sobre livros e a vida

18/07/2021

O Inocente, de Harlan Coben

Aos vinte anos, Matt Hunter viu sua vida mudar drasticamente em um segundo. Seu melhor amigo se envolveu em uma briga durante uma festa e, ao tentar apartar, Matt acidentalmente tirou a vida de um dos rapazes. Essa noite ficou gravada para sempre em sua memória, já que ele foi condenado por homicídio culposo e passou quatro terríveis anos na prisão, comendo o pão que o diabo amassou.

Agora, nove anos depois, tudo que Matt faz é ser um bom cidadão e deixar tudo que aconteceu na prisão para trás. Ele trabalha como assistente em um escritório de advocacia, está casado com a mulher da sua vida, Olívia, que está grávida e os dois estão comprando a casa dos sonhos, no mesmo lugar onde Matt cresceu, ficando mais perto da cunhada e dos seus sobrinhos.

Porém, tudo parece a ponto de ruir quando Matt recebe uma foto e um vídeo misteriosos em seu celular, vindos do telefone de Olivia. Assistindo àquilo, a primeira conclusão que o homem tira é de que está sendo traído pela esposa, mas ele não quer acreditar nisso, pois conhece Olivia como ninguém. Determinado a descobrir o que está acontecendo, Matt usará de todas as suas habilidades para encontrar a verdade.

Em paralelo a isso, temos a investigadora Loren Muse. Ela foi convocada para o caso da morte de uma freira, que, em um primeiro momento, parecia natural. Só que essa freira trabalhava na escola onde Loren estudou e a diretora de lá deseja que a policial investigue a fundo essa história. A falecida irmã Mary Rose era considerada uma santa por todos que a conheciam, mas um sinal suspeito muda tudo de figura: a irmã possuía implantes de silicone, algo nada comum entre freiras.

Conforme as investigações de Loren vão avançando, outro assassinato surge em seu radar, o que parece ter ligação com seu caso. O ex-policial Max Darrow foi encontrado morto dentro de seu carro, com as calças abaixadas. Parecia um crime comum, de um programa que não acabou bem, mas a questão é que as digitais de Darrow foram encontradas no quarto onde a irmã Mary Rose morreu.

Loren Muse e Matt Hunter estão em busca das próprias respostas, mas quando tudo parece apontar para o mesmo epicentro, as coisas começam a complicar. Qual a ligação entre os dois casos? Sabendo que seu histórico de ex-presidiário será um ponto a mais contra ele, Matt precisará desvendar este mistério logo, antes que sobre para ele. Mas será que ele vai vencer essa batalha contra o tempo?

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

***

E olha eu aqui de novo lendo Harlan Coben! Depois que eu descobri o potencial das histórias desse autor, estou sempre tentando encaixar alguma de suas obras em minha meta de leitura. Esse mês não foi diferente. Recebi O Inocente de cortesia da Editora Arqueiro e assim que o livro chegou aqui, passou na frente de todas as leituras. E mais uma vez eu não me arrependi.

O Inocente foi adaptado recentemente para a Netflix, em uma série espanhola de oito episódios estrelada pelo maravilhoso Mario Casas. Depois que ouvi falar sobre a adaptação, meu interesse pelo livro só aumentou. Quando li a sinopse então, soube que esse livro tinha tudo pra me agradar. E eu estava certo: O Inocente se tornou meu livro favorito do Coben até agora, tirando o posto de Não Conte a Ninguém.

O livro é narrado no mesmo estilo das outras obras do autor, em terceira pessoa e abordando a perspectiva de diversos personagens. Todos os personagens centrais tem a chance de narrar suas histórias e isso só deixa a obra mais dinâmica, pois assim o leitor tem a maior quantidade possível de pistas e informações para elaborar suas teorias e desvendar o mistério. Porém, é claro, que Coben vai te dar um soco em algum momento e provar que você estava errado. É a vida!

Num primeiro momento, eu confesso que a narrativa de Matt não me agradou muito. Eu torcia por mais capítulos protagonizados por Loren, pois a investigação da morte da irmã Mary Rose pareceu muito mais interessante. Claro que depois eu me afeiçoei a Matt e torci para que ele conseguisse provar sua inocência, mas Loren seguiu sendo minha personagem favorita da história até o final.

Conforme mais coisas foram sendo descobertas e alguns pontos começaram a convergir e se encaixar, eu não consegui mais largar o livro. Sempre repito: o título de mestre das noites em claro para Coben não é à toa. O homem sabe como deixar o leitor preso e entretido, escrevendo obras de um mesmo gênero, mas sem nunca cair na mesmice. É o quarto livro do autor que eu leio e estou sempre disposto a ler mais.

O final, é claro, foi surpreendente. Não adianta, eu posso criar quantas teorias forem, eu nunca vou acertar 100% o desfecho da obra. Harlan te dá várias pistas ao longo do livro e alguns fatos que você tem certeza que não querem dizer nada podem vir a ser os mais importantes. Cada detalhe importa. Terminei o livro com um misto de dever cumprido e saudade desses personagens que aprendi a gostar tanto (Olivia, você sempre terá meu coração!).

Em resumo, O Inocente é um livro ágil, envolvente e muito bem escrito, que traz à tona os melhores dotes de Harlan Coben na escrita. Sem sombra de dúvidas deixo aqui minha recomendação a todos. Tenho certeza que não vão se arrepender! Logo mais pretendo assistir a série e, quem sabe, vir contar para vocês minhas impressões.

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