme.
No fundo, mesmo tendo odiado Insurgente, sei que estarei lá na pré-estreia de Convergente – Parte 01, nem que seja só para xingar ainda mais. Vida de leitor é assim, faz parte do ciclo ler o livro e se decepcionar com a adaptação.
Infelizmente, se você é fã, digo para passar longe das salas de cinema enquanto o filme estiver em cartaz. Guarde na sua cabeça a memória que tem do livro e finja que esse filme não existe. Agora, se você viu o primeiro filme e gostou, vai na fé e assista Insurgente, você vai entender tudo e talvez até gostar. Eu não gostei e não recomendo.
Ei, eu sou a Barb, tenho 27 anos, sou baiana, estudei Letras e compartilho conteúdo desde 2010 na internet. Por aqui, escrevo sobre tudo que faz meu coração bater mais forte.
Além do meu amor pela leitura e pelas histórias de romance, eu compartilho vlogs sobre a minha rotina e trabalho, mostrando como é a vida de uma baiana morando em Madrid, na Espanha.
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