Desde que se conheceram na faculdade de Medicina, Victor Vale e Eliot Cardale se tornaram inseparáveis. Ambos são brilhantes e ambiciosos, com uma sede insaciável por conhecimento, e por isso existe certa rivalidade entre eles, sobre quem é o melhor.
Esta questão ficou ainda mais proeminente quando o último ano de faculdade chegou e, com ele, os projetos finais. Victor e Eli descobriram que a existência dos EOs, seres com capacidades sobre-humanas, pode estar diretamente ligada a experiências de quase morte e com essa teoria os jovens decidem aplicar neles mesmos uma tentativa.
O primeiro a testar é Victor, mas as coisas não saem como planejado e sua chance é passada. Mas quando o procedimento funciona em Eli, dando-lhe habilidade de regeneração, a inveja assola Victor, que decide tentar mais uma vez, agora sem o apoio do melhor amigo.
É claro que não seria tão fácil e um trágico acidente muda a vida de Victor para sempre. Ele consegue sim adquirir uma habilidade, agora ele pode controlar a dor dele e dos outros, mas alguém morre no processo, levando o jovem estudante para uma prisão de segurança máxima, depois de ser denunciado por Eli.
Dez anos depois, Victor consegue escapar da cadeia com a ajuda de seu parceiro de cela, Mitch, e tudo que mais deseja é vingar-se de Eli, seu ex-melhor amigo. Durante o tempo que Victor ficou aprisionado, Eli assumiu o sobrenome Ever e passou a caçar EOs, acreditando que sua aniquilação era um desejo de Deus por eles não serem criaturas naturais.
Agora, será que Victor conseguirá impedir os planos de Eli e ter finalmente sua vingança? E nessa história, quem é o herói e quem é o vilão?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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Quem me conhece sabe que eu sou completamente apaixonado pelas histórias de Victoria Schwab, sendo ela uma das minhas autoras favoritas. Então, sempre que um lançamento dela é anunciado eu surto e corro para ler. Por algum motivo, Vilão chegou às livrarias e eu não o li imediatamente, tendo a chance só agora… e me arrependo de não ter lido antes.
Vilão é narrado em terceira pessoa, alternando o tempo passado e presente, até os mesmos se interligarem. Através dessa narrativa, é possível acompanhar o início do sonho de Victor e Eli e como tudo deu certo – ou errado – no final. Acho que essa escolha de Schwab foi certeira, pois deixou o texto dinâmico e fluido.
Os personagens foram muito bem caracterizados e cada um deles tem importância na história. O que mais gostei nesse livro é que não há ninguém totalmente bom, nem totalmente mau. Todos estão naquela linha tênue entre heróis e vilões, tudo depende da perspectiva. Isso só tornou os personagens mais humanos e reais.
Particularmente, eu confesso que sou #TeamVictor desde o início, mas sei que o personagem não está certo com seu propósito. Ele é um tanto egoísta e arrogante, mas ao contrário de Eli ele assume seus defeitos e tenta, pelos meios não mais politicamente corretos, chegar a um final satisfatório a todos.
O final foi excitante até a última página. Conforme o clímax foi se anunciando, Schwab foi me deixando angustiado. Cada final de capítulo era uma incerteza e eu me vi torcendo, roendo as unhas e até mesmo chorando com certas cenas. O livro todo foi um misto de emoções e valeu cada minuto de leitura.
Vilão é um livro envolvente, bem escrito e mais um excelente trabalho de Victoria Schwab. Já estou contando os segundos para ter a continuação, Vingança, em mãos para saber o que vai acontecer com estes personagens tão fantásticos. Deixo aqui então minha recomendação a todos, porque realmente vale a pena!