sobre livros e a vida

07/07/2019

Tá Na Estante :: ‘A Herdeira da Morte’

Twylla tem 17 anos e é a própria Daunem Encarnada – um tipo de justiceira escolhida pelos deuses para punir traidores. Prometida em casamento ao príncipe, a vida da jovem que possui um toque fatal está longe de ser graciosa como a de uma princesa qualquer. Twylla é o carrasco, e seu poder põe em risco a existência de qualquer um que esteja sujeito ao toque de suas mãos. E até mesmo seu próprio noivo, cujo sangue real supostamente o torna imune, mantém distância.

Solitária e excluída por conta de seu dom, Twylla não possui amigos. Seus dias se resumem em orar, cuidar do templo e punir com morte os traidores do trono, o que a torna cada vez mais temida.

‘’ Sou uma sortuda, uma privilegiada. Sou uma ferramenta, uma faca.’’

No entanto, quando Lief, um novo guarda chega ao palácio e enxerga em Twylla muito mais do que a Deusa encarnada, um amor proibido nasce. Diferente de todos, Lief a trata como igual e torna seus dias mais alegres e menos solitários. Será que Twylla dará voz a seus sentimentos e se entregará a esse amor condenado? Ou se manterá fiel aos seus deveres com o reino?

” ーAs pessoas não esquecem o que é ser amado ー fala ele, por fim. ーNão importa quão jovem ou velho você seja, ou quanto tempo durou esse amor, você sempre se lembra do sentimento de ser amado.”

A Herdeira da Morte estava na minha lista de desejados faz anos, por isso minhas expectativas quando iniciei essa leitura estavam nas alturas e devo dizer que Melinda Salisbury não deixou a desejar.

Twylla foi resgatada aos 13 anos de uma vida de pobreza para morar em um castelo como noiva de um príncipe. Mas devido ao seu dom, as pessoas se mantinham afastadas, temendo pela própria vida caso se aproximassem demais. Triste e sozinha, a garota cresceu submissa aos caprichos de sua salvadora e ao fardo que os deuses a incumbiram de carregar. Tornando-se a arma mortal de uma Rainha mesquinha, cruel e controladora.

Narrado em primeira pessoa pela perspectiva de Twylla, Salisbury criou um enredo fantástico e envolvente, com uma personagem complexa, reviravoltas de tirar o fôlego e um mundo com mitologia própria.

Embora exista um triângulo amoroso, ele não é tratado como fator principal da trama, pelo contrário, quem brilha nesse enredo é Twylla, que amadurece apesar de todos os abusos e opressões que vem enfrentando ao longo dos anos.

Em suma, conclui a leitura satisfeito e desesperado para embarcar nos acontecimentos de Príncipe Adormecido. Depois do desfecho inesperado desse livro, mal posso esperar para descobrir o que essa continuação me reserva.

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