Oi, gente. Tudo bem?
Agora, com a ajuda do padeiro, de Goldstein e de sua irmã, Queenie, Newt precisará encontrar as criaturas que escaparam da maleta. Com isso, vamos descobrindo mais sobre o real motivo da vinda de Scamander para Nova Iorque e seu passado.
Quando o primeiro rumor sobre a possibilidade de uma adaptação cinematográfica de Animais Fantásticos e Onde Habitam surgiu na internet, todos os fãs do bruxinho foram à loucura só de imaginar a logo da Warner Bros aparecendo mais uma vez na telona. Alguns anos se passaram e o filme finalmente chegará aos cinemas brasileiros amanhã. Quando recebemos o convite para assisti-lo na cabine de imprensa nós logo confirmamos presença e fomos conferir o trabalho feito David Yates.Após o anuncio de que ao invés de 3 filmes, a autora iria escrever 5, todos nós obviamente pensamos que era apenas forma de conseguir lucrar mais com essa história, porém ao acabar essa primeira parte de Animais Fantásticos nós podemos perceber claramente que a autora ainda tem muita história para contar.
O filme já começa acertando em cheio o emocional dos fãs ao apresentar a abertura tradicional de Harry Potter, com a logo da Warner Bros surgindo em meio a nuvens e acompanhada daqueles acordes que todos nós conhecemos. Após uma sequência composta por jornais que nos informa sobre os ataques cometidos por Gellert Grindelwald, somos apresentados de uma forma rápida aos personagens que iremos acompanhar durante essas mais de duas horas de filme.
A escolha de manter Yates como diretor do filme foi com certeza a melhor decisão que poderia ter sido tomada. O diretor que já está acostumado com esse mundo mágico, soube exatamente o que fazer com cada elemento mágico apresentado em tela, seja a forma como uma bruxa cozinha sem o auxílio de um fogão ou como uma criatura adapta seu tamanho ao espaço disponível ao seu redor e ainda manter toda a identidade visual e musical dos outros longas.
O diretor também deixou claro que o filme foi feito para os primeiros fãs da série pois ao invés de voltar para aquela pegada infantil dos primeiros filmes do universo de Rowling, ele continuou com o amadurecimento iniciado em Ordem da Fênix e nos presenteou com um filme muito mais obscuro do que estamos acostumados.
A ambientação de Animais Fantásticos também ficou bem mais complexa do que a dos filmes anteriores, pois deixamos as áreas limitadas do castelo de Hogwarts para nos aventurarmos por toda a cidade de Nova Iorque, o que provavelmente exigiu muito mais trabalho da equipe de CGI e que pode ter atrapalhado algumas áreas muito importantes. Em alguns momentos do filme, mais especificamente durante a apresentação de algumas das criaturas mágicas, podemos perceber que algumas delas não possuem um acabamento tão bom, deixando claro que foram criadas digitalmente. O resultado fica ainda pior quando assistido em uma tela maior do que o normal (assistimos em salas IMAX e XD).
O roteiro do filme foi o primeiro roteiro cinematográfico escrito por J. K. Rowling e claramente podemos ver assinatura da autora em cada cena e a cada fala. A autora optou por não nos apresentar um passado detalhado para o magizoologista, o que pode parecer um tanto imprudente de início já que pode deixar quem não é tão ligado ao mundo de Harry Potter um pouco confuso, mas no decorrer do filme percebemos que a escolha dela de focar no que está acontecendo no momento foi muito mais certeira do que seria caso ela usasse parte desse tempo para nos contar a história de Newt.
O final do filme é extremamente satisfatório e surpreendente, caso você não tenha lido nada sobre a obra nos últimos meses, e claramente deixa alguns ganchos para a sua continuação, que tem previsão de lançamento para 2018.
Animais Fantásticos e Onde Habitam tinha tudo para ser apenas mais um filme para arrancar dinheiro dos fãs devotos mas se mostrou uma expansão quase que necessária desse universo que tanto amamos. Com toda certeza recomendamos!