sobre livros e a vida

15/02/2018

Na Telona :: ‘Lady Bird – A Hora de Voar’ #67

E aí, pessoal! Tudo bem?

Na semana passada eu tive a oportunidade de participar de mais uma cabine de imprensa em parceria com a Espaço/Z aqui em Brasília. Vamos conferir o que eu achei?!

O ano é 2002. Christine McPherson tem 17 anos e está indo para o último ano do ensino médio. Essa é aquela fase de auto-descoberta e de escolhas. Por conta disso, ela mudou seu nome para Lady Bird e está em busca de uma faculdade que a aceite, de preferência o mais longe possível de Sacramento, o que deixa sua mãe aos nervos.

Contudo, sua família está passando por uma grave crise financeira e, se não melhorar suas notas e seu currículo, as chances de Lady Bird conseguir bolsa em uma universidade são quase nulas. Assim, ela e sua melhor amiga, Julie, resolvem se arriscar no teatro, onde o destino de Bird se cruza com o de Danny.

Somando o desejo de sair da cidade, os dilemas com a mãe, a busca por sua identidade e as questões de amizade, lealdade e primeiro amor, a vida de Lady Bird está cada vez mais agitada e a garota se vê diante de inúmeros impasses, que podem vir a definir todo o resto de sua vida.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir!

***

Quando soube do lançamento de Lady Bird, fiquei muito empolgado. Há anos acompanho a carreira de Saoirse Ronan e de uns tempos pra cá ela tem conquistado um enorme destaque em Hollywood. Quando as críticas começaram a sair e elas eram extremamente positivas, minhas expectativas só aumentaram. E só posso dizer que todas elas foram supridas.

Greta Gerwig construiu uma narrativa que muitos de vocês podem dizer já ter visto: a trajetória da menina saindo do ensino médio para enfrentar a vida adulta. Porém, a diretora – e roteirista – trata desse assunto com uma delicadeza e uma leveza que não encontramos em qualquer filme. Além disso, Greta deu um belíssimo enfoque feminino sem apelar para esteriótipos, o que foi maravilhoso.

Sobre as atuações, só posso elogiar. Cada ator deu seu melhor e fez com que a narrativa fluísse magicamente. Saoirse está fabulosa do começo ao fim. Ela conseguiu passar cada nuance da personalidade de Lady Bird e convencer o espectador. Outro enorme destaque foi Laurie Metcalf. A atriz, que interpreta a mãe da personagem título, consegue emocionar e nos fazer questionar diversas coisas em nossas vidas. Não à toa que ambas estão indicadas ao Oscar e eu ficaria muito feliz em vê-las premiadas.

Um dos pontos altos do filme é a relação entre Lady Bird e a mãe. Toda mãe deseja que seus filhos tenham vidas melhores, mas também querem protegê-los de tudo que há de ruim no mundo, o que nem sempre é possível. E todo adolescente acaba tendo uma fase rebelde, onde contesta cada ato de seus pais. No fundo, todos se amam, mas a relação sempre acaba estremecida. Greta deu um belo enfoque nisso e passou realidade, com seu toque sensível e emocionante. Foi difícil segurar as lágrimas em algumas cenas.

Em suma,  Lady Bird – A Hora de Voar é um filme envolvente, profundo, emocionante e que gera uma grande identificação. Por conta disso, deixo aqui  minha recomendação a todos vocês. E ainda sugiro que assistam com suas mães, vai ser uma experiência transformadora!

Até qualquer hora!

Comentários

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Ei, eu sou a Barb, tenho 27 anos, sou baiana, estudei Letras e compartilho conteúdo desde 2010 na internet. Por aqui, escrevo sobre tudo que faz meu coração bater mais forte.

Se inscreva no meu canal do youtube

Além do meu amor pela leitura e pelas histórias de romance, eu compartilho vlogs sobre a minha rotina e trabalho, mostrando como é a vida de uma baiana morando em Madrid, na Espanha.

Ei, inscritos no Telegram

Faça parte do nosso grupo aberto e gratuito no Telegram. Lá os inscritos recebem novidades, conteúdos exclusivos, além de um podcast semanal (em áudio) sobre o que se passa na mente da criadora de conteúdo.

Telegram

Quer receber minha newsletter?

Vamos conversar mais de pertinho? Enviamos conteúdos semanais sobre assuntos mais intimistas: reflexões sobre a vida e situações cotidianas.