Heeey, gente. Tudo bem??
Estou ensaiando escrever esse post há alguns meses. Desde que vi o documentário sobre a criação do mais recente álbum da Lady Gaga, que está disponível na Netflix, percebi que existiam pontos e tópicos que deveriam ser conversados e discutidos. Nunca fui muito fã da Gaga, sequer conheço a hsitória dela até chegar a fama. Escuto os hits que estouram na mídia e confesso, sei cantar todos, mas tem muita banda que eu nem sei o nome e ainda assim conheço várias músicas. Vida de assinante do Spotify!
Para mim o mais interessante desse documentário é apresentar a estrela como pessoa, sabe? A gente vê Lady Gaga saindo de um relacionamento, indo bem na sua carreira, mas enfrentando problemas na vida pessoal. Observar todo o processo criativo de um álbum que foi dedicado a um membro falecido de sua família foi, ao mesmo tempo, lindo e doloroso. No entanto, existem muitas outras coisas apontadas na linha narrativa e que valem a pena serem mencionadas.
Machismo –
Logo no começo do documentário a cantora conversa com um produtor sobre o quanto as mulheres da mídia são subjugadas por aqueles que estão por trás delas, e seriam as pessoas que deveriam protegê-la. No momento eu só pensei no caso de Ke$ha e seu então produtor. É incrível vislumbrar como, mesmo aparentando ter total controle de suas carreiras, muitas cantoras e atrizes não comandam seus trabalhos ou até a forma como irão se vestir. O machismo está impregnado em cantos que a gente sequer imagina e foi interessantíssimo ver uma pessoa tão influente falando abertamente sobre o tema.
Poder feminino –
Em contrapartida, Lady Gaga exalta loucamente o poder feminino e sobre como podemos mudar a sociedade quando estamos juntas. Sem papas na língua, a cantora fala sobre brigas com outras mulheres, mas não deixa de enaltecer suas personalidades e carreiras. É incrível observar como ela lida com o machismo dentro da indústria da música, sem deixar que seus trabalhos sofram mudanças para agradar a um público específico, especificamente em se tratando do apelo sexual feminino.
Relacionamentos –
Por ter acabado de sair de um relacionamento duradouro, este tema também foi pauta no decorrer do documentário da Gaga. Achei interessante ela levantar a bandeira de que é preciso estar bem consigo mesmo antes de entrar em um relacionamento e que se sentir que as coisas não estão indo bem, terminar também é uma opção. A gente sentia a tristeza dela com tudo o que estava acontecendo, a forma como ela estava se dedicando ao trabalho para ocupar a mente, mas ao mesmo tempo sentia a força que emanava dela para superara a situação e voltar a ser inteira. Querendo ou não, ao fim de um relacionamento, uma parte nossa vai com a pessoa.
Aparência –
Um dos focos maiores do documentário, no meu ponto de vista, é a forma como a aparência é retratada. Absorver a ideia de que a cantora está passando por uma fase difícil, mas devido a sua vida pública, ainda precisa se mostrar bem para o público em geral como foi como um choque de realidade. Para mim, uma das cenas mais impactantes foi quando ela, em meio a um ataque de pânico, durante as divulgações do seu álbum, precisou sair e fazer fotos com os fãs e para a imprensa, mesmo que não estivesse nada pronta para isso. É como ver o outro lado da moeda. Entender que definitivamente nem tudo são flores e a vida é ainda mais complexa do que se imagina.
Não podemos deixar passar em branco diversos dos ensinamentos de Lady Gaga durante a construção desse álbum. É um ano na vida da autora e mesmo sabendo que foi muito bem editado, dá para sentir uma proximidade com ela e com tudo o que a fama mundial impõe. Eu adorei, me senti mais humana e, me atrevo a dizer, mais próxima dela, compartilhando suas dores e medos. Indico muito, tenho certeza que vocês vão saber utilizar da melhor maneira possível os ensinamentos passados durante este documentário.
Agora me conta aí um documentário que você viu e acredita que todo mundo deveria ver. Vou ficar aguardando.