Oi, gente. Tudo bem?
Faz tempo que eu não apareço por aqui com críticas cinematográficas para vocês, né? Faculdade estava me matando lentamente e eu não tinha tempo pra ir nas cabines. Porém, nessa última segunda teve uma cabine imperdível e, já que estou de férias (com a graça de Jah), fui conferir o que rolou. Bora ver?!
Filme: Cidades de Papel
Título Original: Paper Towns
Diretor: Jake Schreier
Lançamento: 09 de julho de 2015
Duração: 1h49min
Distribuidora: Fox Filmes
Classificação: 12 anos
Sinopse: A história é centrada em Quentin Jacobsen (Nat Wolff) e sua enigmática vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman (Cara Delevingne). Ele nutre uma paixão platônica por ela. E não pensa duas vezes quando a menina invade seu quarto propondo que ele participe de um engenhoso plano de vingança. Mas, depois da noite de aventura, Margo desaparece – não sem deixar pistas sobre o seu paradeiro.
Quentin Jacobsen, o Q, sempre acreditou que tinha muita sorte, principalmente quando a enigmática Margo Roth Spiegelman muda-se para a casa em frente a sua. Por terem idades próximas e serem vizinhos, Q e Margo logo se aproximam e uma amizade nasce entre eles, que se tornam inseparáveis companheiros de aventuras.
O problema é que enquanto Margo é solta e livre e sai escondida em busca de desafios, Q é mais travado e prefere não sair de casa para não se encrencar. Isso acaba criando um afastamento natural entre os dois e agora, no último ano do ensino médio, eles já não se falam mais.
Entretanto, tudo muda quando Margo entra pela janela do quarto de Quentin no meio da noite. Ela tem nove missões a cumprir e pede que Q, seu antigo parceiro no crime, a ajude. Ele, que ainda nutre uma paixão pela vizinha, a princípio hesita, mas acaba se rendendo ao pedido de Margo e se aventura pela noite com a garota.
Q acredita, que após essa noite diferente, regada à diversão e uma reaproximação com Margo, tudo será diferente no dia seguinte na escola. Entretanto, Margo não aparece, nem nos próximos dias e é dada como desaparecida. Seus pais dizem que estão acostumados com os sumiços repentinos da filha e que uma hora ela deve voltar.
Margo, quando some, sempre deixa pistas de onde está e dessa vez Q acha que as pistas deixadas são para ele encontrá-la, onde quer que esteja. Ao lado de seus amigos, Ben, Radar e a namorada Angela e Lacey, melhor amiga de Margo, Q junta as pistas e parte em uma divertida road trip em busca do amor de sua vida.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de assistir.
Quando recebi o convite para a cabine, não hesitei em confirmar presença. Não sou muito fã de John Green, cuja obra originou a adaptação, e não li o livro. Só que por ter assistido A Culpa é das Estrelas e ter achado o filme muito melhor que o livro, tinha esperanças de que Cidades de Papel seria um filme interessante. Não fui com altas expectativas e fui recebido com uma excelente trama que me arrancou muitas risadas.
O filme é excelente. Logo no começo é possível criar uma conexão com a história e se prender à narrativa, de forma que você se diverte e nem percebe suas quase duas horas de duração passando. Por não ter lido o livro, não sabia o que esperar e a trama apresentada a mim foi mais divertida do que eu poderia imaginar. Não é um filme de comédia, mas há tempos eu não ria tanto assim assistindo a uma película.
Tive meus receios com o anúncio de Cara Delevigne para o papel principal. Nunca tinha ouvido falar da existência dela e eu sempre prezo uma boa atuação. Claro que não queria algo digno de Oscar, mas o mínimo era dar uma voz decente a uma personagem tão polêmica quanto Margo. E confesso que precisei tirar o chapéu para Cara. Achei que ela soube fazer o que foi pedido e fez muito bem. Cada nuance da personagem foi bem tratado e desenvolvido, além de ela estar linda no filme.
Quanto ao Nat Wolff, adorei sua interpretação também. Q é um garoto certinho, com ar de bom moço e Nat tem exatamente esse perfil. Sua desenvoltura em cena com os outros atores tornou tudo mais real e sua química com Delevigne estava espetacular.
Porém, achei que um personagem coadjuvante roubou a cena, mesmo feito realizado por Nat quando interpretou Isaac lá em A Culpa é das Estrelas. O atrapalhado Ben, interpretado por Austin Abrams, se destacou com suas aventuras de conquista, suas piadas e seu jeito nerd. Ele foi o responsável pela maioria das cenas descontraídas e engraçadas do longa.
Cidades de Papel é aquele filme que aborda a passagem da adolescência pra vida adulta, expressa aquela passagem entre o agora e o depois, típico dessa idade. Eu vivi esse momento há pouco tempo e posso dizer que me identifiquei bastante com o modo como foi abordado isso no filme.
Em suma, o longa é excelente e deve ser assistido por todos. Saí da sessão encarando a vida de outra maneira, pensando nas inúmeras possibilidades e no que está por vir, mas sem deixar de lado a importância de viver o agora.
Beijos e até a próxima!