E aí, pessoal! Tudo bem?
O ano é 2002. Christine McPherson tem 17 anos e está indo para o último ano do ensino médio. Essa é aquela fase de auto-descoberta e de escolhas. Por conta disso, ela mudou seu nome para Lady Bird e está em busca de uma faculdade que a aceite, de preferência o mais longe possível de Sacramento, o que deixa sua mãe aos nervos.
Contudo, sua família está passando por uma grave crise financeira e, se não melhorar suas notas e seu currículo, as chances de Lady Bird conseguir bolsa em uma universidade são quase nulas. Assim, ela e sua melhor amiga, Julie, resolvem se arriscar no teatro, onde o destino de Bird se cruza com o de Danny.
Somando o desejo de sair da cidade, os dilemas com a mãe, a busca por sua identidade e as questões de amizade, lealdade e primeiro amor, a vida de Lady Bird está cada vez mais agitada e a garota se vê diante de inúmeros impasses, que podem vir a definir todo o resto de sua vida.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!
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Quando soube do lançamento de Lady Bird, fiquei muito empolgado. Há anos acompanho a carreira de Saoirse Ronan e de uns tempos pra cá ela tem conquistado um enorme destaque em Hollywood. Quando as críticas começaram a sair e elas eram extremamente positivas, minhas expectativas só aumentaram. E só posso dizer que todas elas foram supridas.
Greta Gerwig construiu uma narrativa que muitos de vocês podem dizer já ter visto: a trajetória da menina saindo do ensino médio para enfrentar a vida adulta. Porém, a diretora – e roteirista – trata desse assunto com uma delicadeza e uma leveza que não encontramos em qualquer filme. Além disso, Greta deu um belíssimo enfoque feminino sem apelar para esteriótipos, o que foi maravilhoso.
Sobre as atuações, só posso elogiar. Cada ator deu seu melhor e fez com que a narrativa fluísse magicamente. Saoirse está fabulosa do começo ao fim. Ela conseguiu passar cada nuance da personalidade de Lady Bird e convencer o espectador. Outro enorme destaque foi Laurie Metcalf. A atriz, que interpreta a mãe da personagem título, consegue emocionar e nos fazer questionar diversas coisas em nossas vidas. Não à toa que ambas estão indicadas ao Oscar e eu ficaria muito feliz em vê-las premiadas.
Um dos pontos altos do filme é a relação entre Lady Bird e a mãe. Toda mãe deseja que seus filhos tenham vidas melhores, mas também querem protegê-los de tudo que há de ruim no mundo, o que nem sempre é possível. E todo adolescente acaba tendo uma fase rebelde, onde contesta cada ato de seus pais. No fundo, todos se amam, mas a relação sempre acaba estremecida. Greta deu um belo enfoque nisso e passou realidade, com seu toque sensível e emocionante. Foi difícil segurar as lágrimas em algumas cenas.
Em suma, Lady Bird – A Hora de Voar é um filme envolvente, profundo, emocionante e que gera uma grande identificação. Por conta disso, deixo aqui minha recomendação a todos vocês. E ainda sugiro que assistam com suas mães, vai ser uma experiência transformadora!