A história se inicia quatro meses após os acontecimentos de Um Tom Mais Escuro de Magia. Delilah Bard juntou-se ao capitão Alucard Emery e tornou-se uma corsário, realizando seu sonho de navegar pelos mares. Além disso, a jovem garota da Londres Cinza descobriu uma aptidão para magia e está cada vez mais dominando seus elementos.
Enquanto isso, no castelo, Kell está lidando com as consequências de seus atos. O rei e a rainha perderam completamente a confiança nele enquanto Rhy ainda se culpa pelo laço de vida que os une. Agora, a única forma de Rhy morrer é matando Kell, e isso faz com que o Antari deixe sua vida de lado, para não correr o risco de ferir o irmão por acidente.
Esse ano, Arnes vai sediar a nova edição do Essen Tasch – Os Jogos Elementais. Trinta e seis competidores tanto de Arnes quanto dos reinos vizinhos, Vesk e Faro, lutam entre si e o vencedor ganha um prêmio fantástico. Quem está organizando o torneio é Rhy e ele vê nos Jogos a chance de Kell extravasar seus poderes, desde que disfarçado.
O capitão Emery vai participar dos jogos também e quando Delilah fica sabendo dessa competição, decide que também precisa entrar. Mas será que ela vai conseguir? E, retornando para a Londres Vermelha, como será seu reencontro com Kell?
Enquanto isso, na Londres Branca, um mal está retornando aos poucos. Um inimigo do passado de Kell está se reerguendo e com planos que ameaçam não só o Antari, mas também o destino de todas as Londres. Será que Kell conseguirá detê-lo sem ferir seu irmão?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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Um Tom Mais Escuro de Magia foi uma das minhas melhores leituras de 2017 e eu estava extremamente empolgado por sua continuação. Então, quando surgiu a oportunidade de lê-lo, não hesitei em passá-lo na frente de toda a lista de leituras. Contudo, o livro não foi bem o que eu esperava, mas mesmo assim não deixa de ser bom.
Um Encontro de Sombras segue a narrativa do livro anterior, alternando em terceira pessoa as perspectivas de Kell e Lila, além de acrescentar um personagem. As primeiras cem páginas foram bem morosas e eu fiquei me perguntando qual o objetivo de V. E. Schwab em iniciar essa continuação de forma tão lenta, comparando-se com o final do livro anterior.
A verdade é que esse segundo volume não é bem uma continuação direta de UTMEDM. Aqui temos o foco no Essen Tasch, enquanto aguardamos o clímax se desenvolver, para então ser trabalhado e finalizado no último volume da trilogia. E vou confessar que amei essa experiência.
Com esse estilo de narrativa, Schwab teve a chance de desenvolver melhor os personagens e suas características mais marcantes. Comparando-os com o primeiro livro, temos protagonistas mais maduros e experientes. Isso fica bastante evidente em Delilah e Rhy, que com certeza roubaram a cena neste segundo volume e mostraram ser tão protagonistas quanto Kell.
O final foi eletrizante. As últimas 100 páginas foram lidas por mim com uma avidez que há tempos não encontrava em uma trama. Conforme a autora foi construindo o desfecho e fui percebendo para onde as coisas se encaminhariam, meu queixo caiu e ficou assim até eu virar a última página. Não o bastante, Schwab finalizou a obra com um cliffhanger daqueles, que me deixou extremamente ansioso pelo último livro, que deve ser lançado este ano pela Record.
Um Encontro de Sombras é uma obra sensacional que apesar de ser considerada por muitos inferior ao seu predecessor, tem seus grandes méritos e me arrebatou de um jeito excepcional. Sendo assim, deixo aqui minha recomendação a todos. E que Victoria Schwab domine o mundo logo!