sobre livros e a vida

18/09/2014

Na Telona :: ‘Maze Runner – Correr ou Morrer’ #12

Oi, gente. Tudo bem?

Setembro é o mês das adaptações literárias e hoje vim contar para vocês de uma que chegou às telonas hoje e a qual assisti na última segunda-feira em uma cabine de imprensa. Vamos conferir?!

Filme: Maze Runner – Correr ou Morrer
Título Original: Maze Runner
Diretor: Wes Ball
Lançamento: 18 de setembro de 2014
Duração: 1h53min
Distribuidora: Fox Filmes
Classificação: 14 anos
Sinopse: Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos que o acolhem e o apresentam à Clareira, um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali, nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém, um fato altera de forma radical a rotina do lugar – chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina, mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr, correr muito.

Thomas acorda em uma caixa de metal que sobe rumo a um destino desconhecido. Ele está cercado por suprimentos, mas não se lembra de como chegou ali, quem é ou o que deve fazer. Nada. Apenas um grande vazio. Quando as portas se abrem, Thomas depara-se com dezenas de garotos, de diferentes idades e portes, lhe encarando. Assustado, ele tenta fugir mas descobre que o local está cercado por altos muros de pedra. 
O garoto logo descobre que o local em que está é chamado de Clareira, um lugar habitado apenas por garotos que dividem as tarefas rotineiras entre si. O curioso é que todos chegaram ali na mesma condição de Thomas, sem lembrança nenhuma de seus passados, apenas seus nomes. Alby, o líder, conta que vivem ali há mais de três anos e nunca conseguiram escapar.

Alby também conta a Thomas que do lado de fora dos muros, que se abrem pela manhã e se fecham ao pôr-do-sol, existe um labirinto, habitado por criaturas malignas, os Verdugos. Todos os dias um grupo de garotos, denominados Corredores, vai até o labirinto na tentativa de mapeá-lo e encontrar uma saída, mas nunca encontraram nada. Logo Thomas se vê interessado nesse mistério, mas todos lhe dizem para esquecer. Se eles em três anos não encontraram nada, o que um novato como ele poderia fazer?
Aos poucos nosso protagonista vai entrando no ritmo da Clareira e conhece seu funcionamento. Todo mês a caixa de metal sobe trazendo os suprimentos que os jovens necessitam e junto vem um novato. Sempre foi assim. Thomas sofre um pouco por ser o mais recente e recebe o apoio de Chuck, o garoto que chegou antes dele, que sabe como é ser sempre um alvo.
Todos se surpreendem quando um dos garotos, Ben, é picado por um Verdugo durante o dia, algo que nunca aconteceu. O veneno dos Verdugos faz com que quem é picado passe pela Transformação. Ben fica fora de si e acusa Thomas de ter causado tudo aquilo à eles e tenta matá-lo, mas é impedido pelos outros Clareanos e banido para fora dos muros.

Determinado a descobrir como Ben foi picado, Alby entra no labirinto junto com Minho, chefe dos Corredores, em busca de respostas. Porém, era quase pôr-do-sol e não havia sinal dos dois. Quando os muros começam a se fechar, Thomas avista Minho carregando um Alby ferido e, ao ver que os dois não conseguirão chegar a tempo, entra no labirinto segundos antes deste se fechar.
Minho diz a Thomas que ninguém sobreviveu a uma noite no labirinto e que este se transforma durante a noite. Os dois se unem para proteger Alby e tentar escapar dos Verdugos e têm êxito em sua tarefa. Com Alby ainda inconsciente, Newt assume o comando dos Clareanos. Gally, um dos garotos mais velhos, faz de tudo para punir Thomas, mas o fato de o garoto ter quebrado as regras não lhe garante uma punição e sim o título de Corredor.
As coisas começam a mudar quando a Caixa chega outra vez, poucos dias após a chegada de Thomas. Dentro dela não há suprimento, apenas uma garota. Em sua mão há um bilhete dizendo que ela é a última de todos. Isso causa um grande alarde entre os Clareanos, que não sabem o que esperar após esta mensagem.

Teresa chega desmaiada à Clareira, mas em um momento de consciência parece reconhecer Thomas, o que deixa os outros cheios de dúvidas, inclusive o próprio Thomas. Todos querem respostas, mas Teresa encontra-se em um sono profundo e nada nem ninguém consegue acordá-la. Quando acorda, Teresa só confirma o que todos já esperavam: ela também não se lembra de nada.
A Clareira vira de cabeça para baixo quando, numa certa noite, os muros não se fecham, deixando seus habitantes à mercê dos terríveis Verdugos. Thomas constata que isso é uma pressão de quem quer que seja o criador do Labirinto para que todos escapem logo ou morram tentando e fará de tudo para descobrir como tirar seus novos amigos e a si mesmo dali.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler.
Eu ganhei o livro Correr ou Morrer de presente de Natal de uma amiga em 2012. Não sabia o que esperar do enredo, então me joguei na leitura sem expectativa nenhuma. Porém, o livro me arrebatou de tal forma que o li em poucas horas e já corri para comprar o segundo volume, querendo saber o que aconteceria.

Quando a FOX anunciou que havia comprado os direitos de filmagem do livro, fiquei bem decepcionado. Meu sonho era ver Maze Runner nas telonas, mas após o fracasso de Percy Jackson e Eragon, a produtora não estava com muitos créditos comigo. A fase de pré-produção demorou a começar, mas logo que o roteiro foi finalizado e começaram a anunciar os atores mudei totalmente de opinião. A partir dali eu tive certeza que o filme seria ótimo. Foi? Sim. Fiel ao livro? NÃO MESMO.
Vocês devem ter estranhado que lá no começo há duas classificações, certo? Então, não foi um erro. Eu sei separar filme do livro e por isso resolvi escrever a crítica do filme e depois falar dele como adaptação… se é que se pode chamar de adaptação.
Os roteiristas conseguiram captar a essência da obra de James Dashner e transformá-la em um longa-metragem. O único porém é que mudaram MUITAS coisas, algumas aceitáveis, outras nem tanto. Em certos momentos, quem não leu o livro pode se perder ou simplesmente não captar uma emoção ou uma relação que é de suma importância no livro.

Algo que preciso elogiar é a atuação dos atores. Além de todos serem incrivelmente fisicamente próximos dos personagens que eu havia imaginado, quase todos eles deram um show de interpretação. Dylan O’Brien, o Thomas, conseguiu incorporar o personagem e captar sua essência com perfeição. Ele conseguiu se tornar o Thomas dos livros e isso é um feito e tanto. Kaya Scodelario, a Teresa, levou nas costas a responsabilidade de ser a única garota do elenco e, mesmo com pouco destaque, conseguiu mostrar a que veio. 
Thomas Brodie-Sangster, o Newt, também conseguiu apresentar todas as características de seu personagem e posso dizer que amei sua interpretação. Newt é meu personagem favorito e Thomas conseguiu fazê-lo real. Blake Cooper, o Chuck, consegue ser ainda mais fofo que o personagem. Sua participação também não tem muito destaque, mas Blake conseguiu nos emocionar, nos fazer rir e nos entreter durante suas aparições. Amei demais.
Quem não me convenceu foi Will Poultier, o Gally. Não consegui senti-lo como o vilão que Gally é até o fim do filme, naquela cena terrível que me fez chorar horrores. Esperava muito mais de Will, que já é um ator experiente. Ki Hong Lee, o Minho, ficou completamente apagado e apático. Minho é um dos personagens com mais carisma no livro e Lee não teve êxito em interpretá-lo.

Os efeitos especiais estão incríveis. Adorei a construção do labirinto, mas nada superou os Verdugos. Desde que li o primeiro livro fiquei tentando imaginar uma criatura que se encaixasse na descrição do autor, mas nunca consegui tal façanha. Os técnicos de efeitos (isso existe?) conseguiram criar um ser com a incrível capacidade de assustar qualquer um. Jogada espetacular.
Para aqueles que não leram o livro e ficam na expectativa do que vai acontecer, a experiência do filme foi muito mais agradável. Aquela tensão os prendia no enredo e, mesmo sem entender alguns acontecimentos, o espectador continuava interessado. Maze Runner é um filme ótimo, se fosse fiel ao livro seria ainda mais incrível. Como obra única eu amei, como adaptação eu odiei.
A partir daqui terão spoilers. Se não quiserem saber, parem de ler imediatamente.
Como disse anteriormente, algumas alterações feitas foram aceitáveis, outras nem tanto. A primeira mudança que me irritou profundamente foi a chegada de Teresa. No livro ela escreveu em seu braço a sentença “CRUEL é bom” que é crucial para o desenvolvimento da narrativa e no filme não tivemos isso. Falando em não ter, não existe a comunicação por pensamento entre Thomas e Teresa. Alteraram a cena da morte de Alby e a amizade de Thomas com Minho e Newt não fica tão evidente.

O final também foi alterado. Mataram um personagem que é peça fundamental no terceiro livro e já inseriram a Chanceler Ava Paige na história. O motivo do mundo ter acabado foi levemente pincelado, assim como os Cranks. Depois dos Verdugos, os Cranks eram o que eu mais queria ver no filme e se tivesse piscado teria perdido sua enorme aparição.
Se você não leu o livro, mas tem vontade, assista o filme e depois corra para ler o livro. Se não tem vontade, assista o filme e divirta-se. Agora se você, como eu, leu o livro e costuma odiar adaptações, passe longe do cinema. Eu relevo muita coisa, mas Maze Runner foi um filme que estragaram e entrou para meu Top 5 piores adaptações. Mas lembrem-se sempre: é um excelente filme, mas uma péssima adaptação. Ah, CRUEL é bom! :3

TRAILER

BEIJOS E ATÉ A PRÓXIMA!
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