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06/02/2020

Na Telona :: ‘Aves de Rapina – Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa’

Arlequina sempre foi a mente brilhante por trás dos planos maléficos do Coringa, mas era sempre ele quem levava os créditos pelas artimanhas que ela projetava. Mesmo com toda a história dos dois e tudo que ela fez por ele, o vingativo palhaço não hesitou em terminar com ela, deixando a pobre garota desolada e sem chão. Afinal, ela só sabia viver em prol do seu pudinzinho e ter que reconstruir sua vida por si mesma não seria nada fácil.

Para piorar, o término com Coringa atraiu inúmeros inimigos para a vida de Arlequina, já que a garota perdeu sua imunidade e muitos querem vingança por suas ações do passado. Contudo, a pessoa que mais quer ver Arlequina morta é Roman Sionis, um dos principais chefes de máfia de Gotham. Não demora muito para que Arlequina caia em suas mãos, mas a ex-psiquiatra tem muitos planos na manga e convence o temido Máscara Negra a soltá-la.

O acordo entre os vilões pedia que Arlequina encontrasse um diamante, que contém a chave para toda a fortuna de um membro da máfia japonesa. Para conseguir colocar as mãos na pedra, Arlequina precisará usar de toda sua sabedoria, já que a joia foi parar nas mãos de uma garotinha muito esperta e de mão leve, que pode colocar tudo a perder. E, para complicar, Sionis colocou toda a escória de Gotham na cola de Arlequina e ela precisará também escapar destes vilões.

No filme também vamos conhecer Canário Negro, uma jovem com uma voz fatal que se torna a motorista oficial de Sionis após uma confusão causada por Arlequina. Tudo que ela quer é ficar na dela, mas é simplesmente impossível manter-se de fora quando o assunto é seu novo chefe. Já Rosie Perez é uma policial frustrada, que resolve inúmeros casos e sempre perde os créditos para os homens que trabalham com ela. A mulher possui um plano para finalmente acabar com o império de Sionis, mas ninguém confia nela. Como elas irão se sair quando se encontrarem?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

***

Após o fracasso de Esquadrão Suicida, minhas expectativas para Aves de Rapina estavam quase nulas. Sinceramente, este era um filme que eu nem pretendia assistir no cinema, muito menos na estreia. Contudo, após receber um convite irrecusável, fui conferir esta obra e devo confessar que me diverti muito, saindo da sessão completamente apaixonado por esse grupo girl power, que não se deixa abater por uma sociedade machista.

Aves de Rapina inicia com Arlequina contando ao público um pouco de sua trajetória com Coringa e tudo que aconteceu entre eles até seu fatídico término. A moça, num primeiro momento, não revelou a ninguém que o relacionamento havia acabado e curtiu excelentes histórias às custas da proteção de namorada do vilão mais temido de Gotham. Porém, ela precisava acordar para realidade e depois de uma noite de muita farra e bebedeira, estava na hora de Arlequina se emancipar e tornar-se a heroína – ou vilã – de sua própria história.

A atuação de Margot Robbie está impecável e certamente devemos aplaudir a atriz por todas as exigências que fez para este filme acontecer. Quando às referências ao filme anterior eram lançadas, ficava bem evidente o quanto as coisas mudaram de uma obra para a outra. A personagem Arlequina foi grosseiramente sexualizada em Esquadrão Suicida, mas em Aves de Rapina foi bem diferente. Os looks eram muito melhores e a personagem teve bastante destaque para suas atitudes, não para seus peitos. Amei demais ver isso na telona.

O único motivo para eu não ter dado 5 estrelas para o filme foi por ele tentar vender algo que não é. Sim, este é um filme sobre as Aves de Rapina, mas o grupo vai se juntar somente no terceiro ato da história, tal como num filme de origem de super herói. Elas tem um inimigo em comum e lutam MUITO para se sobressaírem a ele, mas isso não faz delas amigas como um dos trailers dá a entender.

Mas, por outro lado, é evidente que a película não se leva a sério e isso só a deixa mais interessante. Temos inúmeras referências ao Batman, por exemplo – incluindo a cena pós-créditos -, que são excelentes, mas que estão ali só pra fazer o público rir. As cenas de luta são bem pesadas, com ossos se partindo e sangue espirrando pra todo lado, mas Arlequina é uma personagem tão interessante que deixa tudo parecendo uma dança envolvente. Eu amava ver a personagem lutando.

As outras personagens também são muito bem desenvolvidas. Canário Negro foi uma das minhas favoritas. A atuação de Jurnee Smollett está impecável e fez eu me apaixonar pela personagem. Também gostei muito da Caçadora, interpretada por Mary Elizabeth Winstead. A moça viu toda sua família ser morta quando ainda era uma criança e cresceu treinando para se tornar letal e vingar-se de todos que lhe fizeram mal. Os toques sutis sobre a falta de convivência da moça com a sociedade eram simplesmente sensacionais.

Em suma, Aves de Rapina chega aos cinemas hoje para provar que sim, a DC ainda tem condições de se manter em alta no universo cinematográfico. Já estou ansioso por uma continuação e espero ver mais dessas heroínas no universo expandido da DC. Deixo aqui então minha recomendação a todos vocês.

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