Gostaria de começar essa resenha já dizendo que eu queria MUITO ter gostado de Nona Casa. Conheci Leigh Bardugo esse ano através da trilogia Grisha e me encantei por sua narrativa fluida, por seus personagens cativantes e por sua fantasia bem estruturada.
Eu sabia que Nona Casa não tinha relação alguma com o Grishaverso, é até de um gênero diferente, mas como a autora era a mesma, eu criei altas expectativas. Sei do talento de Leigh Bardugo e tinha certeza que esse livro, por ser mais contemporâneo, me agradaria ainda mais. Porém, caí do cavalo.
Fazia muito tempo que eu não abandonava um livro, pois simplesmente não gosto dessa sensação. Sempre tento fazer a leitura em algum outro momento, pois talvez aquela não seja a hora de eu fazer essa leitura específica. Mas depois de tentar ler Nona Casa três vezes e não conseguir passar de 30% da leitura em todas, decidi que não adiantava mais insistir.
O universo proposto pela autora é bem interessante. Gostei da forma como ela narrava os rituais e de toda aura de magia e sociedade secreta que comanda a obra. Só que as informações eram jogadas em cima de mim como se eu tivesse obrigação de saber qual a função de um centurião dentro da sociedade ou das oito casas ancestrais.
Além disso, não consegui criar conexão com nenhum personagem. O mais interessante que encontrei, o Darlington, mal aparece no pouco que consegui ler do livro. E a protagonista, Alex, é simplesmente insuportável. Ela foi tirada de uma vida perigosa e jogada em meio a uma universidade conceituada por conta de sua habilidade e só precisa se manter lá pra não perder tudo. Mas nada está bom pra ela, tudo é difícil, tudo é chato e ela não aguenta mais. CHATA!
Nona Casa é um livro que tinha tudo pra dar certo, mas, infelizmente, não funcionou para mim. Por conta disso, não recomendo a leitura. Vamos esconder esse livro debaixo do tapete e fingir que Bardugo só publicou o Grishaverso até agora, porque esse sim merece ser aclamadíssimo.