sobre livros e a vida

08/12/2014

Tá Na Estante :: ‘Os últimos preparativos’ #342

Hey people! 

Olha eu aqui novamente com uma resenha fresquinha para vocês. Alguém arrisca um palpite de qual é o livro de hoje? Se alguém disse Os Últimos Preparativos da Maggie Shipstead, acertou em cheio. Preparados? 

Livro: Os Últimos Preparativos
Autora: Maggie Shipstead
Editora: Record
Páginas: 336
Sinopse: É o fim de semana do casamento de Daphne. Winn Van Meter, seu pai, segue em direção à ilha de Waskeke, onde acontecerá o evento. No carro, leva o vestido da filha e questões que atormentam seus pensamentos. Agatha, amiga de Daphne, faz com que ele cogite pela primeira vez ser infiel, e Van Meter tem certeza de que sua não entrada no Pequod, o clube de golfe da ilha, é culpa de seu antigo e suposto rival Jack Fenn. Enquanto isso, Livia, a filha mais nova de Winn, acabou de sair de um relacionamento traumático, mas no fundo acredita que vai dar a volta por cima. Porém, na busca de algo que a ajude suportar a perda, pode encontrar problemas ainda maiores. Assim é montado um divertido espetáculo regado a gins-tônicas, desejos reprimidos e uma baleia encalhada. O livro teve os direitos vendidos para uma adaptação para o cinema por Sofia Coppola, diretora do filme Maria Antonieta. O livro recebeu o Dylan Thomas Prize e The Art Seidenbaum Award for First Fiction, do LA Times. Best-seller do New York Times. Uma comédia de costumes mordaz e extremamente inteligente. The Guardian.

Os Últimos Preparativos é um exemplo perfeito daquele tipo de livro que você escolhe pela capa, achando que vai ser legal, e se arrepende profundamente depois. 
O livro gira em torno de Winn Van Meter, um pai de família estremamente elitista e conservador que está se preparando para o casamento de sua filha mais nova, Daphne. O casamento acontecerá na ilha particular da familia, Waskeke. 
Alguns dos convidados mais próximos da família se hospedam na casa de campo deles, para facilitar toda a arrumação para a festa. Mas – como é de se esperar quando um grande número de pessoas se reunem – paz e tranquilidade não é algo que se faça presente nesse fim de semana. 
A narrativa construída por Maggie é estremamente psicológica, cheia de pensamentos dos personagens e reflexões sobre a vida dos mesmos. Winn, por exemplo, não consegue aceitar o fato de sua filha estar casando grávida. Ainda por cima, está se sentindo tentado a trair sua esposa com Agatha, a melhor amiga de Daphne. 
Livia – a filha mais velha – está passando por um fim de relacionamento extremamente dramático e traumatizante. Por esse motivo, ela se leva a ações extremas na tentativa falha de provar a si mesma que irá superar o término. 
Ao meu ver, Liv é a mais humana dentre o hall de personagens criados por Maggie. Ela não tenta ser desesperadamente perfeita e tem suas paranoias, como toda mulher têm. 
Quando li a sinopse desse livro, imaginei que encontraria uma comédia gostosinha de se ler. Na verdade, esperava algo bem parecido com o filme O Casamento do Ano (se você ainda não assistiu, assista!). Mas o que eu encontrei foi exatamente o oposto. 
A escrita da Maggie é majestosa, até ousaria dizer impecável. Quando tratamos de um enredo desenvolvido unicamente com base nos pensamentos dos personagens, temos que tomar o máximo cuidado para que não sobrem pontas soltas. Maggie fez isso com uma maestria diva e eu decididamente tiro o chapéu por isso. 
Mas o fato da escrita da autora ser excelente não foi o suficiente para relevar o meu desconforto com a história. Embora a escrita seja boa, eu achei a história bem maçante. É o tipo de livro que você não consegue levar pra frente, por mais que queira. 
Os personagens, com exceção de Liv, são superficiais e frívolos. Acompanhamos em primeira mão seus pensamentos mesquinhos e podemos perceber o quanto dão importância a assuntos banais e desinteressantes. Acho que isso acabou contribuindo para o meu ritmo extremamente lento de leitura nesse livro. 
Para mim o ponto alto do livro foi o encalhamento da tal baleia. Foi o único motivo que consegui realmente achar engraçado. De resto, é drama para todo lado. Drama demais. Como eu estava esperando uma leitura leve e engraçada, ser estapeada na cara com tanto drama foi algo realmente chato. 
No meu gosto pessoal, não é um livro que eu leria novamente. A primeira vez já foi extremamente desgastante para mim. No entanto, há um certo tipo de leitor que pode realmente gostar da narrativa e aproveitá-la muito mais do que eu fiz. 
Se você é o tipo de pessoa que curte dramas psicológicos e personagens frios, corra já para a livraria mais próxima e garanta o seu exemplar. Caso contrário: passe longe. 
Mas chega de fazer vocês lerem minhas reclamações e queixas. Vou me despedindo por hoje e, como sempre, os deixo com uma pequena (bem pequena mesmo) citação do livro. Espero não tê-los cansado muito. 
A juventude é a melhor desculpa que você jamais vai ter. 
Beijinhos e até a próxima! 
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