A lady Georgiana, mais conhecida como Georgie, pertence à nobreza inglesa e é a 34ª na linha de sucessão ao trono. Mas se engana que todos os nobres possuem condições financeiras incríveis. Georgie está falida e seu irmão mais velho luta diariamente para manter o castelo da família na Escócia.
Sua cunhada gosta de ressaltar o quanto Georgie é um gasto e a jovem de 21 anos sabe que a qualquer momento será empurrada para um casamento por conveniência, o que a deixa bem revoltada. Por isso, ela parte para a casa da família em Londres, em busca de um rumo para sua vida.
Viver sozinha em Londres mostra-se mais difícil do que parece. Além de não ter criados, Georgie precisará aprender a fazer sua própria comida, preparar o próprio banho e acender a lareira. Ela se sai tão bem que decide abrir o próprio negócio – em segredo, é claro – para ganhar algum dinheiro.
A vida de Georgie vira de cabeça para baixo quando ela é convocada pela rainha para uma reunião. Há rumores que o filho da majestade está tendo um caso com uma mulher americana e casada e isso pode render um enorme escândalo para a nobreza. A rainha quer que Georgie espione esta mulher e descubra suas intenções.
Só que Georgie não imaginava que durante sua investigação ela também precisaria desvendar um assassinato, acontecido dentro de sua própria casa e que tem o irmão como principal suspeito. Agora ela deverá correr contra o tempo se quiser provar a inocência dele e pegar o verdadeiro assassino antes que seja tarde demais.
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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A Espiã da Realeza é o primeiro volume da série homônima. Escrito por Rhys Bowen, a obra faz parte da nova coleção da Editora Arqueiro, Mistérios em Série. Eu ouvi maravilhas sobre o livro no encontro de parceiros da editora na última Bienal e resolvi solicitá-lo, pois parecia exatamente o meu tipo de história. E não me arrependi da decisão!
O livro é narrado em primeira pessoa, sob a perspectiva de Georgie. Mesmo tendo apenas 21 anos, a protagonista é bastante madura e dona de si. Vivendo em uma sociedade bastante machista, ela quer provar o seu valor e não tem medo de nada. Foi fácil me afeiçoar a ela e torcer pelo seu sucesso.
Toda a história se passa durante o ano de 1932 e os costumes, vestimentas e cenários são bem descritos e explorados. Sou apaixonado por Londres e histórias que se passam na cidade já ganham pontos comigo por isso. Aqui podemos passear por diversos pontos e conhecer um pouco mais sobre a cultura do lugar.
Georgie, por ser uma garota tão querida, conquista diversas amizades ao longo da história e todos os personagens que passam por sua vida são bem construídos. Gostei muito da forma como a autora desenvolveu a amizade de Georgie com Belinda e o romance com Darcy. As cenas deles juntos eram incríveis.
O mistério do livro ficou mais em torno do assassinato do que na questão do pedido da rainha, o que pode frustrar quem espera uma conspiração da realeza. Todavia, achei a história interessante mesmo assim! Cada personagem parece ter motivos para cometer o crime e gosto muito de obras onde todos são suspeitos.
O final foi bem conduzido. Eu já tinha uma vaga ideia de quem era o assassino e fiquei feliz em perceber que não estava errado. Só achei que Bowen acelerou demais na resolução do mistério, que estava tendo uma boa construção. Para um livro de pouco mais de 250 páginas, acho que uns dois capítulos a mais não iam matar ninguém…
Terminei a leitura satisfeito e pretendo sim continuar a ler a série. Os dois volumes seguintes, O Caso da Princesa da Baviera e A Caçada Real, já estão disponíveis. A Arqueiro sempre arrasa quando o assunto é publicar as sequências de suas séries e estou ansioso para seguir lendo mais sobre Georgie e suas aventuras. Recomendo muito a leitura!
