sobre livros e a vida

20/07/2012

Tá na Estante… ‘ A Vida em Tons de Cinza’ #23

Heeeys meus lindos, como estão??

Hoje eu voltei para trazer uma nova resenha, dessa vez A Vida Em Tons de Cinza, primeira cortesia da Editora Arqueiro, uma nova parceira do blog. Um livro cativante e comovente, não consegui largar o livro. Me apaixonei.

Livro: A Vida em Tons de CinzaAutora: Ruta Sepetys
Editora: ArqueiroPáginas: 240
Sinopse: 1941. A União Soviética anexa aos países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada.
Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria.
Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra ainda mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo faze com que as pessoas trabalhem em equipe.
No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitos outros com quem estabeleceram laços estreitos, são mandados, literalmente, para o fim do mundo: um lugar no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes mantê-los vivos.

O que dizer de ‘A Vida em Tons de Cinza’? Ruta Sepetys nos ensina um pouco de história da melhor maneira possível, é impossível não se comover com o drama de Lina, Jonas, Elena, Andrius, Janine e tantos outros… A 2ª Guerra mundial está no auge, e a União Soviética aprende membros da Estônia, Lituânia e Letônia, bem como da Filândia, para servirem de escravos. A mais pura verdade é que eles querem apenas matá-los da pior maneira possível. Tiros, forcas… Nada disso se é necessário, as armas utilizadas são a fome, o frio, a miséria.

Lina Vilkas tinha apenas 15 anos, quando foi arrancada de sua casa por um exército desconhecido para ela, os NKVD, ao lado de Jonas, seu irmão mais novo, e Elena, sua mãe. Parte em um trem imundo para um destino desconhecido. Na viagem ela já percebe que o que enfrentará pela frente são coisas inimagináveis. Separadas de seus maridos, as mãe de família assumem a liderança de seu povo, ou melhor, do grupo que está no mesmo vagão que elas, lutando para estarem sempre juntos, enfrentam  dor, morte, doenças. Viajando sem rumo certo, com paradas significativas apenas para descarregar os mortos, Lina e seu grupo se vêem perdidos no mundo. Muitos clamam por clemencia, clemencia essa que seria a morte. Outros ainda acreditam num final feliz; poderia esse final feliz existir?

Em meio a esse turbilhão de tragédias, surge um puro amor, desconhecido para ambos os amantes a proximidade  deles é vista de bom grado por todos os outros do grupo, mas uma separação acontece, e ficamos nos perguntando se num futuro eles se unirão novamente.

A Vida em tons de Cinza é um relato verdadeiro do que aconteceu com aquele povo, Ruta teve o cuidado de pesquisar, de todas as formas possíveis, o que realmente aconteceu no começo dos anos 40. E o resultado disso foi uma magnífica história, uma história trágica, sim. Mas que nos mostra como o amor pode vencer a tudo e a todos. ‘Somente o amor é capaz de revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano.’  Baseado em fatos reais, Between Shades of Grey (Título Original) é um romance comovente, que não deixa dúvidas que existe saída, até na pior das hipóteses.

Definitivamente, esse é um dos livros que entrou para os 10 mais da minha lista de favoritos, em suas 240 páginas Ruta Sepetys trouxe a tona histórias esquecidas de uma forma sublime e encantadora. Um livro que, se fosse um filme, merecia um Oscar. Mas como não, merece no mínimo, o primeiro lugar na lista do New York Times.

Beijoos

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