sobre livros e a vida

31/03/2015

Tá Na Estante :: ‘Síndrome Psíquica Grave’ #380

Oi, gente. Tudo bem?

Olha eu aqui com mais uma resenha para vocês. O escolhido de hoje é um lançamento recente da Galera Record que me fez dar altas risadas. Vamos conferir?!

Livro: Síndrome Psíquica Grave
Autora: Alicia Thompson
Tradução: Fabiana Colasanti
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Sinopse: A Paciente, Leigh Nolan (essa sou eu), começou seu primeiro ano na Universidade de Stiles. Ela decidiu se formar em psicologia (apesar de seus pais preferirem que ela estudasse tarô, não Manchas de Rorschach). A Paciente tem a tendência a analisar demais as coisas, especialmente quando isso envolve o sexo oposto. Exemplo: por que Andrew, seu namorado de mais de um ano, nunca a convida para passar a noite com ele e dar o próximo passo no relacionamento — leia-se transar? E por que ela passou a ter sonhos eróticos com Nathan, o colega de quarto de Andrew que tanto a odeia? Fatos agravantes incluem: outros alunos de psicologia supercompetitivos, uma professora que precisa urgentemente de análise e uma colegial que acha que a Paciente é, em uma palavra, ingênua. Diagnóstico? Síndrome psíquica grave: uma aflição na qual uma aluna de psicologia, sobrecarregada por condições, efeitos e desordens, começa a analisar exageradamente a própria vida.

Leigh Nolan é uma jovem de 18 anos que acaba de iniciar seu primeiro semestre na Universidade de Stiles. Contra tudo que seus pais desejavam (eles são donos de uma pousada exotérica em uma cidadezinha do Arizona) ela decidiu graduar-se em Psicologia.
Stiles é uma universidade pequena, mas ainda assim aconchegante. O único problema é que lá todos (leia-se TODOS) parecem estar preocupados já com a pós-graduação. Quer dizer, todos exceto Leigh. Ela está recém começando a faculdade e tem anos de estudo pela frente. Por que se preocupar com algo que está tão longe? Sua única preocupação é passar em Introdução à Psicologia (única disciplina específica que pode cursar). Ah, também tem seu namorado, que parece não estar nem aí pra ela.
Andrew, namorado de Leigh desde o ensino médio, também estuda em Stiles, cursando Filosofia. Imaginem, dois namorados na mesma faculdade. Isso é sinônimo de muito tempo juntos e agarração a todo instante. Certo? Não. Ao menos não para Leigh e Andrew. Enquanto ela é toda espevitada, ele é centrado demais e como está cursando seis (SEIS) disciplinas no semestre, quase nunca tem tempo para a namorada, além de não parecer ter interesse em avançar no relacionamento, algo que Leigh espera desde a formatura.
O colega de quarto de Andrew, Nathan, o irresistível estudante de Matemática, parece odiá-la, mas isso deve ser normal dos colegas de quarto, já que sua própria companheira, a doce e sincera Ami, também parece odiar seu namorado. Falando em odiar, Leigh tem uma grande rival em sua turma de Introdução à Psicologia . Ellen é aquele tipo de pessoa que quer estar sempre por cima e não mede esforços para ver os outros, principalmente Leigh, se darem mal.
Uma das professoras de Leigh, achando que ela está um pouco alheia à sua monografia (really, queen?) lhe inscreve em um programa de orientação numa escola da região, onde Leigh deverá auxiliar meninas com as coisas da vida, tais como falar sobre gravidez na adolescência e outros assuntos do tipo. Como se a vida de Leigh fosse um mar de rosas.

Eu não podia acreditar que não havia pensado nessa questão. Ah, é mesmo. Eu tinha SEIS semestres inteiros antes de ter que decidir o assunto da monografia, que dirá conduzir o estudo.

Logo no primeiro dia de orientação Leigh já desperta a antipatia da organizadora do programa, além de ter uma rixa com uma das orientadas. Rebekah faz de tudo para menosprezar Leigh e fazê-la parecer idiota… quer dizer, mais idiota que o normal. Justo na frente de Ellen, que também é orientadora e sempre encara Leigh com seu sorriso cínico. 
Leigh tem uma pequena ‘mania’ de se auto-analisar, além de fazer o mesmo com todos ao seu redor. Isso é um grande problema para seus relacionamentos e para si mesma, que tende a ter inúmeros complexos. Leigh não é uma garota normal, ela é completamente pirada e seu caso de Síndrome Psíquica Grave está recém começando.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
Quando os lançamentos do mês da Galera Record foram divulgados, logo de cara esse livro me chamou atenção. Porém, Barb disse que queria e eu solicitei pra ela. Como o livro demorou um bocado a chegar e eu precisava entregar a resenha, tratei de ler antes de mandar e foi a melhor coisa que eu podia ter feito.

O livro é praticamente um chick-lit, mas os personagens encontram-se na adolescência e cursando a faculdade. Alicia Thompson criou uma história divertidíssima, onde você precisa se controlar pra não rir feito uma hiena quando está em público. A cada virar de páginas uma situação extremamente maluca é apresentada e você fica extremamente curioso para saber como Leigh sairá dela.

Falando em Leigh, a protagonista é incrível. O livro é narrado em primeira pessoa, sob seu ponto de vista, e isso torna tudo ainda mais divertido. O mais incrível é que super me identifiquei com a personagem e com suas neuroses. Cada coisa que acontecia com Leigh parecia que estava acontecendo comigo e isso foi ao mesmo tempo assustador e cômico.

Todos os personagens foram muito bem construídos, mas senti que a autora não tinha muito conteúdo para desenvolvê-los. Andrew em sua primeira aparição já despertou minha antipatia e conforme avançava, mais percebia o quão babaca ele era. Ami é uma amiga leal e sempre deu apoio para Leigh, sabendo dizer o que a garota precisava ouvir, nem sempre sendo isso o que ela queria ouvir.

E Nathan… faz tempo que não encontro um personagem masculino que goste de verdade. Nathan foi me conquistando aos poucos, mas a cada virar de páginas, a cada nova atitude dele para com Leigh, ficou impossível não gostar dele.

O livro tem uma boa pitada de romance, mas não acho que este seja o foco principal da história. Está mais no processo de amadurecimento de Leigh e no quanto sua vida mudou e mudará. Porém, temos uma boa dose de sentimentos expostos e cenas de tirar o fôlego. Mais um ponto para Alicia.

O final ficou um pouco corrido e algumas atitudes de Leigh não me deixaram dar cinco estrelas pro livro. Quando tudo estava se encaminhando, a protagonista conseguiu estragar tudo e me causar uma enorme revolta, somada à uma vontade de dar uns bons tapas nela. Sério, seu final feliz estava a um passo de distância e ela recuou. RAIVA!

A Galera Record fez um trabalho sensacional com o livro. A capa é linda e super agrega valor à estante (Barb, acho que o livro não vai chegar aí, não). A tradução está ótima e isso é possível notar devido às inúmeras referências à cultura pop americana que constam no livro e Fabiana conseguiu adequar ao nosso idioma. A revisão deixou um pouco a desejar, mas nada muito gritante.

Síndrome Psíquica Grave foi uma excelente surpresa e já quero mais livros da autora. Há tempos que não me divirto tanto com um livro. Eu com certeza recomendo para vocês.

Beijos e até a próxima!

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