Depois do sucesso da trilogia Povo do Ar, eu estava muito empolgado por essa nova história de Holly Black. Por se tratar de um livro mais antigo, que a Galera está relançando aqui no Brasil, tentei manter minhas expectativas baixas.
Tithe conta a história de Kaye, uma garota que não teve uma infância normal. Sua mãe fez parte de várias bandas e a menina nunca frequentou a escola ou criou raizes em lugar nenhum.
Contudo, depois que a mãe quase morre numa confusão, Kaye se vê obrigada a morar com a avó, na casa onde viveu quando era criança. Nessa época, Kaye tinha amigos que todos julgavam serem imaginários, mas que ela sabia serem fadas. Ao retornar, a garota tenta a todo custo encontrá-los, mas eles não aparecem.
Tudo muda quando Roiben surge em seu caminho. Ele é um importante cavaleiro feérico e sua aproximação de Kaye chama atenção das outras fadas. Não demora muito para a menina descobrir que existe um segredo sobre sua própria existência e que ela é parte de um plano maior de independência das fadas.
Agora, Kaye precisará de toda sua esperteza se quiser sair de toda essa história com vida.
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A escrita de Holly Black é muito envolvente. Ela consegue prender o leitor desde a primeira página e torna suas histórias impossíveis de se largar. Porém, dessa vez foi um pouco complicado.
Eu simplesmente não consegui criar conexão com os personagens, o que criou um certo distanciamento da obra. Kaye me soou muito imatura em momentos importantes da trama. Além disso, só um personagem, Corny, me cativou a ponto de eu querer saber mais sobre ele.
O livro tem bastante ação, mas acho que Black pecou um pouco ao desenvolver estas cenas. Uma personagem importante morre e parece que não fez diferença nenhuma na história.
Em resumo, Tithe está bem aquém de O Príncipe Cruel, mas estou curioso para ler os outros livros desta trilogia, que devem ser lançados ainda este ano.