Makani Young mudou-se do Havaí para a pacata cidade de Osborne, Nebraska, há pouco mais de um ano, a fim de viver com a avó e esconder um incidente de seu passado. Ela foi acolhida por Alex e Darby e logo se enturmou, se tornando parte da comunidade. Makani também viveu um relacionamento de verão com o misterioso Ollie, mas depois que as aulas retornaram tudo estremeceu.
Osborne é uma cidade tranquila, onde nada acontece, mas tudo vira de cabeça para baixo quando um serial killer começa a matar os alunos da escola. A primeira a morrer é Haley, estrela do grupo de teatro, mas não demora muito para que outras vítimas apareçam.
De início, não dá pra perceber nenhuma ligação entre os adolescentes assassinados, mas Makani começa a se questionar as motivações do assassino e a se perguntar se seu passado pode lhe transformar no próximo alvo.
Em uma cidade tão pequena, todos os desajustados se tornam suspeitos e os amigos de Makani tem certeza que Ollie pode ser a pessoa por trás dos assassinatos. Mas será que o rapaz tem realmente algo a ver com isso? E se tiver, Makani realmente corre perigo ao seu lado?
Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!
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Stephanie Perkins é conhecidíssima por seus livros voltados ao público YA, já tendo três obras suas sido lançadas aqui no Brasil e Anna e o Beijo Francês seu romance de maior destaque. A Intrínseca foi a última casa da autora, com o lançamento de Isla e o Final Feliz lá em 2015, mas desde então não trouxe nenhum livro solo da autora.
Então, quando Tem Alguém na sua Casa foi anunciado, confesso que minhas expectativas não eram muito altas. Nunca li nada da autora e não sabia se esse livro seria a minha chance de conhece-la. Eis que então ouvi várias críticas positivas sobre a obra e soube que ela seria adaptada para um filme pela Netflix. Esses fatores somados com a capa belíssima me fizeram solicitar o livro e me arriscar na leitura.
A escrita de Stephanie Perkins é bastante fluida. O livro é narrado principalmente em primeira pessoa, sob a perspectiva de Makani, mas também tem alguns trechos narrados pelas vítimas, em terceira pessoa, que é basicamente uma descrição de seus assassinatos. Eu achei essa jogada sensacional, pois deixou a história mais dinâmica e envolvente. Era difícil não torcer para que os adolescentes se salvassem, como num filme de terror.
O meu grande problema com o livro foi a escolha da autora em desenvolver as motivações do assassino e o segredo de Makani. Nós não sabemos de início o que Makani fez que a obrigou a deixar o Havaí, mas é criada uma aura de expectativa conforme a autora vai soltando alguns detalhes. Quando a informação se revela finalmente, é impossível não pensar “sério que era SÓ ISSO?”.
Quanto às motivações, elas fazem algum sentido na mente tosca de um serial killer, mas estão longe de ser um real motivo para você matar alguém, que dirá várias pessoas. Não demora nem metade do livro para sabermos quem é o assassino, então o porquê de ele estar matando se torna o mistério. Imaginem minha decepção quando a verdade foi revelada…
O final do livro foi um tanto acelerado, mas bastante sangrento. Finalizei a leitura num misto de decepção e empolgação pelo filme, que resolvi assistir logo na sequência e… SPOILER: o filme é PÉSSIMO!!! Uma das piores adaptações que já vi, com atuações dignas do Framboesa de Ouro e uma construção sem pé nem cabeça. Sério. Não assistam.
Tem Alguém na sua Casa foi uma das poucas decepções literárias que tive ao longo deste ano e me deixou muito chateado, porque realmente queria ter gostado desse livro como vi que outras pessoas gostaram. Infelizmente a história não funcionou para mim e é por isso que eu não recomendo a leitura. Mas caso desejem se arriscar mesmo assim, não criem muitas expectativas.