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31/01/2019

Na Telona :: ‘A Sereia – Lago dos Mortos’

Seguindo a forma padrão de filmes desse gênero, A Sereia: Lago dos Mortos não traz nenhuma novidade no estilo de narrativa abordada pelos demais longas e cai em alguns clichês que evidenciam o desgaste do formato que precisa se reinventar.

Temos diversos exemplos de filmes com temáticas parecidas – ou até mesmo iguais – que conseguem extrair algo novo e surpreender o telespectador, que está cada vez mais saturado de narrativas previsíveis e sem o fator surpresa. É notório a queda da qualidade dos filmes do gênero suspense/terror, que apesar de alguns acertos nesses últimos anos, mantém uma saga de equívocos e desgaste das narrativas.

Em A Sereia: Lago dos Mortos somos apresentados a história do casal Roman (Efim Petrunin) e Marina (Viktoriya Glukhikh) que tem um relacionamento normal, até que uma sereia amaldiçoada se apaixona por Roman e a partir daí coisas sinistras começam a acontecer.

O primeiro problema do filme é a falta de personalidade dos protagonistas que não conseguem conduzir a trama como deveriam. O mesmo pode se dizer pelo elenco de apoio que não tem nenhum personagem marcante e ao menos, interessante.

Em diversos momentos eles são pegos em diversas conveniências de roteiro que deixa visível a falta de criatividade na hora de contar a história, que é clichê do gênero e não consegue apresentar nenhum traço de originalidade, apelando para jumpscare e outras formas de deixar o público assustado, elas até funcionam em alguns momentos específicos da trama, mas soam baratas e desproporcionais para a história, não tendo efetiva influência no andamento da trama.

A grande ameaça do filme é visualmente assustadora, sua caracterização é bem desenvolvida e gera aquela sensação de ameaça, mas a forma que ela entra em cena é totalmente anticlimática e previsível, se baseando em longas cenas de um suspense desinteressante, devido a uma história de origem mal desenvolvida, tendo como foco uma maldição que não gera uma nenhuma sensação de urgência e nem mesmo faz com que o público se importe ou simpatize com as questões que compõe a vida dos protagonistas.

O roteiro é bem apressado querendo logo partir para o que interessa, deixando de fazer uma maior construção dos personagens e até mesmo da grande ameaça do filme que não tem uma abordagem tão bem esclarecida, sendo mais trabalhada perto do fim da trama de uma forma extremamente preguiçosa.

Por fim podemos concluir que A Sereia vive à sombra de outras produções mal sucedidas do gênero, que visam mais fazer o público se assustar do que propriamente contar uma história que faça o mínimo de sentido e gere algum impacto no telespectador.

Serve como avaliação para os estúdios e produtores dos filmes dessa temática se preocuparem mais com diferentes aspectos de como contar uma história, invés de seguir o molde clichê dos filmes passados e implementar isso nas produções subsequentes.

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